Um papo com Phil Mogg (UFO)

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A pZ aproveitou que o UFO está de malas prontas para o Brasil e bateu um papo rápido com o líder, frontman e fundador da banda.

Entrevista por Bento Araujo

poeira Zine – Em todos esses anos, você é único integrante do UFO presente em todos os discos e formações. Como tem sido a jornada?

Phil Mogg – Bem irregular, instável e acidentada!

pZ – No início, parecia óbvio uma banda com o nome de UFO fazer rock espacial. Você ainda gosta dos dois primeiros discos, UFO 1 e UFO 2: Flying?

PM – Não gosto muito. Nesses dois primeiros discos, éramos uma banda extremamente jovem, tentando achar o nosso caminho.

pZ – Para alguns fãs, o UFO começou a funcionar bem a partir do quarto álbum, Phenomenon. Foi um ponto de virada para o grupo?

PM – Sim, certamente! E digamos que foi um belo ponto de virada. Foi o início do nosso período com a Chrysalis, então sabíamos que muita coisa estava por vir.

pZ – A capa de Force It gerou muita polêmica na época e foi censurada em alguns países. Os sexos do casal da foto são desconhecidos até hoje. É verdade que aqueles modelos eram Genesis P. Orridge e sua namorada Cosey Fanni Tutti, ambos integrantes do Throbbing Gristle?

PM – Eu não tenho certeza sobre a identidade daquele casal, mas isso que você comentou me parece correto. Genesis P. Orridge foi, depois, assistente do fotógrafo que cuidou daquela capa, e que trabalhava para a Hipgnosis na época.

pZ – Já passou pela sua cabeça de lançar um disco solo cantando blues, uma de suas paixões?

PM – Não. Sempre tem algo para se fazer relacionado ao UFO e eu sou um puta de um preguiçoso também… Enfim, nunca tenho algum tempo sobrando pra pensar numa carreira solo.

pZ – Steve Harris nunca escondeu que é um grande fã do UFO e que se inspirou muito no grupo para moldar o estilo do Iron Maiden. O que você acha disso? Você conhece Harris pessoalmente?

PM – Bem, eu penso que somos muito agradecidos por isso. Steve Harris não é exatamente um amigo, mas eu já ouvi dizer que ele é um sujeito amável.

pZ – Strangers In The Night é um dos melhores discos ao vivo de todos os tempos. Quais as melhores lembranças daquela época?

PM – Chicago Amphitheater, grande show, grande noite, uma atmosfera fantástica.

pZ – Aproveitando, vamos tirar uma dúvida de muitos fãs. Michael Schenker toca guitarra no disco todo, ou algumas faixas foram gravadas já pelo seu substituto, Paul Chapman?

PM – Michael Schenker toca guitarra em todas as faixas de Strangers In The Night.

pZ – Por que o UFO raramente toca material dos anos 1980, ou mesmo das duas décadas seguintes, onde vocês lançaram bons álbuns como Walk On Water, Covenant e Sharks?

PM – Além de nossa “dieta básica” de material do Strangers In The Night, nós misturamos outras canções no repertório, mas realmente nunca revisitamos nosso material dos anos 1980. Nas últimas tours, no entanto, temos tocado “Venus”, do Walk On Water.

pZ – O UFO parace revigorado de 2004 pra cá, com o lançamento de discos como You Are Here, The Monkey Puzzle, The Visitor e o mais recente, Seven Deadly. Qual o segredo?

PM – Depois de décadas, creio que o UFO finalmente se uniu e entendeu o que estamos fazendo e para onde estamos indo.

pZ – A nova excursão brasileira promete, qual é a expectativa e quais são as lembranças da primeira passagem, em 2010?

PM – Lembranças? Amarula, clima fantástico e mulheres encantadoras. É uma nova tour, com novo material, novo setlist. Nos vemos em breve!

A Main Stage SP está trazendo o UFO para uma turnê brasileira no mês de maio. As datas são: 8/5 no Rio de Janeiro, 9/5 em Goiânia, 11/5 em São Paulo e 12/5 em Porto Alegre. Mais informações no site: www.mainstagesp.com.br

Essa entrevista também está na nova edição impressa da poeira Zine, já disponível em nosso site: www.poeirazine.com.br

pZ Trips 2013

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Esta semana a poeira Zine parte para mais uma missão internacional.

Vamos cobrir, em primeira mão, o show do THE WHO em Nova York, que acontece nessa próxima quinta-feira.

Fique ligado e siga a pZ pelas redes sociais para saber mais sobre esse grande show que deve pintar pelo Brasil no segundo semestre.

Além do The Who, a poeira Zine cobre também o início da temporada anual do Allman Brothers Band no Beacon Theater, também em Nova York.

Mais notícias em breve…

Dez anos de poeira Zine!

OKZERO

Dia 14 de fevereiro de 2003. Para muitos fãs brasileiros do Status Quo, esse foi “o” dia. Foi quando a legendária banda de Francis Rossi e Rick Parfitt aportou pela primeira (e até agora única) vez em São Paulo. A energia era contagiante. Fãs vieram de diversos estados brasileiros para assistir ao grupo ao vivo.

Um encontro promovido pelo fã clube brasileiro do Quo, no dia anterior, já havia sido uma festa. Montamos um grupo improvisado, um tributo, e tocamos noite adentro alguns dos grandes clássicos da banda. Lembro de tocar guitarra na ocasião e meu amigo Ricardo Alpendre ter cuidado dos vocais.

No dia seguinte, a aproximação da hora do show me deixava ansioso, algo tão incrível quanto o que estava por acontecer: o lançamento do número zero da publicação independente que eu havia criado, a poeira Zine. Aquele era “o” dia pra mim também.

Através do fã clube, animado com o lançamento de uma publicação trazendo a história do Status Quo, visitamos o camarim do grupo. Entregar pessoalmente a pZ nas mãos de Francis Rossi e Rick Parfitt foi algo que eu não esperava. Lançar um zine e logo de cara mostrar o meu trabalho aos protagonistas daquela edição? Era demais pro coração. O show foi fantástico e a resenha completa foi depois publicada no #1 da pZ.

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Nas fotos acima: Bento Araujo entregando o número zero da poeira Zine à dupla de frente do Status Quo: Rick Parfitt e Francis Rossi. Credicard Hall, São Paulo, 14/2/2003

A concepção da poeira Zine aconteceu na verdade no ano de 2002, quando eu trabalhava naquela que foi uma das grandes lojas de discos de São Paulo, a Nuvem Nove, de propriedade do grande José Damiano, que hoje participa do nosso poeiraCast semanal. Na metade daquele ano, eu comprei o meu primeiro computador, que àquela altura era algo com preço nada “popular”. José e sua esposa, Júlia, me emprestaram o dinheiro para aquela pequena façanha, a maior quantia que eu já havia gasto então com alguma coisa na vida.

Na Nuvem Nove eu atendia pessoas de todo tipo, com os gostos musicais mais variados possíveis. Além de ser uma ótima escola, me especializei em atender o público ligado em rock dos anos 1960 e 1970. Numa época onde a internet ainda não havia explodido, eu dava dicas sobre as discografias das bandas, além de indicar os meus álbuns favoritos e também aproveitar para deixar a minha coleção em dia (a seção de LPs da Nuvem era um arraso, um ótimo acervo a preços incríveis).

Com a criação da primeira rádio “classic rock” de SP, a Kiss FM, percebi que mais e mais garotos e garotas vinham me perguntar sobre bandas e artistas como Lynyrd Skynyrd, Faces, Focus, Steppenwolf, Free, Grand Funk, Thin Lizzy, The Guess Who, Rory Gallagher, Allman Brothers Band, Traffic etc.

Falando diariamente sobre esses e tantos outros nomes, pensei comigo mesmo: “E se eu colocar todas essas histórias no papel? Tipo criar um fanzine pra esse pessoal ler?”. Eu havia cursado faculdade de jornalismo, mas poucos sabiam que, além de falar pra caramba, eu também apreciava escrever sobre aquele amplo universo.

Percebi que, nas bancas, a carência para esse tipo de publicação era enorme. Apenas a música pop e o heavy metal tinham vez. Ninguém tinha coragem para lançar algo contando histórias daqueles nomes esquecidos dos anos 1960 e 1970.

Minha ideia original foi criar basicamente a publicação que eu gostaria de ter para ler. Como a grana era curta, teria que ser um fanzine, algumas poucas páginas xerocadas e grampeadas na raça.

Passei então a me dedicar a um zine imaginário, ainda sem nome, para ser distribuído, de início, apenas aos clientes da loja. Com conexão discada, e sem a menor grana, foram madrugadas e madrugadas em claro: pesquisando e bolando um formato. Livros e revistas por todo lado no meu quarto. Eu tinha pressa. A ideia virou um desafio, uma questão de honra, ainda mais para um garoto como eu, que na época de colégio, ficava no fundo da sala criando resenhas imaginárias de álbuns de Scorpions, Ozzy, Maiden, Saxon, AC/DC, Whitesnake, Sabbath, Van Halen, Kiss, Purple, Led e Judas Priest. Por anos, o meu sonho era escrever na Rock Brigade. Sonho que depois realizei, como muitos outros, graças à pZ.

A ideia foi tomando formato e, sem dificuldade, pensei num nome e num logo simples: poeira Zine. “Poeira” porque meu lance seria escrever sobre sons do passado que nunca tiveram vez na imprensa nacional. “Zine” porque seria um fanzine. Tudo em arial black chapado, “p” em caixa baixa e o “Z” em caixa alta, só pra ganhar estilo.

Não muito depois, eu já havia bolado as pautas e escrito tudo para o número zero. O Status Quo tocaria no Brasil pela primeira vez, então a capa e o texto principal da edição já estavam obviamente escolhidos. Uma outra matéria “mapearia”, por território, as bandas de garagem norte-americanas dos anos 60. Os Stones estavam relançando parte de seu catálogo em CD e muita gente tinha dúvidas sobre esses relançamentos, então fez sentido escrever sobre isso também. Zappa, Thin Lizzy, Dr. Feelgood, MC5, Dust, Eumir Deodato, The Zombies, Big Star, The Stooges e Moby Grape também marcaram presença. O próximo passo foi imprimir um “boneco” caseiro da futura publicação e sair mostrando por aí, vendendo pequenas cotas de publicidade para levantar o valor suficiente para pagar a xerox.

Em dezembro de 2002, eu deixei a Nuvem Nove para me dedicar em tempo integral ao novo projeto. José e Julia apoiaram completamente a minha empreitada, assim como os muitos jornalistas que me conheceram na Nuvem Nove. Impossível não lembrar também do apoio de Dna. Carmen, minha mãe, que sempre me apoiou em todas as minhas escolhas e embrulhou para o correio, com aquele carinho materno, milhares e milhares de exemplares por anos, assim como o apoio da, na época minha namorada, e hoje minha esposa, Carolina, que chegou a me ameçar: “Vou viajar, mas quando eu voltar eu quero ver a poeira Zine terminada, ok?”. A Carol me ajudou também na parte gráfica. Foi ela que fez a capa do número zero e de muitas outras edições nos primeiros anos da pZ. A diagramação, eu comecei fazer por pura necessidade. Não tinha como pagar alguém para fazê-la, então o jeito foi meter a mão na massa e, na época, praticamente duelar com um programa de edição arcaico e medonho, o Pagemaker. Dez anos atrás o In Design ainda não havia se popularizado.

Saí com o “boneco” da pZ debaixo do braço, oferecendo cotas de publicidade para lojistas, que, ao entrarem com o anúncio, ganhariam automaticamente alguns exemplares para revender e recuperar parte do investimento.

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Na foto acima: Bento Araujo divulgando o número zero da poeira Zine numa feira de LPs no Conjunto Nacional, na Av. Paulista, São Paulo/SP.

A reação foi fenomenal desde o início. Ray e Rogério, da finada loja Medusa, na Galeria do Rock aqui de Sampa, foram outros entusiastas do projeto. Tanto que fizeram dois anúncios no número zero! Lembro nitidamente de Ray, hoje proprietário da loja Blue Sonic, me ajudando na venda dos anúncios; me levando de loja em loja na Galeria e me apresentando aos lojistas que eu ainda não conhecia. Inesquecível a reação de meu amigo Luiz Calanca, da Baratos Afins, que quando viu que o Status Quo estaria na capa, topou a parceria de imediato. Além de Ray e Calanca, outros lojistas também embarcaram rapidamente no projeto e estão comigo até hoje, dez anos depois! São eles: Nivaldo (Stand Up), João Pacheco/Captain Trips e Diaz (da feira da Benedito Calixto), Helton (Dunno) e Normando (Confeitaria São Gabriel).

Dentre lojas e marcas que não existem mais e outras que estão ainda na ativa e que ajudaram muito a pZ nesse número de estreia, tivemos a Nuvem Nove, Jardim Elétrico (dos irmãos Ricardo e Sérgio Alpendre – hoje no poeiraCast), Aqualung, Relics, Metal, Marche, Freenote, Canal, Cosmic, Rocks Off e Laticínios Nossa Toca.

A aceitação foi tamanha que eu levantei um valor suficiente para rodar dois mil exemplares da poeira Zine numa gráfica, com acabamento caprichado e capa em papel couchê. Foi a glória.

Depois do lançamento, no show do Status Quo, era só começar a pensar no número seguinte.

Na saída do show do Status Quo em São Paulo, no Credicard Hall, lembro de contar com Ricardo Alpendre e Ray, na chuva, ali comigo, vendendo a pZ para os fãs que saíam embasbacados do show. Muitos queriam levar aquela nova publicação com a história do Quo pra ler, reler e guardar.

De lá pra cá, eu não parei mais. Tudo isso graças a você, leitor, anunciante e revendedor, que me acompanha há todos esses anos, ou que está conhecendo a pZ exatamente agora. A pZ cresceu, evoluiu, mas permanece fiel aos seus princípios e tudo isso é extremamente gratificante.

Como dizia Frank Zappa: “Music is the best”. É por isso que estamos juntos nessa.

(Bento Araujo)

Camel – extras pZ46

Por questões de espaço alguns álbuns do Camel ficaram de fora da “Discografia Básica” contida na edição atual da pZ (#46).

Confira abaixo as resenhas de alguns discos que ficaram de fora da versão impressa.

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The Single Factor (maio de 1982, Gamma/Decca) **

Semelhanças com o Alan Parsons Project à parte, principalmente na abertura com “No Easy Answer”, The Single Factor trazia um Camel mais fragilizado que nunca, criando canções curtas e atraentes ao rádio, tudo a pedido da gravadora. O título e a capa deixavam claro, Latimer estava sozinho na jornada e parecia mais perdido que nunca, mesmo com Peter Bardens dando uma canja em “Sasquatch” e com temas interessantes e bem construídos como “Heroes” e as instrumentais “Selva” e “End Peace”.

Stationary Traveller (agosto de 1984, Decca) **

Latimer sempre curtiu canções instrumentais. Neste álbum aparecem quatro delas, e são geralmente nesses temas que o bom gosto do guitarrista sobressai. Como todo álbum do Camel, tem seus momentos, mas alguns fãs não toleram Stationary Traveller pelos seus timbres oitentistas e suas melodias melosas. O último trabalho de estúdio dos anos 80 da banda é conceitual e foi baseado nas letras da esposa de Latimer, Susan Hoover, e seu interesse em histórias relacionadas ao muro de Berlim.

Pressure Points: Live in Concert (1985) ***

O segundo registro ao vivo do grupo prioriza o material lançado no final dos 70s e início dos 80s, além de várias canções do então novo álbum de estúdio da banda, Stationary Traveller. O show aconteceu no Hammersmith Odeon, em 1984, e trouxe Bardens como convidado em duas peças musicais de Snow Goose. O vídeo de mesmo nome é também recomendável e mostra que Latimer tem um estilo único de tocar sua guitarra.

Dust And Dreams (1991, Camel Productions) **1/2

Depois de anos de silêncio total, Latimer voltou com seu Camel e lançou mais um trabalho conceitual. Revitalizado e com liberdade de expressão, pois agora lançava seu material por conta própria, Latimer brilhou como nos bons tempos, com sua guitarra impecável, como na climática e até meio bluesy “Mother Road”. Diferente do Camel dos anos 70, mas recomendável para quem curtiu a fase mais pop da banda nos anos 80.

A Nod and a Wink (julho de 2002, Camel Productions) ***

O último álbum de estúdio lançado pelo Camel é leve, contemplativo, uma apropriada homenagem de Latimer a seu comparsa Peter Bardens, morto no mesmo ano de lançamento do disco. O tema mais forte do album é justamente sua faixa de encerramento, “For Today”, baseada nos atentados terroristas do 11 de setembro. Traz os vocais graves de Latimer e sua guitarra certeira. Teclados e flauta aparecem com maior força em A Nod and a Wink do que em Rajaz. Se for esse o derradeiro trabalho do grupo, seremos eternamente privilegiados.

Escolha a capa da próxima pZ!

O próximo número da pZ irá marcar o nosso décimo aniversário e será lançado em fevereiro de 2013. Para comemorar essa data tão especial pra gente, você é que irá escolher a capa dessa nossa próxima edição! Basta votar abaixo.

Mande a sua pergunta para Greg Lake!

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Participe da seção Perguntas e Respostas da poeira Zine

São questões direcionadas a um determinado músico e dessa vez teremos GREG LAKE (Emerson Lake & Palmer, King Crimson etc.).

Agora o mais bacana de tudo é que você é que irá fazer a pergunta!

Basta enviar sua questão para o email contato@poeirazine.com.br

As melhores questões serão encaminhadas para o músico e publicadas na próxima edição, com o devido crédito ao autor.

O prazo para envio é até o dia 23 de dezembro, portanto mãos à obra!

 

Jack Bruce no Brasil!

Jon Anderson na pZ, mande a sua pergunta!

Participe da seção Perguntas e Respostas da poeira Zine

São questões direcionadas a um determinado músico e dessa vez teremos JON ANDERSON (ex-vocalista do YES).

Agora o mais bacana de tudo é que você é que irá fazer a pergunta!

Basta enviar sua questão para o email contato@poeirazine.com.br

As melhores questões serão encaminhadas para o músico e publicadas na próxima edição, com o devido crédito ao autor.

O prazo para envio é até o dia 3 de setembro, portanto mãos à obra!

Não perca a tour brasileira de JON ANDERSON em setembro, passando por cinco capitais brasileiras!

Veja as datas no link: http://www.jonanderson.com/tour.html

Martin Turner (Wishbone Ash) responde a sua pergunta!

Participe da seção Perguntas e Respostas da poeira Zine!

São questões direcionadas a um determinado músico e dessa vez teremos MARTIN TURNER (Wishbone Ash).

Agora o mais bacana de tudo é que você é que irá fazer a pergunta!

Basta enviar a sua pergunta para o e-mail contato@poeirazine.com.br

As melhores questões serão encaminhadas para o músico e publicadas na próxima edição, com o devido crédito ao autor.

O prazo para envio de sua questão é até o dia 24 de agosto, portanto mãos à obra!

Martin Turner’s Wishbone Ash no Brasil!

– Press Release –

Com milhões de discos vendidos e shows por todo o mundo, o Wishbone Ash é uma das mais importantes bandas do rock britânico de todos os tempos.

O Wishbone Ash foi formado pelos musicos Martin Turner e Steve Upton, em Londres em 1969. A ideia inicial era criar um som musical rico em textura e melodias, com enfase nas duas guitarras, uma inovação naquela época. A banda construiu uma identidade musical única, influenciaram inúmeras bandas, entre as quais, IRON MAIDEN e THIN LIZZY e se tornou sinônimo de rock melódico de alta qualidade, com suas famosas guitarras gêmeas e um vocal bem marcante.

A figura central do vocalista e baixista Martin Turner foi crucial para o sucesso comercial do Wishbone Ash, seja através de sua habilidade em compor, seu senso melódico ou mesmo assinando a produção de seus trabalhos.

Martin Turner continua apresentando em seus shows os trabalhos mais admirados pelo seu publico, e em sua atual formação, a banda conta com os experientes guitarristas Ray Hatfield e Danny Willson, além do baterista Dave Wagstaffe. Esse quarteto permanece fiel as suas origens e faz um show focado nos clássicos de todas as eras do Wishbone Ash.

Em 2011 foi lançado o registro oficial da tourne Life Begins, tanto em DVD como em CD, contendo na íntegra a performance do clássico album Argus (votado como o melhor album de rock do ano de 1972, de acordo com as revistas Melody Maker e Sounds). Certamente é um registro histórico que os fans tanto aguardavam.

Nessa tourne pelo Brasil em setembro de 2012, Martin Turner’s Wishbone Ash celebra os 40 anos do clássico álbum ARGUS e vai executá-lo na íntegra !

Data: 22 de setembro as 20h
Local: Manifesto Bar – Rua Iguatemi 36, fone: 11 3168 9595

Ingressos promocionais antecipados: R$60,00

Na porta no dia do show: R$80,00

Camarotes com Meet & Greet: R$120,00 – limitados a 20 ingressos

Pontos de venda de Ingressos:

Ticket Brasil: https://ticketbrasil.com.br/show/martinturnerswishboneash-sp/

Loja DIE HARD na Galeria do Rock – Avenida Sao Joao 439, 2º andar loja
312 – fone: 11 3331 3978

Manifesto Bar – Rua Iguatemi 36, fone: 11 3168 9595

Realização – Mainstage – www.mainstagesp.com.br

Wishbone Ash Official website – www.wishboneash.co.uk

PROMOÇÃO poeira Zine/Mainstage

Assinante da poeira Zine tem desconto no ingresso para o show de São Paulo!

Caso você seja assinante da pZ e deseje ir ao show de SP, basta mandar seu nome completo e RG pra gente. Seu nome vai para a lista e você paga somente R$50,00 pelo ingresso! (o preço na porta será R$80,00).

Brazillian Tour – Setembro 2012

21/9 – Rio de Janeiro – TEATRO RIVAL
22/9 – São Paulo – MANIFESTO
23/9 – Belo Horizonte – GRANFINO’S
26/9 – Porto Alegre – TEATRO CIEE

Gerson Conrad (Secos & Molhados) na pZ – Faça a sua pergunta!

Participe da seção Perguntas e Respostas da poeira Zine!

 

São questões direcionadas a um determinado músico e dessa vez teremos GERSON CONRAD (ex-Secos & Molhados).

 

Agora o mais bacana de tudo é que você é que irá fazer a pergunta!

 

Basta enviar a sua pergunta para o e-mail contato@poeirazine.com.br

 

As melhores questões serão encaminhadas para o músico e publicadas na próxima edição, com o devido crédito ao autor.

 

O prazo para envio de sua questão é até o dia 4 de julho, portanto mãos à obra!

 

The Damned no Brasil!

The Damned pela primeira vez na America do Sul apresentando-se em São Paulo e em tarde de autógrafos na London Calling Discos.

– PRESS RELEASE –

A pioneira banda inglesa toca no dia 12 de abril, no Clash Club em São Paulo, o show é parte da turnê de 35 anos da banda, que faz também tarde de autógrafos no dia 11 de abril na loja London Calling Discos.

Sobre a banda

The Damned, formada em Londres em 1976, pelo guitarrista e cantor Ray Burns e o baterista Chris Millar (mais conhecidos respectivamente como Captain Sensible e Rat Scabies) é considerada responsável pelo início do movimento punk no Reino Unido juntamente com Sex Pistols e The Clash, e posteriormente, foi uma das fundadoras do rock gótico.

Foi a primeira banda punk britânica a lançar um single (New Rose), fazer um álbum (Damned Damned Damned) e realizar uma turnê nos Estados Unidos. Sua música foi uma grande influência na criação do punk rock e hardcore nos Estados Unidos.

Tanto no primeiro como no segundo álbum (Music For Pleasure), as canções em sua maioria eram de autoria do guitarrista Brian James; completavam a formação Rat Scabies, Captain Sensible e o vocalista Dave Vanian. No começo de 1978 a banda acaba e Scabies e Sensible (agora na guitarra) continuam tocando com o nome The Doomed, tendo participação de Lemmy (Motorhead) no baixo em alguns shows.

No ano seguinte é lançado o excelente álbum Machine Gun Etiquette com clássicos como Smash It Up e I Just Can’t Be Happy Today.

No final de 1980 é lançado Black Album e no final de 1982, Strawberries. Neste álbum ocorrem várias mudanças na banda, com Roman Jugg nos teclados e na guitarra, Bryn Merrick no baixo e o apelo gótico em alta. O rock gótico do Damned atingiu seu ápice em Anything de 1986, mesmo ano em que atinge o segundo lugar na parada inglesa com o single Eloise e no ano seguinte a banda novamente acaba.

Do punk seminal de 1976 até o rock gótico de 1987, o grupo conquistou fãs por todo o mundo. Inúmeras bandas gravaram versões de suas canções, citando algumas: Leatherface, Poison Idea, Nomads, Die Toten Hosen, Eddie and the Hotrods, Gumball, Balzac, Elvis Costello, The Ruts, The Hellacopters, Guns and Roses, Goo Goo Dolls, Naked Agression, The Offspring, Manic Hispanic, Pinups.

De 1987 até 1994, fizeram alguns concertos esporádicos e em 1995 lançam Not Of This Earth, com Vanian e Scabies da formação original. No ano seguinte, divergências fazem Rat Scabies sair da banda e Dave Vanian resolve reformular todo o grupo. Em 2001, lançam Grave Disorder, pela Nitro Records, com Captain Sensible, Pinch (bateria), Monty (teclados) e a ex-Sisters of Mercy, Patricia Morrison, no baixo.

Em 2008, a banda lança seu último álbum, So Who’s Paranoid, o qual foi super bem recebido pela crítica e fãs.

Atualmente a banda é formada por Dave Vanian, Capitain Sensible, Pinch, Monty Oxy Moron nos teclados e Stu West no baixo.

Sobre a London Calling

Desde 1986, a London Calling é uma das principais referências no Brasil para quem gosta de rock e pop, trabalhando com produtos importados dos Estados Unidos, Europa e Japão, além dos melhores lançamentos editados no Brasil.

É uma das poucas lojas no Brasil voltada para fãs e colecionadores de raridades, destacando-se pela enorme quantidade de singles, edições limitadas e materiais fora de catálogo. A loja é visitada regularmente por clientes de todas as partes do Brasil, em busca dos últimos lançamentos e das raridades da London Calling.

A London Calling também promove concorridas sessões de autógrafos com bandas internacionais em passagem pelo Brasil. Toy Dolls, Marky Ramone, Stiff Little Fingers, Buzzcocks, Mudhoney, 999, Lurkers, Mission, CJ Ramone, MC5, Uk Subs, Vibrators,Young Gods, Andy Rourke (Smiths), New Model Army, Gene Loves Jezebel, Donita Sparks (L7), Rezillos, The Donnas, Daniel Ash (Bauhaus), Glen Matlock (Sex Pistols), Agent Orange, Hugh Cornwell (Stranglers), Dickies, são alguns dos grupos que passaram pela London proporcionando um contato maior com seus fãs nessas tardes de autógrafos.

Serviço

Tarde de Autógrafos – Evento Gratuito

Data: Quarta-feira, 11 de abril 2012

Local: London Calling Discos

Horário: a partir das 15h

Endereço: Rua 24 de Maio, 116, sobreloja 15
República – São Paulo – SP
Telefone: (11)3223-5300
Loja Virtual: http://www.londoncalling.com.br
IMPORTANTE: limitado a 1 item por pessoa

Show
The Damned
Data:Quinta-feira, 12 de abril de 2012
Local:Clash Club
Endereço:R. Barra Funda, 969
Abertura da casa: 20h30
Horário previsto do show: 22h
Ingressos:
1º lote: R$ 200,00 ou R$ 100,00 + 1 kg de alimento (até 12/04)
Camarotes no mezanino (três camarotes à venda – 10 pessoas por camarote): R$ 1.500,00 (vendas somente no Clash Club)
Camarote da pista (ingressos limitados): R$ 320,00 cada ou R$ 150,00 + 1 kg de alimento.

Locais de venda:
Online: http://www.divirto.com.br
London Calling Discos

Aquecimento para o show de Mark Farner em SP

A pZ convida você para uma apresentação da banda On Time!

Mark Farner (Grand Funk Railroad) está vindo pela primeira vez ao Brasil e toca neste próximo sábado em São Paulo.
Que tal fazer um aquecimento ao lado de outros fãs do Grand Funk Railroad e assistir a uma apresentação da banda ON TIME, tocando clássicos de todos os álbuns essenciais do grupo?
Sinta-se então convidado e nos vemos lá!

On Time (Tributo ao Grand Funk Railroad)
Dia: 9/3 (amanhã, sexta-feira)
Local: Rock and Burguer
Endereço: Rua Caraíbas 314, Perdizes
Horário: 22h pontualmente!
Couvert Artístico: R$15 (a ser pago, somente em dinheiro, na entrada do evento)

Lembrando que a On Time é formada por Abdalla Kilsam (vocal), Silvio Lopes (guitarra), Bento Araujo (baixo), Douglas Coronel (teclados) e Ivan Scartezini (bateria).

Veja alguns vídeos da banda nos links abaixo:



Netinho – Faça a sua pergunta!

Participe da seção Perguntas e Respostas da poeira Zine!

São questões direcionadas a um determinado músico e dessa vez teremos NETINHO, lenda do rock brasileiro que tocou em grupos como The Clevers, Os Incríveis, Casa das Máquinas, etc.

Agora o mais bacana de tudo é que vocês é que irão fazer as perguntas!

Basta enviar a sua pergunta para o e-mail contato@poeirazine.com.br

As melhores questões serão encaminhadas para o músico e publicadas na próxima edição, com o devido crédito ao autor.

O prazo para envio das questões é até o dia 5 de março, portanto mãos à obra!

Abaixo um videolist com o mero intuito de inspirar a sua pergunta:







MAHOGANY FROG

SESC BELENZINHO RECEBE BANDA MAHOGANY FROG PELA PRIMEIRA VEZ NO BRASIL

-Press Release-

O SESC Belenzinho apresenta, nos dias 25 e 26 de fevereiro, o show da banda canadense Mahogany Frog.

Formada em 1998, a banda possui a influência de uma variedade de gêneros como música eletrônica, rock progressivo, jazz, ultra-lounge do final dos anos 50, música ambiental, experimentalismo e referências de bandas como Pink Floyd, Tortoise, Mars Volta, Soft Machine, Frank Zappa.

Graham Epp (trompete, guitarra, teclado e sintetizador),
Jessie Warkentin (guitarra, teclado e sintetizadores), Scott Ellenberger (baixo, orgão, trompete e percussão)Andrew Rudolph (bateria) irão tocar músicas do quinto álbum D05 (2008), lançado pelo selo norte-americano MoonJune Records, além de algumas inéditas que estarão no próximo disco da banda, que será lançado ainda este ano.

Com o uso de uma infinidade de teclados (analógicos e digitais), as guitarras cheias de feedback, baixo fuzz e paredes de samplers eletrônicos, o grupo cria um túnel de frequências altamente saturadas de jazz-rock, geralmente realizado com uma quantidade enorme de energia e visceralismo nas execuções.

A orquestração dos instrumentos são, por vezes, pouco ortodoxas usando progressões modais mais complexas ou frases como base para experimentações de arranjo e ritmos inusitados, mas muito bem definidos na execução.
Musicalmente falando, os quatro membros do “Mahogany Frog” tem a tendência a extrapolar da tênue linha entre o erudito e todas as fusões de uma maneira muito original e com DNA próprio.

Ao vivo, as canções fluem naturalmente, criando um bombardeio constante de nuances de boa música progressiva, interpretações emocionantes, que exploram o humor em inúmeras ideias criativas.

SERVIÇO:

MAHOGANY FROG
Dias 25 e 26/02/2012
Sábado, às 21h; domingo, às 18h.

Teatro (392 lugares – acesso para pessoas com deficiência)
Não recomendado para menores de 12 anos
Duração: 2h
Ingressos à venda a partir de 1/2 pela rede IngressoSESC (em todas as unidades do SESC):
R$ 32,00 (inteira); R$ 16,00 (usuário matriculado no SESC e dependentes, +60 anos, estudantes e professores da rede pública de ensino); R$ 8,00 (trabalhador no comércio de bens, serviços e turismo matriculado no SESC e dependentes).

SESC BELENZINHO
Endereço: Rua Padre Adelino, 1000
Belenzinho – São Paulo (SP)
Telefone: (11) 2076-9700
http://www.sescsp.org.br/belenzinho

ESTACIONAMENTO
Para espetáculos com venda de ingressos:
R$ 6,00 (não matriculado);
R$ 3,00 (matriculado no SESC – trabalhador no comércio de bens, serviços e turismo / usuário)

Para atividades gratuitas:
R$ 6,00 (1ª hora) + R$ 1,00 (p/hora) – (não matriculado)
R$ 3,00 (1ª hora) + R$ 1,00 (p/hora) – (matriculado no SESC – trabalhador no comércio de bens, serviços e turismo/usuário)

Blue Öyster Cult

Eric Bloom comenta o significado do logotipo da banda

– Press Release –

Eric Bloom, vocalista e líder da banda Blue Öyster Cult, comentou recentemente, em entrevista concedida para uma revista brasileira, que está muito feliz com a vinda da banda ao Brasil, e relembrou vários pontos importantes da carreira.

Quando perguntado sobre o significado do logotipo da banda, o que sempre é um grande mistério e chama muito a atenção dos fãs, ele foi um pouco discreto, por não querer se aprofundar em assuntos do passado.

Eric comentou que não sabe ao certo o significado do logo que foi desenvolvido pelo artista gráfico Bill Gawlik, que cuidou do conceito dos dois primeiros álbuns da banda. Segundo ele, é algum tipo de simbologia antiga que está envolvida com o chumbo e o caos.

Curioso é que o Blue Öyster Cult é justamente uma banda conhecida por ter influenciado gerações e ultrapassado barreiras, mudanças de integrantes, transtornos de mercado, além de muitos outros obstáculos. Isso até faz parecer que realmente existe algum tipo de magnetismo que transmite força para eles.

Sua única apresentação no Brasil acontece em São Paulo no dia 24 de fevereiro a partir das 22h00 no HSBC Brasil e conta com produção exclusiva da Top Link Music.

Informações pelos sites:
http://www.toplinkmusic.com
http://www.hsbcbrasil.com.br

A Top Link está realizando uma promoção no Twitter para o Meet & Greet da banda. Siga-nos no endereço @toplinkmusic e confira os detalhes de como participar.

Mark Farner (Grand Funk Railroad) ao vivo no Brasil!

*Press Release*

Depois de grande sucesso pelo Mundo todo, o renomado guitarrista Mark Farner vai realizar o sonho dos incontáveis fãs do multiplatinado Grand Funk Railroad, umas das bandas mais populares dos anos 70 nos Estados Unidos. Com a produção da CP Management, Metal Music e Consulado do Rock, o músico desembarca na América do Sul para uma série de shows.

Até o momento, as datas da “The Loco-Motion Tour” são:
Mar 08 – Teatro Caupolican – Santiago do Chile
Mar 10 – Via Marquês – São Paulo, Brasil
Mar 11 – Bar Opinião – Porto Alegre, Brasil
Mar 13 – TBA

Mark Farner trará na bagagem o seu magnífico som das sete cordas, além de cantar todos os sucessos que fizeram parte da sua carreira no GFR, incluindo o hit “We’re An American Band”.

O Grand Funk Railroad foi uma grande sensação do rock para os jovens no final dos anos 60 e começo dos anos 70.

Uma das performances históricas do GFR aconteceu no Detroit’s Olympia Stadium, durante a turnê em que eles abriram para o Led Zeppelin. O feedback do público foi tão positivo que Peter Grant, empresário do Led Zeppelin, desplugou os músicos e finalizou a exibição antes do previsto. A banda deixou o palco ovacionada. Quando o Led Zeppelin entrou em cena, metade do estádio tinha ido embora. Algo semelhante aconteceu em Cleveland, e o GFR foi “despedido” da tour, nunca mais sendo convocado para tocar ao lado do Led Zeppelin.

Os ingressos para a apresentações da “The Loco-Motion Tour” no país já estão à venda e também podem ser adquiridos pela internet, no site da Ticket Brasil. Confira serviço abaixo.

Links relacionados:
http://www. http://www.markfarner.com
http://www.cacapratesmanagement.com.br
http://www.abstratti.com.br
http://theultimatepress.blogspot.com

Serviço São Paulo
CP, Metal Music & Consulado do Rock apresentam:
Mark Farner (ex-Grand Funk Railroad) – The Rock Patriot
The Loco-Motion Tour
Data: 10/03/2012 – sábado
Endereço: Av. Marquês de São Vicente, 1589 – Barra Funda – viamarques.com.br.
Telefone: Tel.: (11) 3615-2060
Horário do Show: 22h – pontualmente!
Banda de Abertura: 21h (a confirmar)
Convidado especial: DJ Índio

Ingressos:
1° lote pista: R$ 100,00 (meia entrada e promocional)
2° lote pista: R$ 120,00
Mezanino R$ 150,00
Camarote: R$ 200,00

Pontos de venda:
Galeria do Rock – Aqualung, Baratos Afins, Paranoid, Consulado do Rock, Animal, Die Hard – Av São João, 439
Galeria Presidente – London Calling Discos – Rua 24 de Maio, 116 – Sobreloja – Fone: 3223.5300
Santo André: Metal CDs – Rua Dona Elisa Flaquer, 184 – Centro – Fone: 4994.7565
Bilheterias da Via Marquês.
Venda online: Ticket Brasil – http://www.ticketbrasil.com.br
Imprensa: (13) 9161.6267

Serviço Porto Alegre
Data: 11/03/2012 – domingo
Local: Opinião – Rua José do Patrocínio, 835
Hora: 21h

Ingressos
PISTA: 1º lote R$ 80,00 | 2º lote R$ 100,00 | 3º lote R$ 120,00
CAMAROTE/MEZANINO: 1º lote R$ 140,00 | 2º lote R$ 160,00 | 3º lote R$ 180,00
Pontos de venda
Online – http://www.opiniaoingressos.com.br
Multisom – Rua dos Andradas, 1001
Multisom – Shopping Iguatemi
Multisom – Praia de Belas Shopping
Informações: http://www.abstratti.com.br – (51) 3026-3602

Focus ao vivo em São Paulo, dia 17/3!

*PRESS RELEASE*

Com um estilo único de se tocar rock progressivo, o FOCUS iniciou sua carreira no inicio dos anos 70 e se tornou a mais famosa e popular banda holandesa de todos os tempos.

A banda tinha como líderes, a dupla formada por Thijs van Leer no órgão Hammond / flauta e Jan Akkerman na guitarra.

Seus primeiros hits vieram em forma de músicas instrumentais, “Hocus Pocus”, “House of the King”, e “Sylvia”, mas não devemos nos esquecer dos formidáveis discos “Moving Waves”, “Focus 3” e “Hamburger Concerto”.

A banda chega em março ao Brasil para apresentar o novo cd, FOCUS 10 – Crossroads, o qual contou com a ilustre presença do brasileiro Ivan Lins, além de celebrar os 40 anos de seu mais famoso disco, Moving Waves, lançado em 1972. A banda vai executar esse album na íntegra, além de outros classicos imortalizados de sua longa carreira.
Certamente será um show histórico e nostálgico !!

“Nossa música é evolução, não revolução”, afirma Thijs van Leer com relação a característica que define o som do FOCUS.

FOCUS – Formação em 2012

Thijs van Leer – Hammond, flauta e vocais Menno Gootjes – guitarrra Bobby Jacobs – baixo Pierre van der Linden – bateria

O show será dia 17 de março, no Carioca Club, em São Paulo, SP.

Realização : Main stage

Official website: www.focustheband.com

Blue Öyster Cult no Brasil!

– Press Release –

Top Link Music confirma apresentação banda Blue Öyster Cult pela primeira vez no Brasil.

Formada no final dos anos 60 em Long Island, NY, e mantendo seu vigor até hoje, a banda Blue Öyster Cult ou para os inúmeros fãs no mundo, BÖC’s, vem pela primeira vez ao Brasil em sua primeira tour na América Latina.

Além de contar com baixista Rudy Sarzo (ex Quiet Riot, Ozzy, Whitesnake, Dio) em sua atual formação o BÖC’s o grupo que já vendeu cerca de 24 milhões de cópias ao longo de sua carreira promete ao público tocar clássicos como Don’t Fear The Reaper, do álbum Agents of Fortune de 1976, Godzilla, de Spectres, de 1977, Burning for You, de Fire of Unknown Origin, de 1981, além de Cities on Flame with Rock and Roll, Then Came the Last Days of May, Veteran of the Psychic Wars, This Ain’t the Summer of Love, Dominance and Submission, Astronomy, In Thee, I Love the Night, Shooting Shark, entre outras.

O grupo se apresenta em São Paulo no HSBC BRASIL dia 24 de Fevereiro

Pontos de venda:
Bilheterias do HSBC BRSIL – Rua Bragança Paulista, 1281 – Chácara Santo Antônio – São Paulo (SP)
Atendimento de segunda a sábado das 12h às 22h; domingo e feriado das 12h às 20h.

Internet: www.ingressorapido.com.br

Mais informações:
(011) 4003 1212 – VÁLIDO PARA TODAS AS CIDADES DO TERRITÓRIO NACIONAL
Atendimento de segunda a sábado das 09h às 22h – domingo e feriado das 11h às 19h

CLASSIFICAÇÃO: 14 ANOS – Menores de 14 anos somente acompanhados dos pais ou responsável.

Lançamento da nova Classic Series!

ROADIE CREW lança novo número da CLASSIC SERIES, um especial sobre o ano de 1981

Chega às bancas de todo o Brasil a edição especial da revista Roadie Crew, lançada dentro da série criada pela publicação: Classic Series. O intuito é disponibilizar edições especiais abrangendo temas específicos do mundo do Classic Rock e do Heavy Metal, num formato ainda inédito no Brasil. Para a missão, a revista, que é a maior e mais conceituada publicação de Rock pesado da América Latina, conta com a parceria do jornalista Bento Araujo, editor da revista poeira Zine.

“Esse é o terceiro número da Classic Series e nele abordamos tudo o que aconteceu de importante dentro do Rock no ano de 1981. O Heavy Metal e o Rock estavam mais fortes do que nunca e grupos e artistas como Black Sabbath, Judas Priest, AC/DC, Rush, Iron Maiden, Thin Lizzy, Ozzy Osbourne, Def Leppard, Venom, Journey, Whitesnake, Saxon, Van Halen, Foreigner, Triumph e Motörhead estavam lançando alguns de seus trabalhos definitivos. Além disso, em 1981, o Queen aportou pela primeira vez no Brasil e realizou dois shows históricos por aqui e tantos outros na Argentina. A passagem deles foi um divisor de águas na nossa cena e foi uma verdadeira aventura mergulhar nesses acontecimentos e escrever um dos artigos principais desta edição”, afirma Bento, que conclui: “Tem muita história pra relembrar desse ano histórico para a música.”

Os principais discos lançados há 30 anos também mereceram destaque nesse especial segundo Bento: “Estamos apresentando nada menos do que os 81 melhores álbuns lançados em 1981. Então tem desde gigantes como AC/DC, Rush, Kiss e Iron Maiden, até Tygers Of Pan Tang, Demon, Riot, Raven, Rose Tattoo, Baron Rojo, Patrulha do Espaço, Riff e Ocean, por exemplo. Outros destaques são os 12 meses de 1981 passados a limpo, mês a mês, com os principais acontecimentos do ano e tudo sobre o festival Heavy Metal Holocaust, um marco da época, que hoje é totalmente esquecido.”

O novo número da Classic Series traz também muitas fotos inéditas de arquivos e duas entrevistas exclusivas. Uma com Paul Di’Anno, falando tudo sobre o álbum Killers do Iron Maiden, mais as turnês pela Europa, EUA e Japão e a sua traumática saída da banda naquele ano de 1981. A outra entrevista é com Eddie Van Halen, e foi feita pelo nosso colaborador Steven Rosen. O papo permaneceu arquivado até hoje e só depois de 30 anos foi finalmente publicado pela Classic Series!

O que você está esperando?

Adquira já a sua pelo fone (11) 5058-0447 ou escreva para metal@roadiecrew.com (com Maria José).

Nas bancas de todo o Brasil a partir de 26/12

Para mais informações sobre essa edição especial:
www.roadiecrew.com

Mark Farner em Porto Alegre!

Tago Mago Extras

Tago de faixa a Mago…. digo, Tago Mago de faixa a faixa
por Alexandre Napoli

Paperhouse
Curiosamente, a faixa de abertura apresenta a levada mais convencional de Liebezeit em todo o disco. (pelo menos nos primeiros minutos). Os sintetizadores reverberando a mil servem de introdução à sonoridade eletrônica do album. Em oposição ao que predomina no restante do material, Damo suaviza a agressividade dos vocais em Paperhouse. Aqui sua participação é mais branda, quase secundária. Sua interpretação lembra mais o canto de um adolescente apático (vide Kurt Cobain em seus momentos mais “down”) do que os sussurros mântricos de outras faixas. Quem rouba a cena é a guitarra agressiva e bluesy de Michael Karoli e a batida industrial acachapante de Liebezeit (mais pro meio da faixa). Definição possível: Jam-estendida-sem-eira-nem-beira

Mushroom
A faixa mais pop do disco; possivelmente o mais próximo que os cans chegaram de um “hit radiofônico” (muitas aspas aqui!). Ruídos de feedback despontam da guitarra de Michael Karoli embalados pela imutável cozinha-locomotiva de Czukay e Liebezeit. O vocal de Damo surge em versos minimalistas carregados do mencionado apelo pop-bublegum-rockstar. Em intervalos, o crooner-freak explode em grunhidos agudos e roucos, dosando suavidade e selvageria como Jim Morrison em “When the music is over” (Será que só eu vejo essa semelhança toda entre Morrison e Suzuki? De qualquer forma, os Doors são constantemente citados como influência pelos cans, especialmente por Schimdt). A letra é um ótimo exemplar dos haicai-dadaístas de Damo. Já foi dito que o verso “When I saw a mushroom head/ I was born and I was dead” condensa em duas frases toda a experiência psicodélica.

Oh Yeah
Apontado por muitos como o som marca-registrada do Can. Ruídos cósmicos tentando reproduzir o som do big bang, batida imutável do meio-homem/meio-maquina Liebezeit, vocal tortuoso e monótono de Damo, versos dada-non-sense, licks psicodélicos de Michael Karoli, groove interminável de baixo, mudanças abruptas de climas, tá tudo aí. Divirta-se.

Halleluhwah
Irresistível cozinha funky, groove permanente, vocal cool de Damo, incríveis “solos” de bateria (batuque complexo e mecânico como um Olodum sem suingue). Chega a parecer um afro-beat industrial, temperado com efeitos eletrônicos e pirações guitarrísticas . A mais funky e mais longa faixa do disco (Emplaca os 18:32!)

Aumgn
O Can no auge do experimentalismo e da esquisitice sonora. Como já foi dito, a faixa mais freak do álbum. Aumgn se assemelha mais à chamada “música ambiente” do que a um tema executado por uma banda. Ao contrário das demais faixas, não apresenta base rítmica nem estrutura de jam. Possível indicativo do gosto de Czukay e Schimdt por trilhas-sonoras, Aumgn encaixaria perfeitamente num filme de ficção científica (de fato, seus ecos e efeitos assombrosos cairiam como uma luva nos momentos mais sinistros de 2001, de Kubrick). Outra faixa de longuíssima duração: chega aos 17:37.

Peking O
A de degustação mais difícil, ao lado de Aumgn. Passagens instrumentais minimalistas; Damo em sua mais extrema “linguagem da Idade da Pedra” (balbuciando associações indecifráveis e raivosas avacalhações verbais); experimentações sonoras com velocidade e rotação; deslocados fraseados jazzísticos de teclado; Liebezeit impassível em seu ritmo-metrônomo. Vá com cuidado. Pode causar indigestão.

Bring Me Coffee or Tea
Reflexo da época, a faixa ressoa o flerte da psicodelia sessentista com a sonoridade indiana. Karoli adiciona um interessante efeito de cítara na guitarra, se esmerando em licks atonais e efeitos mil (Haveria um fuzz ali no meio?). As viradas nada óbvias de Liebezeit lembram vagamente John Densmore em “The End”. Verdadeiro mantra freak, Bring Me Coffee or Tea evidencia o senso de humor de Damo e fecha de maneira inesperada um disco antológico.

Tago Mago: A origem do nome
por Alexandre Napoli

Em seus tempos de jazzman, o batera Jaki Liebezeit chegou a acompanhar a banda de Chet Baker por turnês mundo a fora. Durante uma temporada de shows com o lendário trompetista em Ibiza, na costa espanhola, Liebezeit ficara fascinado por uma ilhazinha menor situada à noroeste da badalada ilha catalã. Tratava-se de Tagomago, um belíssimo recanto particular freqüentado pelo jet set espanhol e internacional. No meio desse pequeno paraíso mediterrâneo, o ar de mistério e exotismo de suas formações rochosas capturou a imaginação do futuro Can.

Quando pensavam em um nome para o novo disco, Liebezeit se adiantou: “Que tal Tago Mago? Estão lembrados? Aquela rocha na costa de Ibiza que eu falei pra vocês, que eu vi quando tocava com o Chet Baker em Barcelona, em 1963”. A turma acatou a sugestão e eternizou o nome da ilhota como título do maior clássico do Krautrock. Na verdade o lugar já tinha sua fama. Conta-se que o ocultista e filósofo Aleister Crowley esteve em Tagomago e praticara por lá seus medonhos rituais. Embora Crowley não tenha inspirado diretamente a concepção de Tago Mago, o elemento “mágico” da obra sempre foi sublinhado pelos cans. Irmin Scimdt utiliza a expressão “witchy suprsings” – algo como “surpresas de bruxaria” -, para descrever o clima das sessões do disco. Para Holgar Czukay, o álbum foi “uma tentativa de chegar a um mundo musical misterioso da luz à escuridão e depois retornar.”

O texto completo sobre Tago Mago e mais 100 discos prog lançados em 1971 você confere na nova edição da pZ, já disponível no www.poeirazine.com.br/

O primeiro fruto, o Messias Elétrico

Entrevista com Fernando Coelho, baterista do Messias Elétrico.

pZ – Metade do Messias Elétrico veio do Mopho, que foi uma banda com boa repercussão na cena psicodélica brasileira. Musicalmente existe alguma relação entre as duas bandas?

Fernando Coelho: Para bom entendor do assunto, fica claro que o rock produzido nos anos 60 e 70 no Brasil e no mundo são influências comuns às duas bandas. Por outro lado, acredito que, assim como o Mopho, o Messias Elétrico tem influências mais contemporâneas diluídas ao longo das canções, inclusive de outros gêneros presentes no paladar musical de todos os integrantes.

pZ – O Messias Elétrico parece ser mais influenciado pelo rock pesado dos anos 70 de bandas como Purple, Zeppelin, Sabbath, UFO, Atomic Rooster, ao invés da psicodelia sessentista do Mopho… Era essa a ideia?

Fernando: Na verdade, ainda pretendemos adicionar mais doses de psicodelia no nosso som. A principio, nessas primeiras músicas, a sonoridade tentou mesclar o rock clássico das bandas citadas na pergunta com levadas mais groove, entre o funk e o soul, e convenções de rock progressivo. Já temos novas composições e elas flertam tanto com a psicodelia quanto com o rock contemporâneo.

pZ – Sacamos também uma forte influência dos Mutantes, principalmente da fase Tudo Foi Feito Pelo Sol e de outras bandas brasileiras como Som Nosso de Cada Dia e O Terço. Essa influência existe? Vocês curtem o rock progressivo nacional dos anos 70?

Fernando: Sem dúvida, o rock progressivo nacional dos anos 70 é uma influência. Principalmente por parte de Alessandro Aru e Pedro Ivo Araújo.

pZ- As quatro partes de “The Last Groove” demonstram que o Messias Elétrico faz um tipo de som que quase ninguém mais faz pelo Brasil. Fale um pouco sobre isso e sobre o processo de composição e gravação desse longo e incrível tema…

Fernando: Ficou longa, né? (risos). A música começou com o groove da parte cantada que, a princípio, teria uma levada mais reta, mais hard rock. Mas para não cair no lugar comum, resolvi injetar um groove híbrido entre Higher Ground, de Stevie Wonder, e Achilles Last Stand, do Led Zeppelin. A partir daí, durante os ensaios, fomos elaborando e desenvolvendo os arranjos das outras partes. Num determinado momento, pintou a ideia de uma introdução ao piano e Leonardo Luiz trouxe o tema que de imediato foi encaixado no arranjo. A levada final é outra tentativa de juntar rock progressivo e soul music. Como as partes são bem diferentes, dividimos com subtítulos. De certa, uma referência às suítes do rock progressivo. Rush, Yes e Focus são influências certas. A gravação da faixa e do disco foi feita no estúdio Concha Acústica em Maceió. Começamos com a bateria, que gravei em praticamente um dia, com no máximo um ou dois takes para cada música. The Last Groove foi gravada num único take. E aí, veio a ordem de praxe, com baixo, guitarra, teclados, solos e vocais na sequência.

pZ – Como está sendo a promoção do disco? Shows pelo Brasil devem rolar em breve?

Fernando: Estamos começando. Pela Baratos Afins, Luiz Calanca comanda uma frente de divulgação, enviando discos para jornalistas, sites e revistas e produtores espalhados por todo o Brasil. Daqui de Alagoas, iremos começar a atacar noutra frente na semana que vem. Queremos muito tocar pelo Brasil. Esperamos que o disco agrade e que os convites comecem a aparecer em breve. Nem é tão díficil contratar a gente (risos).

pZ – Aqui em São Paulo tem gente comparando a capa de vocês com a do disco Born Again do Black Sabbath. Foi intencional?

Fernando: De fato, tem muito em comum, mas a influência não foi essa. Em 2009, percorri a Noruega por 30 dias e me encantei com o País. Em Oslo, conheci o Vigeland Park e suas 212 esculturas que representam o ciclo da vida humana. A imagem da capa é de uma dessas estatuas. O Messias representa a chegada de uma nova vida. Como é o nosso primeiro disco, a imagem de uma criança raivosa diz muito sobre nós. Você pode conferir um pouco mais dessa história nesse video. http://www.youtube.com/watch?v=HJHJ6SRQgCs

pZ – O Pedro Ivo Araujo parece ser o mais jovem do grupo e mostra muito talento no disco. Como ele entrou na banda e como vocês o conheceram?

Fernando.: Pedrinho é um talento nato, raro e um ser humano incrível e extramente maduro para a sua idade (23 anos). Na verdade, nós não “o descobrimos”. Pedro já atuava no cenário local, com destaque para a banda Canela Seca, que também tinha Alessandro Aru nan formação, e fazia um rock mais duro, sob influência de Made in Brazil e Casa das Máquinas. Ele também tem um projeto muito bacana chamado Necronomicom, com a guitarrista Lillian Lessa e o bateria Tiago Alef, com uma sonoridade cuja principal influência é o Black Sabbath dos três primeiros discos.

pZ– A produção fonográfica ficou a cargo do Luiz Calanca, da Baratos Afins. O Mopho já tinha saído pelo selo, certo? Isso facilitou as coisas?

Fernando: Isso foi uma honra pra nós. Ficamos emocionados e linsojeados quando Luiz Calanca ofereceu o convite. Pensa bem, uma banda iniciante, que ninguém conhece, sair logo na estreia sob o crivo de uma gravadora tão lendária e seminal para a história do rock brasileiro… não tinha como ser melhor.

Abaixo a matéria publicada na edição #39 da poeira Zine:

O primeiro fruto, o Messias Elétrico

“Ficou longa, né? A música começou com o groove da parte cantada que, a princípio, teria uma levada mais reta, mais hard rock. Mas para não cair no lugar comum, resolvi injetar um groove híbrido entre ‘Higher Ground’, de Stevie Wonder, e ‘Achilles Last Stand’, do Led Zeppelin…”

É assim que começa o nosso papo com o baterista Fernando Coelho, músico de Maceió, que da bela capital alagoana nos atende para falar um pouco de sua banda, o Messias Elétrico. Na declaração acima, Fernando comenta a faixa “The Last Groove”, uma suíte de doze minutos dividida em quatro partes.

“The Last Groove” ficou semanas tocando na vitrola da nossa redação e foi recebida com certa euforia. Seria a introdução no melhor estilo UFO dos bons tempos? Seria as frases inspiradas de guitarra de um jovem de 23 anos de idade chamado Pedro Ivo Araújo? Seria o timbre de baixo de Alessandro Mendonça ou os diversos timbres das teclas de Leonardo Luiz, dois ex-integrantes da banda psicodélica Mopho?

É tudo isso e mais um pouco. “A levada final é outra tentativa de juntar rock progressivo e soul music. Como as partes são bem diferentes, dividimos com subtítulos. De certa forma, uma referência às suítes do rock progressivo. Rush, Yes e Focus são influências certas. ‘The Last Groove’ foi gravada num único take,” continua Fernando.

Além dos sons dos gringos, o barato é que o Messias Elétrico sofre influências de bandas nacionais como Mutantes (principalmente da fase Tudo Foi Feito Pelo Sol), Som Nosso de Cada Dia, O Terço e Casa das Máquinas.

O primeiro disco do Messias Elétrico acaba de ser lançado pelo selo Baratos Afins, o que muito honrou o pessoal da banda, como afirma Fernando: “Isso foi uma honra pra nós. Ficamos emocionados e linsojeados quando Luiz Calanca ofereceu o convite. Pensa bem, uma banda iniciante, que ninguém conhece, sair logo na estreia sob o crivo de uma gravadora tão lendária e seminal para a história do rock brasileiro… Não tinha como ser melhor!”

Foi só o disco ficar pronto que as comparações já começaram, principalmente em relação à capa, similar a do disco Born Again, do Black Sabbath. Fernando comenta: “De fato, tem muito em comum, mas a influência não foi essa. Em 2009, percorri a Noruega por 30 dias e me encantei com o país. Em Oslo, conheci o Vigeland Park e suas 212 esculturas que representam o ciclo da vida humana. A imagem da capa é de uma dessas estátuas. O Messias representa a chegada de uma nova vida. Como é o nosso primeiro disco, a imagem de uma criança raivosa diz muito sobre nós.”

Apesar de lembrar muita coisa que nós da pZ adoramos, o Messias Elétrico tem personalidade própria e merece ser festejado como um dos nomes mais empolgantes da nova cena rock nacional.

O disco você encontra na loja Baratos Afins, pelo fone 11-3223-3629 ou pelo site www.baratosafins.com.br

(Texto de Bento Araujo – Foto de Rafaella Kissy)

Mark Farner no Brasil!

Está confirmada a primeira tour brasileira do ex-vocalista/guitarrista do Grand Funk Railroad!

Mark Farner se apresenta com sua banda no dia 27 de janeiro de 2012 em Porto Alegre/RS (Bar Opinião) e no dia 28 de janeiro de 2012 em São Paulo/SP (Via Marquês).

Nos dias 29, 30 e 31 de janeiro rolam shows em outras capitais brasileiras, locais a serem confirmados pela produção do evento.

Não perca a chance de conferir essa lenda do rock dos anos 70 ao vivo!
Mais detalhes em breve…

Marianne Faithfull em Buenos Aires

Marianne Faithfull com Marc Ribot
Teatro Coliseo, Buenos Aires, Argentina, 22 de setembro
Texto: Marcelo Sonaglioni

‘Você sabe, eu ainda fumo…” Apenas 50 minutos haviam se passado desde o início do show, e ele não duraria muito mais, de qualquer forma, já que Marianne Faithfull mostrava a todos que não precisava de uma única desculpa para explicar as razões por que, naturalmente, ela tossia novamente sempre que precisava. As mesmas razões que mudaram a voz original de adolescente, aguda, para voz cavernosa que hoje, aos 64 anos, ainda é uma parte distintiva dela, incluindo umas décadas de abuso de nicotina e outros venenos. O mesmo momento em que ela foi descoberta por Andrew Loog Oldham, o lendário empresário e produtor dos Rolling Stones, que não fazia objeções a apresentá-la ao mundo como “um anjo com seios”. Uma carreira que podemos traçar desde seu papel como um ícone indiscutível dos anos 60 nos anos mais legais da chamada Swinging London (quando ela se tornou “a namorada de Mick Jagger”, e eventualmente uma sempre-presente musa dos Stones, um rótulo do qual ela nunca conseguiu se livrar após todos esses anos), até o glorioso comeback no fim dos anos 70, após vagar pelas ruas de Londres como uma verdadeira viciada em heroína. Não foi outra senão Faithfull, uma ávida leitora e dona de uma enorme bagagem cultural, descendente de Leopold von Sacher-Masoch (o escritor e jornalista austríaco mais conhecido como mo homem que originou o termo “masoquismo”), que eventualmente “poliu” Jagger, e o levou fundo ao mundo da aristocracia britânica.

Cerca de quatro décadas depois, como foi anunciado “Marianne Faithfull e Marc Ribot, Uma Noite Intimista”, ultrapassou o nível de intimidade prometido, terminando em uma dose incrível de majestade e simplicidade, todos vindos de uma artista que não precisa de nada além disso para mostrar suas habilidades impressionantes. Esta foi a primeira visita à Argentina (ela havia feito antes apenas uma curta viagem de férias ao Brasil, com Jagger, Keith Richards e a então namorada dele, Anita Pallenberg, no fim dos anos 60), após dois shows em Porto Alegre, dois dias antes de sua chegada ao país platino. Tudo do que Faithfull precisou foi um microfone, um banquinho (que ela nunca usava, de qualquer forma; preferiu ficar de pé durante todo o show, dando alguns passos ou dançando suavemente com as mão nos bolsos), uma estantinha para as letras e uns poucos spots de luz, além da presença essencial do fantástico Mark Ribot no violão e backing vocal (precisaríamos de um artigo extra só para falar de sua grandeza), melhor conhecido como o session man para gente como Tom Waits, Elvis Costello e a própria Faithfull, apenas para citar uns poucos. E, nem precisava dizer, a voz de Marianne, aquela voz!

Inesperadamente, Faithfull começou o concerto com suas canções mais recntes, ou seja, com “Horses and High Heels”, que também é o nome de seu álbum de estúdio mais recente. Ao longo do show, que durou meros 70 minutos, ela escolheu um pequeno mas belo ctálogo de canções, incluindo clássicos (como “The Ballad of Lucy Jordan”, do álbum Broken English, o mesmo que a trouxe de volta à cena musical em 1979, e cuja faixa-título ela também cantou), e alguns temas contemporâneos que, como Marianne costuma fazer, ela ia apresentando à audiência uma após a outra, com pequenas falas, referindo-se à sua vida atual (“Moro em Paris atualmente. Eu amo Paris! Às vezes saio para andar um pouco e volto com a sensação de que nada, absolutamente, aconteceu”). Ou “That’s How Every Empire Falls”, quando ela explicou que a canção era sobre os Estados Unidos e a queda de seu império (“o império perverso, que está caindo, você sabe que ele está caindo, e o melhor de tudo é que não temos de fazer nada, eles fizeram isso sozinhos…). Mais algumas músicas, todas também do álbum Horses and High Heels (“Prussian Blue”, “Love Song”, que Elton John gravou nos anos 70, “Why Did We Have to Part”), além de uma versão de “The Crane Wife” dos Decemberists, que Marianne incluiu no álbum Easy Come Easy Go, lançado em 2008. Mas foram principalmente outras covers que fizeram o público se emocionar (cerca de 800 pessoas, nada mau para um concerto que não foi promovido o suficiente). De “Solitude” ( um standard de Duke Ellington) a “Working Class Hero”, de John Lennon, que Faithfull terminou erguendo o braço esquerdo, clamando por “vitória”, ou “Baby Let Me Follow You Down”, de Bob Dylan, a música em que Ribot trocou a guitarra pelo ukelele. Na certa, um dos momentos mais aguardados veio quando Faithfull introduziu “As Tears Go By”, que Jagger e Richards compuseram e entregaram a ela em 1965 (“uma canção que dois caras escreveram pra mim”, a música que fez Faithfull popular) e “Sister Morphine”, incluída no álbum Sticky Fingers, de 1971, dos Stones, que Marianne escreveu com Jagger e pela qual nunca foi creditada (“vocês devem conhecer esta canção, eu a escrevi com um cara de quem não lembro o nome agora…”). Faithfull deixou qualquer ironia restante de lado (afinal, ela não conseguia evitar menções aos Stones) e, novamentecongelou todo mundo com uma bela, francamente bela performance de “Strange Weather”, que Tom Waits compôs para ela, faixa título do álbum de 1987, após todos aqueles anos de heroína.

Finalmente, teve “Love Is Teasing”, que Faithfull escolheu como bis, e cantou a cappella, o que soou tão irlandês quanto a versão original escrita pelos Chieftains, enquanto as luzes do teatro se acenderam e Marianne chegou mais perto do público e apertou as mãos dos espectadores, como se ainda fosse necessária mais intimidade. O “anjo com seios” dos anos 60, em toda a sua graciosidade, quebrou suas asas com sucesso. E as almas restantes, apesar de belamente tristes, respiraram de novo.

Ken Hensley – Faça a sua pergunta!

Participe da seção Perguntas e Respostas da poeira Zine!

São questões direcionadas a um determinado músico e dessa vez teremos KEN HENSLEY, que tocou em grupos como Uriah Heep, Blackfoot, Toe Fat, The Gods, Head Machine, Weed, etc.

Agora o mais bacana de tudo é que vocês é que irão fazer as perguntas!

Basta enviar a sua pergunta para o e-mail contato@poeirazine.com.br

As melhores questões serão encaminhadas para o músico e publicadas na próxima edição, com o devido crédito ao autor.

O prazo para envio das questões é até o dia 4 de novembro, portanto mãos à obra!

Abaixo um videolist com o mero intuito de inspirar a sua pergunta:







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Um papo com Leo Lyons (Ten Years After)

Entrevista realizada por Bento Araujo (www.poeirazine.com.br)

poeira Zine – Você conheceu Alvin Lee na época dos The Atomites e ele disse que você era um dos poucos caras que podia fazer um baixo elétrico soar como um baixo acústico…

Leo Lyons – Ambos morávamos em Nottinghamshire, eu em Mansfield e Alvin em Wollaton Park. Eu havia me juntando a um grupo local chamado The Atomites, que estava querendo se tornar professional. Logo após que entrei para a banda o guitarrista caiu for a e então nós fizemos vários testes com novos guitarristas. Foi aí que Alvin surgiu e ficou com a vaga.

No começo da minha carreira eu tentava fazer o meu som parecer o mais próximo daquele de um baixo acústico. Eu atacava às cordas com dois ou três dedos da minha mão direita, o que gerava um som bem ‘slap’. Foi assim que o meu estilo de “atacar às cordas” foi se desenvolvendo. Eu estava constantemente quebrando cordas do meu baixo e sempre sofria bastante com as inúmeras bolhas nos meus dedos.

pZ – Podemos dizer que nessa época vocês não passavam de dois pretendentes a Scotty Moore e Bill Black?

LL – Éramos e ainda somos fãs do período Sun Records de Elvis Presley. Amamos o jeito de tocar de Scotty, Bill e DJ Fontana. Também curtimos outros artistas da Sun, como Carl Perkins, Johnny Cash e Roy Orbison. Eu moro em Nashville e quando não estou em turnê com o TYA, trabalho como compositor numa empresa que registra músicas country. Eu adoro música country, principalmente aquela que tem puma vibração mais rock ‘n’ roll.

pZ – Você era o empresário nos Jaycats e nos Jaybirds. É verdade que no começo vocês quase morreram de fome em Londres?

LL – Nosso primeiro empresário foi um homem de negócios de Mansfield chamado Philip Smith, mas as coisas não funcionaram com ele. Não que tenha sido culpa de alguém especificamente, todos tentávamos realizar uma sucessão de tarefas naquela altura.

Tentamos achar um outro empresário, mas na ausência de alguém acabei me tornando o empresário dos Jaybirds de 1962 até 1967, quando nos tornamos o Ten Years After e assinamos um contrato com Chris Wright da Chrysalis Records.

Quando nos mudamos para Londres pela primeira vez, em 1961, foi tudo muito difícil. Dividíamos todos um único quarto e cozinhávamos nosso jantar numa espécie de fogão improvisado. Nós não tínhamos dinheiro e era puma luta pagar o aluguel todo mês. Depois de algumas más experiências, Ivan Jaye e Roy Cooper, membros originais da banda, resolveram nos deixar, pois estavam completamente desiludidos com o mundo da música. Sobrou eu, Alvin e o baterista Pete Evans e ficamos como um trio até 1966. Pete saiu em 1963 e foi substituído por um baterista chamado Dave Quickmire. Foi por volta de 1965 que Ric Lee veio para o grupo. Chick Churchill veio um pouco depois. Foi só em nossa terceira tentativa em Londres que começamos a conseguir alguma coisa…

pZ – Nessa época vocês chegaram a trabalhar com o legendário Joe Meek, certo? Fale mais a respeito…

LL – Joe Meek era um produtor e engenheiro de som independente totalmente inovador, tanto que as vezes ele é chamado de “uma versão inglesa de Phil Spector”. Ele tinha um pequeno estúdio em Londres, localizado três andares acima de uma loja de couro.
Joe fez uma audição com Alvin Lee, para buscar um guitarrista para os The Outlaws, uma banda que ele produzia. A audição não foi boa, mas Alvin falou para Joe sobre Ivan Jaye e os Jaybirds e nós finalmente conseguimos um contrato de gravação. Joe sugeriu que mudássemos de nome para Ivan Love and The Lovebirds, mas durou pouco. Odiamos o nome.

Gravamos vocais e as faixas instrumentais. Joe estava tendo muitos problemas com a distribuição de seus discos e o nosso disco foi adiado por tempo indefinido. Na verdade, Ivan havia deixado o grupo na próxima ocasião em que gravamos com Joe Meek. Isso foi em 1963, quando voltamos para Londres de Hamburgo.

Nessa época Alvin era o nosso vocalista e Joe queria que ele assumisse de vez a postura de frontman do grupo. Infelizmente, Joe tinha outros planos para Alvin… Durante uma sessão de gravação para os vocais, tarde da noite, Joe, que era homossexual, fez várias declarações amorosas para Alvin. O jovem Alvin Lee ficou furioso com aquilo tudo e abandonou as sessões, deixou o estúdio para nunca mais voltar. Esse foi o fim da nossa carreira com a RGM Sound e com Joe Meek.

pZ – Você foi o responsável por batizar a banda como Ten Years After. Como rolou isso?

LL – Os Jaybirds precisavam de um novo nome. Usamos The Bluesyard em algumas apresentações, porém o nosso novo manager, Chris Wright, sentiu que precisávamos de algo mais ‘único’ e diferenciado. Eu estava lendo uma revista chamada The Radio Times e me deparei com um anúncio de um livro chamado “Suez Ten Years After”, que era sobre a invasão do canal de Suez. Pensei que “Ten Years After” poderia ser um ótimo nome para uma banda.

Ali estavam muitas possibilidades. Por exemplo, o número dez é um importante e místico número dentro do tarô. Fazia também dez anos que Elvis tinha alcançado a fama mundial. O restante do grupo aceitou imediatamente o novo nome.

pZ – Por volta de 1966 você foi convidado a integrar uma banda que Jimi Hendrix estava montando. Fale mais sobre isso…

LL – Chas Chandler, o baixista dos Animals, foi a primeira pessoa que me apresentou a Jimi, foi no Cromwellian Club, em Londres. Eu havia ido até lá naquela noite para assistir a um show/demonstração do Taste. Naquela altura eu ainda não tinha ouvido, ou visto, Jimi tocar. Chas me disse que estava montando um grupo para acompanhar Jimi e me perguntou se eu estaria interessado em ser o baixista. O cachê era de 15 pounds por semana. Na época era uma boa oferta, mas eu recusei apenas pelo fato de ter investido tanto tempo e dedição no meu próprio grupo que eu queriam muito ver a coisa acontecer pra gente. O TYA viria a dividir o palco com Jimi Hendrix por inúmeras ocasiões. Em algumas delas eu fiz umas jams com Jimi e Mitch Mitchell – numa noite em NYC, Jimi sentou e tocou o meu baixo inclusive. Em todos esses anos que se passaram eu nunca me arrependi de não ter tocado com o Jimi Hendrix Experience. No entanto, eu me pergunto as vezes, o quão diferente teria sido a minha vida caso eu tivesse aceitado aquela proposta…

pZ – E aquela história do suco de laranja com o Led Zeppelin em NYC, 1969? Realmente aconteceu? Por que você acha que John Bonham jogou suco de laranja em Alvin Lee no meio do show do TYA? Alvin ficou furioso com Bonham?

LL – A gente conhecia bem o pessoal do Zeppelin. Eles tinham uma noite livre e vieram assistir ao nosso show. John Bonham estava completamente bêbado e atirou uma garrafa de suco de laranja no Alvin Lee, isso bem no meio do nosso show. Não creio que tenha sido por alguma razão especial… Na época eu nem dei muita bola para esse incidente, e provavelmente eu devo ter pensado: ‘que baita idiota é esse cara…’

Pelo que me lembro, nunca cheguei a comentar sobre isso com Alvin; tanto que eu tinha completamente me esquecido disso até ler o livro do Richard Cole.

Nessa época havia muita sacanagem desse tipo entre os grandes grupos de rock. Lembro que naquela mesma noite, Peter Grant e Richard Cole viraram o nosso tecladista, Chick Churchill, de ponta cabeça dentro de um cooler de bebidas, repleto de gelo. Tudo numa boa, apenas pela diversão…

pZ – Como você conseguiu aquele maravilhoso som de baixo em estúdio na gravação de “Good Morning Little Schoolgirl”?

LL – Obrigado pelo elogio! Eu pluguei o meu Fender Jazz Bass ’62 num Vox AC Thirty Super Twin e microfonei esse amplificador com um Neumann U87. Utilizamos também um canal com o meu baixo plugado diretamente na mesa. Comprimimos ambos os canais com um compressor da Pye ou da Fairchild e pronto, eu tinha aquele som.

pZ – Você e o Alvin, principalmente quando a grana que entrava da banda não era lá essas coisas, podem ser ouvidos num bom número de antigos hits. Quais sessões que voces participaram na época que os fãs talvez hoje desconheçam?

LL – Todos os integrantes do TYA tocaram nos discos do The Ivy League, e por um tempo até servimos como banda de apoio deles ao vivo. Gravamos um comercial para um tabaco de caximbo em NYC… Lembro também de tocar no disco Guitar Crushes, gravado em Chicago. Ric Lee e eu tocamos num disco solo de Mike Vernon chamado Moment Of Madness. Toquei também em discos do Flower Pot Men, grupo com quem o baterista de estúdio Clem Cattini também gravava. Cattini me recomendou para outros projetos, que eu infelizmente não posso te dizer quais são. Naquela época isso era muito comum, éramos contratados para gravar um hit em potencial para algum determinado grupo. Músicos de estúdio nunca sentavam-se à mesa de som para ouvir um playback daquilo que havia acabado de ser gravado. Na maioria dos casos, nem éramos apresentados aos artistas. Hoje eu escuto um antigo hit e me pergunto: ‘Será que eu toquei neste aqui?’

Lembro de tocar com Albert Lee em algumas sessões. Conheci Albert em 1962 e fiz algumas jams com ele no Top Ten Club, na Alemanha. Para melhorar a renda no fim do mês, toquei por um tempo com o guitarrista de jazz Denny Wright no La Rascasse Club, em Chelsea, Londres. Fomos contratados para uma boa temporada lá, Denny era também o guitarrista de Lonnie Donegan. Quando ele tinha shows com Donegan, eu chamava Alvin para substituí-lo. Comecei a fazer uma grana boa pela cidade, mas fui obrigado a larger tudo quando o TYA começou a engrenar…

pZ – Num certo ponto da carreira, o TYA foi acusado pela imprensa britânica de ter abandonado os fãs ingleses. Como você encarou esse tipo de crítica na época?

LL – Estávamos na verdade nos EUA, balançando a bandeira da ‘British Blues Invasion’. Nunca senti ter abandonado as nossas origens, mas os fãs estavam acostumados a nos assistir em pequenos clubes de blues todas as semanas. Foram nove anos tocando por todo o Reino Unido, até que nossa banda ficasse popular em outros locais.

Quando o TYA foi convidado a excursionar por outras partes do mundo, nosso empresário sentiu que a oportunidade era ótima, então ele tratou de trabalhar o grupo dentro dos maiores mercados fonográficos da época. Nos States, por exemplo, podíamos tocar sete dias por semana em arenas com capacidade para mais de 10.000 pessoas. Naquela época existiam apenas algumas poucas arenas desse porte no Reino Unido…

No final dos anos 60 e começo dos 70, fizemos nos EUA, cerca de três tours de sete semanas por ano, enquanto que no Reino Unido a media era de uma tour de três semanas por ano. Nosso tour britânica geralmente acabava com um show no Royal Albert Hall. Tocamos também no Reading Festival, no festival da Ilha de Wight e no Bath Festival.

pZ – Ten Years After, The Who, The Jimi Hendrix Experience… Poucos foram os grupos que tiveram o privilégio, a honra e o gabarito de se apresentar nos grandes festivais ao ar livre dos anos 60. Quais as memórias desse grande período do rock ‘n’ roll?

LL – Posso lhe garantir que eu estava na hora certa e no lugar certo. Me sinto um felizardo por ter tocado em muitos palcos onde a história foi acontecendo, desde o Star Club em Hamburgo até Woodstock e todos os outros. Eu adoro tocar em festivais, a atmosfera é sempre maravilhosa. Toda vez que vou subir ao palco eu sinto calafrios, seja num grande festival ou num pequeno clube…

pZ – Nos anos 70 o Ten Years After tocou no Budokan Hall, em Tóquio. Você lembra desses shows e de outros pela terra do sol nascente?

LL – Quando excursionamos pelo Japão poucas bandas de rock haviam tocado lá. Foi uma experiência cultural totalmente nova pra mim. A plateia japonesa é muito respeitosa e quieta, só aplaudindo no final de cada canção. Estávamos acostumado com pessoas gritando e cantando durante o show… Lembro que o primeiro McDonalds do país abriu na semana em que estávamos em Tóquio. Centenas de pessoas fizeram uma imensa fila para encarar aquela “experiência duvidosa”.

Tocar no Budokan foi um marco, não só na nossa carreira, mas particularmente pra mim. Eu havia sido um seguidor de artes marciais por muitos anos e o Budokan era a Meca, um lugar sagrado. Nem nos meus pensamentos mais distantes eu havia imaginado em apresentar a minha arte lá, nesse caso, a minha arte musical.

pZ – Em 1974, Tony Stewart do NME fez uma resenha agressiva e cáustica sobre o show de despedida do TYA no Rainbow Theater de Londres. Na resenha ele dizia: “Leo Lyons foi o único que demonstrou sinceridade e interesse no que estava fazendo… Todos podiam jurar que os outros três estavam ali sob pressão, sofrendo.” Foi esse o caso naquela situação?

LL – Eu não li essa resenha, mas talvez exista alguma verdade nessa observação de Tony Stewart. Alvin queria sair em carreira solo e existia puma tensão dentro do grupo. Talvez os outros preferiam mesmo não estar ali naquele momento…
Eu curti o show. Tenho a capacidade de mergulhar num pensamento e me perder dentro da música, qualquer seja o jeito que estou me sentindo. Creio que a música tem propriedade de cura tanto para o músico como para quem está ouvindo. Eu amo o meu trabalho e é sempre um imenso prazer dividir isso com os fãs…

pZ – Em 1997 o TYA fez alguns shows pelo Brasil pela primeira e única vez até agora. No show de São Paulo, um fã maluco subiu no palco e agarrou Alvin, o que fez o show terminar mais cedo. Você lembra dessa ocasião? Você tem boas lembranças do Brasil?

LL – Eu amo tocar na América do Sul. Alvin achava tudo muito longe, para ele “era difícil voar até aí para fazer apenas algumas apresentações…” No Rio de Janeiro ele vetou que o show fosse transmitido pela TV, o que causou o cancelamento da data. Isso me deixou muito triste e furioso…

A versão reformulada do TYA tocou no Chile em 2009 e tentamos desesperadamente armar algo no Brasil, o que infelizmente não aconteceu. Lembro sim do show em São Paulo e de todos os demais daquela tour. Mas aquele incidente não foi nada demais… Lembro da atmosfera e da plateia, ambas fenomenais. Espero voltar a tocar por aí algum dia. Recebo muitos e-mails de fãs brasileiros.

pZ – Now, Roadworks, Evolution e Live At Fiesta City DVD. O Ten Years After continua ativo no novo milênio, e já lançou esses três álbums e o DVD. Joe Gooch, o substituto de Alvin Lee pode ser um ótimo frontman, mas parece que os velhos fãs ainda não foram convencidos…

LL – As pessoas não gostam de mudanças e leva tempo para uma parcela dos velhos fãs perceber que o TYA era feito de quatro pessoas e não de uma só. Por outro lado, tem gente que considera a formação atual a melhor de todas… É uma questão de opinião, mas essa formação com Joe Gooch é bem aceita no mundo todo por novos e velhos fãs, com exceção de uns poucos fãs mais radicais. Na verdade os novos fãs estão descobrindo e comprando os nosso velhos discos…

pZ – Fale mais sobre a sua nova banda, o Hundred Seventy Split.

LL – O Hundred Seventy Split é um power trio que faz blues rock, com Damon Sawyer na bateria, meu companheiro de TYA, Joe Gooch na guitarra e vocal, e eu no baixo. O grupo foi formado para tocar um tipo de música diferente daquela executada pelo TYA. Não existem limitações com o nosso material, nossa única regra é não tocar nada do TYA. Lançamos nosso CD, The World Won’t Stop, este ano, e ele vem conquistando grandes resenhas. Tocamos este ano na Polônia, França, Suíça, Bélgica, Alemanha, Áustria e Hungria. Passamos inclusive cinco semanas excursionando com Johnny Winter, a convite do próprio. Nosso próximo plano é gravar o programa Rock Palast para a TV alemã e também o nosso primeiro DVD, no The Rock Hall, em Luxemburgo. Temos muitas coisas pra rolar dentro dos próximos 12 meses.

Ainda curto muito tocar com o TYA e não tenho planos de deixar o grupo, mas como muitos músicos, nunca recuso um desafio e estou sempre buscando fazer algo novo em relação à música. Estou realmente empolgado com essa minha nova banda.

Trechos deste longo papo estão também na nova edição impressa da poeira Zine. Para saber mais sobre essa edição, clique AQUI

Para sacar mais sobre o novo projeto de Leo Lyons e Joe Gooch, o Hundred Seventy Split, acesse o www.hundredseventysplit.com

Veja abaixo o grupo em ação:

Lançamento pZ38!

Conteúdo:

# TEN YEARS AFTER
Você pediu e aqui estão eles na capa da pZ! São ao todo 12 páginas contando a trajetória do fabuloso Alvin Lee e sua banda. Para a missão, contamos com a ajuda do grande baixista Leo Lyons. Inclui discografia básica comentada, declarações exclusivas de Leo Lyons, fotos inéditas, uma geral no Ten Years Later e até uma confusão envolvendo Alvin Lee, John Bonham e uma garrafa de suco de laranja…

# RAHSAAN ROLAND KIRK
O que Jimi Hendrix, Frank Zappa, Ian Anderson, Thijs Van Leer, Eric Burdon, Dick Heckstall-Smith e David Jackson tem em comum? Todos são (ou foram) incontestáveis admiradores de Kirk, aquele que para alguns não passa “do figura que toca diversos instrumentos de sopro simultaneamente”, mas para outros, foi simplesmente o mais criativo e inventivo saxofonista do mundo.

# BRAZILIAN BITLES
A terceira e última parte da curiosa trajetória desse lendário agrupamento beat carioca.

# SELO ISLAND
A terceira e última parte de um extenso levantamento sobre o período mais rico de um dos grandes selos independentes dos anos 60 e 70. O que disseram na época e o que temos a dizer hoje sobre trabalhos de grupos como King Crimson, Traffic, Mountain, Uriah Heep, Patto, Tempest, Roxy Music, Fairport Convention, Spooky Tooth, Mott The Hoople, Nick Drake, Paladin e muitos, muitos outros.

# FORA DO EIXO
Um passeio pelo mundo exótico da música através de bandas como
Brainticket (Alemanha/Suíça/Bélgica), The Jacks (Japão), Tabula Rasa (Finlândia), Mozzarella (Equador) e Human Instinct (Nova Zelândia).

# RADAR pZ
O radar da pZ localiza o que anda rolando de novo na cena musical atual. Nesta edição um especial com bandas nacionais. Estrelando: Massahara, Baranga, South Cry, Surfadelica e Kid Vinil Xperience.

Mundo Bolha: Manito R.I.P, Stax, Som Nosso de Cada Dia, Home, os grandes selos de blues de Chicago, etc.

Capas Históricas: Moby Grape (Moby Grape)

Pérolas Escondidas: Ruth Copeland, Andrew Leigh, Rocky’s Filj, Corpus, Panta Rei e Floating Opera.

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Progressivos 2011: The Mind Expanding Festival 4


Progressivos 2011: The Mind Expanding Festival 4
com os grupos: Violeta de Outono, Sérgio Hinds e Terreno Baldio

14/10 Violeta de Outono – 19h
15/10 Sérgio Hinds – 19h
16/10 Terreno Baldio – 18h

– PRESS RELEASE –

Nos dias 14, 15 e 16 de Outubro acontecerá o Festival PROGRESSIVOS, 4ª edição do ‘The Mind Expanding Festival’, que reunirá três grupos diferentes no Centro Cultural São Paulo.

Em sintonia com o rock progressivo contemporâneo e a música instrumental, o festival é resultado do movimento de várias bandas que primam pela diversidade sonora.

O rock progressivo, estilo consagrado nos anos 1970 e caracterizado por músicas mais longas e de arranjos complexos, vem gradativamente voltando a atrair o interesse dos jovens roqueiros, que buscam o apuro instrumental e a criatividade nas composições.

Promovido pelo Centro Cultural São Paulo, o festival apresenta três grupos renomados dentro do rock progressivo brasileiro: o Violeta de Outono, com seu som psicodélico de influência progressiva, o guitarrista Sérgio Hinds, fundador do lendário e aclamado grupo O Terço, e o Terreno Baldio, formado por renomados instrumentistas e famoso pela sua música intrincada.

Os grupos se apresentam na Sala Adoniram Barbosa, em três noites distintas, com entrada franca, trazendo uma amostra do rock progressivo produzido desde o final dos anos 60 até os dias atuais.

São Paulo, Outubro 2011

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GRUPOS

VIOLETA DE OUTONO
rock / psicodélico / progressivo

O Violeta de Outono surgiu em meados de 1984 no circuito underground paulistano, moldando uma sonoridade própria ao misturar as tendências da época à psicodelia do Pink Floyd e Beatles.

Em sua trajetória de 25 anos, o Violeta de Outono se desenvolveu paralelamente ao estilos do mercado, tendo sua música atravessado os modismos e o tempo, o que garantiu à banda status de cult e reconhecimento internacional. Suas apresentações, conhecidas até hoje pela atmosfera lisérgica e hipnótica, são referência em termos de sons climáticos e espaciais.

Em 1987 lançou um LP homônimo, disco clássico da discografia do rock nacional, marcado por uma psicodelia envolta em sombras que conseguiu a proeza de angariar fãs de rock progressivo e dos estilos pós-punk e dark/gótico e traz os hits “Dia Eterno” e “Outono”.

Recentemente, o Violeta lançou o CD “Volume 7”, um álbum que mistura rock, jazz e pop, o DVD “Seventh Brings Return – A Tribute to Syd Barrett”, na Inglaterra, em homenagem ao lendário criador do Pink Floyd e também o DVD “Theatro Municipal, São Paulo, 2009” tocando na íntegra seu 1º. LP.

REPERTÓRIO
Baseado no ultimo álbum “Volume 7” (2007) e novas composições inéditas.

LINE-UP
Fabio Golfetti : guitarra & vocal
Gabriel Costa : baixo
José Luiz Dinola : bateria
Fernando Cardoso : teclados

LINKS:
Website oficial
http://www.violetadeoutono.com.br

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SÉRGIO HINDS
rock / progressivo / folk

Os verdadeiros amantes do Rock tem bons motivos para comemorar! Sérgio Hinds, fundador da lendária banda O Terço e aclamado desde os anos 70 como o maior guitarrista de Rock Progressivo do país, lança pela Gravadora e Editora Arlequim o cd “SÉRGIO HINDS ALIVE”.

O CD já recebeu a indicação para o Grammy 2011 e estamos torcendo para que seja finalista.
O CD reúne gravações de shows realizados no Palácio de Cristal, em Petrópolis (RJ); no Ginásio do Ibirapuera e no Moinho Santo Antonio, em São Paulo. O repertório escolhido cuidadosamente traz composições próprias, além de músicas doTerço, entre outros.

Vocalista e instrumentista de primeira grandeza e respeitadíssimo no cenário da Música Popular Brasileira, Hinds já acompanhou artistas consagrados como Ivan Lins, Sá e Guarabyra, Belchior e o bluesman de Chicago, Donny Nichilo.

Atualmente, Sérgio Hinds divide-se em apresentações solo, shows com O Terço (que voltou à clássica formação, reunindo Flávio Venturini, Sérgio Magrão e o baterista Sérgio Melo) e workshops.

REPERTÓRIO
Baseado no ultimo CD Sérgio Hinds Alive (2011) e clássicos dos álbums do O Terço, “Criaturas Da Noite” (1975) e “Casa Encantada” (1976)

LINE-UP
Sérgio Hinds : guitarra, violão & vocal
Edu Malta : baixo
Jorge Tarasiuk : teclados
Fred Barley : bateria

LINKS:
Website oficial
http://www.sergiohinds.com

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TERRENO BALDIO
rock / progressivo / art rock

Considerado por muitos como o Gentle Giant brasileiro, o Terreno Baldio é um dos mais importantes grupos nacionais no estilo. Formado no início dos anos 70, o grupo estréia em 1975 com “Terreno Baldio”, que sai pela gravadora Pirata em tiragem de 3000 cópias. O grupo lançaria ainda mais um álbum, “Além das Lendas Brasileiras”, antes de debandar, em 1978. Um trabalho mais brasileiro dentro do Rock Progressivo. A formação era ligeiramente diferente com Ayres Braga (ex- Joelho de Porco) no lugar de Ascenção.

Depois de mais de três décadas de seu lançamento original, em 1976, e após um processo de produção de praticamente dois anos entre pesquisa, design de encarte e masterização, a gravadora niteroiense Rock Symphony e o grupo paulista Terreno Baldio relançam o primeiro disco que ainda era inédito em CD. O som foi remasterizado na Itália pelo produtor original dos dois LP’s da banda, Cesare Benvenuti. Também ficou internacionalmente conhecida por reportagens no Japão, Europa, EUA, etc.

A nova formação do Terreno é Kurk nos vocais, Mozart na guitarra, Lazzarini nos teclados,(integrantes da formação original), Edson Ghilardi na bateria, Geraldo Vieira no contrabaixo e Cássio Poleto no violino. É um ícone do Rock Progressivo que volta a tocar 34 anos depois.

REPERTÓRIO
Baseado nos dois discos clássicos da banda, “Terreno Baldio” (1975) e “Além Das Lendas Brasileiras” (1978)

LINE-UP
Kurk : vocal
Mozart : guitarra
Lazzarini : teclados
Edson Ghilardi : bateria
Geraldo Vieira : baixo
Cássio Poleto : violino

LINKS
Website Oficial
http://terrenobaldio.com.br/

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SERVIÇOS

Show: PROGRESSIVOS:2011 “The Mind Expanding Festival 4 – com as bandas Violeta de Outono, Sérgio Hinds e Terreno Baldio
Local: Centro Cultural São Paulo
Sala Adoniran Barbosa
Endereço: Rua Vergueiro 1000, São Paulo, SP, 01504-000
Tel : (11) 3397 4002
ccsp@prefeitura.sp.gov.br
Data: 14, 15 e 16 de Outubro de 2011
Horário: Sábado as 19h / Domingo as 18h
Entrada franca: retirada de ingressos: na bilheteria (terça a domingo, das 10h às 22h), somente na semana da apresentação
Capacidade: 631 lugares
Indicação Etária: livre

Cancelamento da entrevista com John Wetton…

Querido leitor da poeira Zine, é com pesar que comunicamos o cancelamento da seção Perguntas & Respostas com o músico John Wetton.

Muitos de vocês enviaram suas perguntas, nós traduzimos e mandamos para o assessor de imprensa do músico.

Hoje pela manhã recebemos o seguinte comunicado do assessor:

“Desculpe por não ter lhe avisado antes, mas o Sr. John Wetton só responde questões referentes ao seu novo álbum. Ele acabou de lançar um espetacular disco, com muitos convidados. Perguntas referentes a antigos projetos não serão respondidas…”

Respeitamos a posição desse grande músico que é o John Wetton, mas é inegável a total falta de profissionalismo desse assessor, que não deixou claro em nenhum momento essa “condição” para que a entrevista fosse concretizada.

Pedimos desculpas pelo acontecido e pelo inconveniente.
pZ

JOHN WETTON – Faça a sua pergunta!

Participe da seção Perguntas e Respostas da poeira Zine!

São questões direcionadas a um determinado músico e dessa vez teremos JOHN WETTON, um dos maiores baixistas/vocalistas do rock dos anos 70 e 80, que passou por grupos como King Crimson, UK, Asia, Uriah Heep, Roxy Music, Family, Phenomena, Wishbone Ash, Mogul Thrash, etc.

Agora o mais bacana de tudo é que vocês é que irão fazer as perguntas!

Basta enviar a sua pergunta para o e-mail contato@poeirazine.com.br

As melhores questões serão encaminhadas para o músico e publicadas na próxima edição, com o devido crédito ao autor.

O prazo para envio das questões é até o dia 13 de setembro, portanto mãos à obra pessoal!

Abaixo um videolist da pZ com John Wetton, com o mero intuito de inspirar a sua pergunta:






Nils & Keith

por Bento Araujo

Nils Lofgren excursionava com Neil Young pela Inglaterra com a Tonight’s The Night Tour. Tinha 22 anos de idade e estava no céu… Topava com muitos de seus ídolos diariamente e todos comentavam a mesma coisa: como Keith Richards andava mal, totalmente viciado e devastado pelas drogas…

Foi assim que Nils resolveu homenagear seu ídolo e fazer um apelo em forma de música, “Keith Don’t Go (Ode to the Glimmer Twin)”.

“Minha canção foi como uma grante nota de agradecimento, que dizia: ‘Nós precisamos de você cara, que tal então se cuidar um pouco?” disse Nils a revista Mojo.

O apelo funcionou, já que Keith milagrosamente continua vivo e provavelmente irá sobreviver a qualquer holocausto nuclear junto das baratas.

Abaixo você confere Nils Lofgren tocando “Keith Don’t Go” no programa The Old Grey Whistle Test da TV britânica. Destaque para o belo solo de Nils e para as caretas divertidas do baterista…

Êxtase e desolação: três dias de jazz no parque

Primeira edição do BMW Jazz Festival oscila entre o deslumbre das apresentações e a frustração de quem não conseguiu ingressos

Como já se tornou rotina nos festivais brasileiros, os ingressos para o BMW Jazz Festival se esgotaram poucas horas após a abertura das bilheterias. “Poucas horas”, entenda-se, não passa de força de expressão. De acordo com alguns compradores encalhados na desoladora fila da manhã do dia 10 de maio, a cota de entradas “evaporou-se” passados 40 minutos da abertura dos guichês. Aos fãs de boa música, como sempre, restou a esperança de comprar as entradas de algum amigo ou estranho na internet.

As falhas na organização provocaram o aglutinamento de um pequeno mutirão de espectadores sem ingressos às portas do auditório. A trivial concessão de muitos dos assentos aos patrocinadores – no caso, executivos e suas famílias -, acabou por separar uma expressiva quantidade de fãs da chance de verem seus ídolos. À injusta distribuição dos convites somou-se uma desastrosa política de vendas que permitia a compra de até seis entradas por pessoa. Resultado: convidados apáticos do lado de dentro, aficionados “a ver navios” do lado de fora.

Caridade e Mendicância

Muitos conseguiram entrar por obra de “caridade” dos desistentes. Os noivos Rafael e Julia juntaram um dinheiro na expectativa de comprar ingressos de desinteressados na porta do Auditório. Rafael teve sorte e logo encontrou um “vendedor”, ao passo que Julia continuava sem convite. Recusando-se a entrar sem a noiva, Rafael já se preparava para abrir mão do ingresso. Foi quando, ao conversar com espectadores egressos do Auditório, Julia, num arroubo de sorte, arranjou inesperadamente uma entrada. “Eles foram bastante tranquilos em doar-lhe os ingressos, dado que não gostaram do show”, explica Rafael.

Segundo o engenheiro, além de excluir do espetáculo um público realmente interessado, a reserva de ingressos aos vips favorece espectadores não familiarizados ao estilo de música em questão: “Como o jazz, principalmente o contemporâneo, exige alguma familiaridade e formação prévia para ser apreciado, as chances destas pessoas se frustrarem é grande. Não é como assistir a um show de blues, ou de uma cantora de MPB, que agradam à primeira audição”, defende Rafael. A pouca intimidade com a música instrumental, somada à pesada jornada de shows – três apresentações de uma hora e meia por dia (maratona desgastante para um público não acostumado a festivais) – precipitou a numerosa debandada de parte dos convidados vips.

Os aventureiros paulistanos não foram os únicos a correr ao Ibirapuera na esperança de garantir uma poltrona. Houve quem viesse de Araraquara (interior do estado, cerca de 270 km da capital) e até de Brasília (!) apostando na sorte de arranjar um ingresso na hora. Os brasilianos Bruno Aguiar e Flávio Silva, músicos e aficionados por jazz, partiram para São Paulo “às escuras”, sem a menor garantia de que atravessariam os portões do auditório. “Viemos na expectativa de comprar de alguém na porta, nem pensamos na possibilidade de ganhar os ingressos”, revela Bruno.

Enquanto observavam a movimentação, “apareceram dois camaradas músicos sem ingresso. Ficamos conversando e um deles ganhou um. Pouco tempo depois o outro ganhou e ofereceu ao Flávio. No fim do primeiro show, ganhamos mais dois de pessoas que saíam. A noite foi completa com um ato generoso de pessoas até então desconhecidas, sem falar no som que rolou lá dentro”. Bruno compartilha da opinião de Rafael quanto à política de venda de ingressos: “A questão dos ingressos foi um desastre por parte da organização. Muita gente que realmente queria, não compareceu pela falta de ingresso. Viemos porque a nossa viagem já estava paga, então resolvemos arriscar”. O músico aproveita para mandar um recado aos organizadores: “Achar que jazz é música de elite é subestimar as 15 mil pessoas que foram ao gramado do Ibirapuera assistir aos shows no último dia do evento”.

Os araraquarenses Tales Viviani e Leonardo Mauricio, por sua vez, não hesitaram em encarar a viagem de mais de três horas para engrossar a caravana dos “sem ingresso”. Assim como Bruno e Flávio, os amigos caíram na estrada na expectativa de encontrar convites na mão de desistentes. No primeiro dia, deram-se melhor do que imaginavam. Conseguiram duas entradas por R$ 50 cada (metade do valor original). ”A gente tem experiência, eu frequento festivais desde os anos 80. Quando só uma elite tem acesso aos convites, há muita cortesia por parte dos organizadores e o lugar não é tão grande, ‘batata’: muitos ganharão ingressos sem saber quem vai se apresentar”, diz Tales. Segundo ele, no entanto, a alta concentração de convidados vips faz com que “a chance de êxito na empreitada (de comprar ingressos na porta) seja grande”, já que muitos estariam dispostos a dar ou vender seus convites.

Comunhão e solidariedade

No segundo dia, a estratégia funcionou tão bem que nem precisaram abrir a carteira. “Contamos com a sorte mesmo. Como estávamos todos sem ingressos, nos unimos e começamos a pedi-los a quem saía do primeiro show da noite. Fizemos amizade com várias pessoas, alguns desistiram, mas quem persistiu conseguiu assistir a um ou dois shows”, revela Leonardo. Ainda segundo Tales, a condição desoladora de quem procura por um ingresso gera um inusitado senso de comunhão entre os “desapossados”: “Aos poucos você vai identificando quem está na mesma situação que você, e então rola uma espécie de solidariedade, com muita conversa sobre música, vida e experiência humana. É sempre gratificante, conseguindo ou não entrar nos festivais. Só a atmosfera do evento já vale a pena…”

Incompetência na organização e injusta distribuição de convites à parte, do ponto de vista musical o evento foi um sucesso como há tempos não se via no cenário do showbiz brasileiro.
Com curadoria do onipresente Zuza Homem de Melo, idealizador de festivais históricos como o Festival de Jazz de São Paulo (1978 e 80), o Free Jazz Festival e o Tim Festival, o BMW Jazz Festival teve a proeza de equacionar nomes consagrados, artistas ligeiramente negligenciados e representantes de peso da nova geração. Foi possível, assim, apreciar gigantes do calibre de Wayne Shorter e Marcus Miller, nomes importantes embora injustiçados, como Billy Harper, e expoentes estelares da nova geração, caso do saxofonista Joshua Redman e do baixista franco-catalão Renaud Garcia-Fons.

A expectativa maior se concentrava no primeiro dia, cujo fechamento estava a cargo do quarteto de Wayne Shorter.
Como se esperava, Shorter veio com um time de peso. A sessão rítmica incluía John Patitucci, um dos mais respeitados baixistas da geração fusion pós-Miles Davis, e a baterista Terri Lyne Carrington, substituindo o antigo dono das baquetas, Brian Blade. Aliado a Danilo Perez, pianista de vanguarda e abordagem minimalista, Shorter não demonstrou a mínima preocupação em cativar a plateia paulistana.

Difícil digestão

Com um set indecifrável, composto por três ou quatro números de 40 minutos cada, a performance do veterano ofereceu pouquíssimas concessões ao público. Salvo um pequeno trecho torpe e desfigurado da melodia de “Aquarela do Brasil”, poucos conseguiram identificar algum tema entre os sons que vazavam do emblemático sax de Shorter.

De degustação difícil, a atração mais esperada da noite foi, para muitos, um verdadeiro exercício de abstração. Quem esperava temas de discos clássicos como Adam’s Appel e Schizofrenia ficou definitivamente na saudade. Quando o quase octogenário saxofonista parecia evocar algum fragmento melódico familiar, não demorava em desconstruí-lo logo em seguida. Alguns temas pipocavam e sumiam em meio à improvisação caudalosa, compondo um anárquico pout-porri de vanguarda.

Desnecessário dizer que o show foi campeão de desistências do festival. Após três horas de música e apenas 15 minutos de descanso – tempo do intervalo entre as apresentações de Billy Harper e Joshua Redman, o público menos “entendido” (a esta altura profundamente enfastiado) jogou finalmente a tolha diante do hermetismo de Shorter. A dispersão maciça de parte da plateia gerou constrangimento e indignação entre os aficionados. Muitos se estrebuchavam ao ouvir frases do tipo: “Meu bem, vamos embora? Não aguento mais!”. Vale esclarecer, para os desinformados, que Shorter é “apenas” um dos últimos gigantes vivos do jazz.

Segundo dia

O sábado do BMW Jazz Festival reservou atrações nada óbvias para os dois primeiros shows. Com mais de seis décadas de atividade, os embaixadores do gospel americano, The Zion Harmonizers, foram encarregados da abertura. Embalada pelos fervorosos spirituals do grupo vocal, coube à excelente Orquestra Rumpilezz, do maestro Letieres Leite, a (ingrata) missão de esquentar o palco para a estrela da noite – a endiabrada Sharon Jones e seus Dap-Kings.

No show mais longo do festival – emplacando quase duas horas – a baixinha Sharon só não fez chover sobre a cabeça do público. Num set arrasador, com predominância de músicas de seu último álbum, I Learned The Hard Way, a maior cantora soul da atualidade conduziu os privilegiados a uma verdadeira catarse coletiva induzida pela música. E que música! Sharon, a “formiga atômica”, canta, geme, dança, “despiroca” e, acima de tudo, emociona.
Vigor físico.

Num pique alucinante de fazer inveja à “geração y”, Sharon fez os ainda não apresentados ao seu som duvidarem de seus 55 anos recém-concluídos. Nesse quesito, parece seguir sem firulas a cartilha de seu ídolo, James Brown, famoso pela entrega total com que se apresentava nos palcos. Brown, o “godfather of soul”, difundiu e eternizou como ninguém tal abordagem cênica, chegando a extremos como se recusar a interromper um show mesmo quando pequenos fios de sangue escorriam de seus sapatos. Tudo em nome da purificação e elevação da alma – fervor religioso herdado da pregação batista afro-americana, mãe inconteste da soul music e de grande parte das manifestações musicais negras dos EUA.

No auge do frenesi, Sharon faz graça: “Me disseram para não gastar toda a energia hoje… para salvar um pouco pra amanhã…. Vocês acham que eu devo parar?” A resposta, em uníssono, você pode imaginar.

É importante dividir a glória, no entanto. Apesar de roubar a cena com um carisma irresistível e uma performance arrebatadora, Sharon não faz tudo sozinha. Sua banda é igualmente espetacular. Os Dap-Kings conduzem o show com incrível vigor e mágica precisão.

Não deixam a peteca cair um segundo sequer. Os arranjos pontuais e “quentes” à lá Motown, o groove “insuportável” da sessão rítmica, o primor dos backing vocals e o incrível peso dos metais não são apenas floreios de banda de apoio. Ao ouvir o primoroso som retrô dos Daps, a sensação é de voltar ao tempo das dolentes baladas soul da Motown, ou do funk denso e enérgico do selo Stax, de Memphis, nas décadas de 1960 e 70.

Seguindo a melhor tradição da soul music, Sharon deixa a banda esquentar o tablado em números instrumentais antes de entrar em cena – expediente consagrado por James Brown e seguido, no Brasil, por Tim Maia, Gerson King Combo, entre outros. Uma vez em ação, a baixinha invocada não larga mais o osso. Após a extenuante jornada de quase duas horas, muitos se perguntavam se a “cinquentona” teria gás para comandar o show do dia seguinte (gratuito, ao ar livre e de menor duração). Quem conferiu a dobradinha no domingo pôde comprovar que a diva não desapontou.

Dobradinha

Sharon doou-se com quase a mesma intensidade, ora puxando um pouco o freio – ninguém é de aço – ora repetindo as danças frenéticas da noite anterior. Para uma “coroa” de 55 anos, conduzir uma única apresentação como a de sábado configuraria proeza suficiente. Repetir o feito no domingo, com uma performance igualmente irretocável, é algo nada mais que extraordinário. Para coroar sua visita a São Paulo, Sharon e os Dap-Kings se despedem com uma redentora versão de It’s a Man’s Man’s World, clássico sagrado de seu conterrâneo ilustre (James Brown é natural de Augusta, Georgia, mesma cidade da cantora).

Vale ressaltar a inteligente concepção temática da segunda noite do evento. Enquanto os outros dias apresentaram conceitos um tanto vagos – sexta-feira foi a vez dos saxofonistas, na “Sax Reunion”, e domingo a de músicos de diferentes países, na noite “Global” -, a programação de sábado primou por uma inventiva coerência conceitual. A noite “Roots”, como foi batizada, revelou-se extremamente bem-sucedida na tarefa de combinar diferentes raízes religiosas niveladas pelo jazz.

Tarde de verão e jazz

À catártica despedida de Sharon Jones se seguiu a exibição de Jazz on a Summer’s Day, excelente documentário de Aram Avakian e Bert Stern sobre a edição de 1958 do lendário Newport Jazz Festival. Com um cast estelar que incluía, entre outros, Thelonious Monk, Anita O’Day, Louis Armstrong, Jack Teagarden e Mahalia Jackson, o evento foi capturado pelas lentes argutas de Stern, que inovou também ao registrar imagens do público do festival. Com essa abordagem singular, o diretor legou à posteridade um precioso registro musical e comportamental de uma época. Os destaques incluem o mágico e descontraído diálogo entre Louis Armstrong e Jack Teagarden, a triunfante apresentação de Mahalia Jackson – maior intérprete gospel da história dos EUA – e a deslocada presença de Chuck Berry, cuja performance desleixada foi alvo de gozação dos jazzistas.

Terceiro dia

O escolhido para fechar o BMW Jazz Festival foi a lenda do baixo elétrico, Marcus Miller. Precedido por Tord Gustavsen e Renaud Garcia-Fons, aclamados ícones da nova geração (no jazz, a faixa-etária de 40 a 50 anos pode ser englobada nesse rótulo), Miller fez um show impecável e cheio de groove. A tendência compartilhada por muitos titãs do jazz de se cercarem de músicos jovens à medida que envelhecem (ou melhor, à medida que amadurecem musicalmente) é encampada também pelo experiente baixista nova-iorquino.

Releituras

Seguindo o exemplo de mestres como Miles Davis e Art Blakey, Miller formou uma banda de “garotos-prodígio” para exibir o prestigiado Tutu Revisted, projeto em que reencena o clássico Tutu, de Miles Davis. Em empreitada parecida lançou-se o veterano baterista Jimmy Cobb, ao recriar, no palco do extinto Bridgestone Music Festival, em São Paulo, o seminal Kind of Blue (também de Davis). Único integrante vivo do lendário quinteto que participou das gravações, Cobb foi a grande sensação do festival ao apresentar, na íntegra, o repertório de Kind of Blue ao lado de uma jovem banda, a The So What Band.

Com novos arranjos dos consagrados temas de Tutu – do qual participou como principal compositor, multi-instrumentista e produtor – Miller conduziu o show com suingue e autoridade. É de fato um privilégio testemunhar ao vivo a execução de um repertório que, a princípio, fora inteiramente forjado em estúdio. Explico: para a gravação do álbum, Davis convocou o jovem Marcus – à época com 26 anos – para tocar quase todos os instrumentos das sessões. As diferentes partes por ele gravadas foram combinadas posteriormente, no processo de mixagem, através de múltiplos overdubs. No disco, Miller é responsável pelas partes do baixo, guitarra, clarinete, sax soprano, sintetizadores, drum machines, entre outros instrumentos e efeitos. Miles contribuiu com o trompete, enquanto gravações adicionais ficaram a cargo do tecladista George Duke, do violinista Michal Urbaniak e do percussionista carioca Paulinho da Costa.

Prática corriqueira nos dias de hoje, tamanha exploração dos recursos de estúdio configurava certo tabu na época. A transgressão era agravada por se tratar de um disco de jazz, o qual, segundo os tradicionalistas, prescinde de total espontaneidade. Àquela altura de sua carreira, no entanto, overdubs não representavam exatamente uma novidade para o veterano Miles. Desde que a revolucionária invenção de Les Paul se difundiu pelos estúdios americanos, o trompetista fez largo uso da tecnologia. Davis nunca havia, no entanto, radicalizado a tal ponto suas aplicações. É isso o que faz de Tutu uma obra controversa. À época de seu lançamento, o disco foi atacado pelos puristas pela suposta falta de espontaneidade e “verdade” musical em sua concepção.

Para apresentar suas releituras da “obra maldita”, Miller trouxe ao Brasil um vigoroso quinteto formado por músicos na faixa entre os 20 e 30 anos. Sua ideia era homenagear o ídolo e parceiro de uma maneira que fizesse justiça à personalidade nada auto-indulgente de Miles. “Pensei comigo mesmo: se eu encontrar alguns ótimos músicos jovens para tocar essa música e tentar fazê-la soar nova mais uma vez, talvez o Miles gostasse disso”, revelou Miller recentemente.

Groove mortal

Apesar de principal solista e líder da banda, Miller concedeu espaços generosos para que seus pupilos improvisassem com liberdade. De sua parte, os novatos retribuíram à altura e não desapontaram o mestre. Amparados por uma “cozinha” funky, na qual Miller dividiu o groove com o jovem baterista Louis Cato, de apenas 23 anos, o trompetista Sean Jones e o saxofonista Alex Han puderam injetar nova vida aos temas originais do álbum. O teclado de Frederico Gonzalez Pena, embora competente na execução de padrões hipnóticos e passagens meditativas, pecou pelo timbre um tanto ¬new wave – único resquício aparente da década em que o disco foi concebido.

A performance de Miller dispensa comentários. Seja no groove pesado das linhas de baixo, nos impossíveis slaps, ou nos ousados solos de pegada guitarrística (nos quais se evidencia sua formação multi-instrumentista), o líder do grupo se consagra como um autêntico bass guitar hero (se é que existe tal denominação). Outro destaque vai para o gracioso trompete de Sean Jones, bem-sucedido ao emular os timbres e maneirismos de Miles sem, com isso, renunciar a uma virtuosa personalidade própria.

texto de Alexandre Napoli
Especial para a poeira Zine, que não foi credenciada para cobrir o BMW Jazz Festival, mas que conseguiu assistir aos shows graças à insistência deste repórter acima e à boa vontade de algum convidado vip que foi embora mais cedo…

As celebridades e seus elepês

Jimi Hendrix

Lennon & McCartney

Joan Collins

Jack Nicholson

Brian Wilson

Debbie Harry

Elvis Presley

John Lennon

Marlon Brando

Sophia Loren

Marc Bolan

Marilyn Monroe

Patti Smith

Serge Gainsbourg

Audrey Hepburn

Resultado da promoção pZ/Anjo Gabriel

Os vencedores foram:

Edmilson Batista da Silva – Uberlândia/MG (LP duplo + pZ)
Marcos Linardi – Bragança Paulista/SP (CD + pZ)
Jacob de Melo Mendonça – São Bento do Una/PE (CD + pZ)
Evandro Schott – Santos/SP (CD + pZ)

A história do verdadeiro Rock Brasileiro no poeiraCast!

Para aqueles que acham que o rock brasileiro começou em 1982 com a Blitz, e depois com a primeira edição do Rock In Rio, a pZ acaba de lançar o primeiro episódio de uma série especial de podcasts abordando a história do rock no País do samba nas décadas de 50, 60 e 70.

Serão oito programas semanais no total, sendo que o primeiro deles acabou de entrar no ar, trazendo os primórdios do gênero no Brasil, as primeiras gravações do estilo por aqui, os ídolos jovens dos anos 50 e 60, e o rock instrumental brasileiro que fez todo mundo dançar.

Para baixar ou ouvir o programa online, clique AQUI

Toda quarta-feira tem poeiraCast no site da revista poeira Zine!

Promoção poeira Zine/Anjo Gabriel

Se você tem interesse em ser o felizardo leitor que vai levar o elepê duplo do Anjo Gabriel de presente, participe da promoção pZ/Anjo Gabriel.

Para concorrer, basta enviar uma carta escrita à mão pra gente dizendo: “O Culto Secreto do Anjo Gabriel”.

As cartas deverão ser enviadas para a pZ na Caixa Postal 70529 – CEP 01156-970 – São Paulo/SP.

A promoção vai até o dia 1 de julho e serão sorteados um LP duplo e três CDs do Anjo Gabriel, além de edições da pZ.

O resultado do sorteio será publicado aqui no blog!

Free Design



As capas dos elepês do Free sempre foram um diferencial. Sejam elas apenas uma foto, uma ousada embalagem, um logo imponente, ou minimalismo puro.

Em Tons Of Sobs o artista e fotógrafo Mike Sida, supervisionado pelo produtor Guy Stevens, criou uma foto abstrata, registrada com um filme infravermelho, utilizado para fotos noturnas. O cenário criado por Mike era assustador e bizarro ao mesmo tempo: um cemitério sombrio e surreal (de verdade), onde um boneco do Mickey Mouse repousava dentro de um caixão gigante de vidro. Enquanto isso, um leopardo espreitava um inofensivo coelhinho, posicionado ao lado de um cacto e uma máscara de palhaço. A melhor maneira de analisar a foto, que toma toda a capa dupla do vinil, é ouvindo “Moonshine”, cuja letra parece ter sido criada com essa imagem em mente, ou vice versa. Na parte interna, fotos individuais de cada integrante e uma geral do grupo, devidamente enevoado. As fotos individuais serviram como capa na versão “capa simples” norte-americana do disco. A razão? Apenas um súbito pânico de ser processado pela Disney, já que um de seus ícones aparecia como um defunto…


Para o segundo e homônimo álbum o Free ousou ainda mais ao usar uma imagem de uma garota nua saltando livre ao vento, uma genial criação do fotógrafo e designer Ron Raffaelli. A capa se tornou uma das preferidas de Aubrey Powell do estúdio Hipgnosis: “Não existia nada como aquilo na época. As pessoas começavam a experimentar, assim como a indústria, que passava a dar uma maior atenção às capas. Ter uma capa daquela para uma banda de blues rock como o Free foi algo ousado, bravo, aventureiro, sexual e até esotérico. Nós a consideramos um marco.”

Marco também foi o provocativo anúncio do álbum publicado nos jornais Melody Maker e NME, onde uma (outra) garota nua dançava no meio da multidão na Ilha de Wight.

O segundo e mais psicodélico disco do Free mereceu uma arte gráfica à altura. Um dos favoritos da facção mais freak que acompanha o grupo, Free, o álbum, veio numa época de plena ascensão da banda inglesa, fato esse assimilado pelo desenhista e fotógrafo Ron Raffaelli. Camarada de Hendrix e calejado de fotografar gente simples como Stones, Cream e Led, Raffaelli foi o sujeito que injetou sensualidade na imagem rude do Free.

A foto da garota, uma jovem de 18 anos chamada Linda Blair (não a do Exorcista), foi tirada no estúdio particular do artista, em Hollywood.

Raffaelli posicionou rampas e caixas de madeira para que a modelo pudesse pular, nua, de um lado para outro do estúdio enquanto ele (deitado no chão) acionava jogos de luzes e posicionava sua câmera fotográfica. Vários saltos foram realizados para que a foto ficasse perfeita. Depois desse primeiro passo, Raffaelli ressaltou a silhueta da garota através de um negativo da foto original e a adicionou, num primeiro momento, sobre um fundo branco.

Desanimado com o resultado até então apático da imagem, o fotógrafo subiu no telhado do seu estúdio e registrou o céu californiano. O problema do fundo estava resolvido, mas a maior sacada foi preencher o corpo da garota com uma foto noturna, que deu um charme especial na capa.

Na parte interna da edição original do vinil gatefold, outra belíssima foto ilustra bem o espírito da época. A mesma modelo posa nua em uma paisagem árida, em volta a cubos ilustrados com os rostos dos integrantes da banda.

O forte sentimento de liberdade estava estampado gloriosamente no segundo trabalho do Free, exatamente como eles queriam. Não é a toa que tal arte gráfica tornou-se uma das favoritas do lendário capista Storm Thorgerson, o mago do estúdio Hipgnosis.

Fire And Water, além de ser a primeira “capa simples” do Free, tinha um design muito mais simples e direto, trazendo aquela que seria a foto mais famosa do Free. A imagem definia perfeitamente a postura de cada integrante da banda e mesmo do álbum. Era também a primeira vez que uma foto do grupo aparecia em uma de suas capas de disco.

A foto utilizada veio de uma sessão de um misterioso fotógrafo japonês chamado Hiroshi. Tanto as fotos como o fotógrafo sumiram do mapa pouco depois, e hoje ninguém sabe o paradeiro de ambos. Alguns outtakes das sessões de fotos foram usados em capas de singles lançados em diversos países, mas nada consta nos arquivos do próprio selo Island.

A capa do álbum seguinte, Highway, deixou a banda completamente enfurecida, pois foi uma sugestão da gravadora que eles odiaram. Paul Rodgers diz que muitas ideias foram apresentadas, sendo que algumas eles gostaram e outras não, mas que a escolhida pela Island foi a que eles menos aprovaram. Segundo o vocalista, a arte de Highway não gera o menor impacto… Certa vez ele afirmou que ficou olhando a vitrine de uma loja, tentando achar o novo álbum de sua banda, sendo que o LP estava ali, passando completamente despercebido bem debaixo de seu nariz. Impacto zero.

Na versão digital a capa de Highway certamente fica ainda mais sem sentido, pois no vinil pelo menos é possível sacar a ideia original do selo, que era a de montar os rostos dos quatro integrantes através de pequenos pontos, ou melhor, letras da palavra f-r-e-e. Talvez a combinação fraca de tons pastéis não tenha ajudado… A confusão foi tanta que numa resenha um jornalista completamente desinformado chegou ao ponto de escrever: “Essa nova banda chamada Highway soa exatamente como o Free…” A capa de Highway infelizmente foi uma bola fora de Chris Blackwell.


O que Highway pecou Free Live! acertou na mosca. Imitando um disco pirata, a bolacha vinha embalada dentro de um envelope de carta, com os quatro integrantes servindo, cada um, como um selo postal. Uma ótima ideia que foi depois muito copiada.

Em Free At Last temos dois distintos detalhes, um trazendo o logo definitivo (e bem colorido) do grupo na capa, numa ilustração puramente setentista, porém mais superficial e menos inspirada. O outro detalhe está na divertida conta-capa, divertida apenas pelo fato de trazer fotos individuais dos integrantes em cada um dos cantos da capa.

Até aí nada demais, não fosse pelo fato do pessoal estar nitidamente com cara de sono! Repare na foto de Rodgers, parece que tiraram o cara da cama para bater a foto! Já Kossoff parece contente, porém aparenta estar mesmo com a saúde muito debilitada.

Heartbreaker é a capa mais minimalista do Free e também uma das mais belas. Retrata uma silhueta de Paul Rodgers on stage, muito simbólica e misteriosa. A arte se tornou a “camiseta perfeita” do Free.

Texto de Bento Araujo
Este texto ficou de fora da edição impressa atual (pZ#36) meramente por questões de espaço.
Nessa edição atual você confere um especial sobre o FREE. Veja mais clicando AQUI

Lançamento > poeira Zine #36!

# FREE
A pZ passa a limpo a trajetória do FREE, grupo de Paul Rodgers, Paul Kossoff, Andy Fraser e Simon Kirke. Inclui os álbuns comentados, fotos inéditas e relatos
reveladores.

# ANDY FRASER
O baixista/compositor do FREE responde as perguntas de nossos leitores, abordando os mais diversos temas e falando das bandas por onde passou – Free, Toby, Sharks, John Mayall’s Bluesbreakers, Alexis Korner, The Rumbledown Band, etc.

# LULA CÔRTES
O pZ Hero dessa edição, um dos pioneiros da cena psicodélica nordestina, tocou em bandas e projetos como Paêbirú, Satwa, e muitos outros. Suas andanças, seus álbuns solo,
sua parceria com Zé Ramalho e Alceu Valença, e muito mais!

# BRAZILIAN BITLES
A primeira parte da curiosa trajetória desse lendário agrupamento beat carioca.

# SELO ISLAND
A primeira parte de um extenso levantamento sobre o período mais rico de um dos grandes selos independentes dos anos 60 e 70. O que disseram na época e o que temos a dizer hoje sobre trabalhos de grupos como King Crimson, Jethro Tull, Traffic, Quintessence, Fairport Convention, Spooky Tooth, Blodwyn Pig, Bronco, Renaissance, Mott The Hoople, White Noise, Nick Drake, Nirvana e muitos, muitos outros.

Mundo Bolha: Anjo Gabriel, Tomada, os 50 anos da Gibson SG, Aeroblus, Buffalo Springfield, etc.

Capas Históricas: Almendra (Almendra)

Pérolas Escondidas:
Strawberry Path, Thee Hypnotics, The Liverbirds, American Gypsy, The Underground Set e Johnny Jenkins.

Have a Nice Day: “Everlasting Love” – The Love Affair

Peça já a sua clicando AQUI

# Assine já a poeira Zine!

Por apenas 55 reais você recebe em casa as próximas seis edições bimestrais (1 ano), economiza no preço de capa e ainda ganha frete grátis!

Assine agora clicando AQUI

Quinta edição da pZ Fest!

A On Time é formada por Abdalla Kilsam (vocal), Silvio Lopes (guitarra), Bento Araujo (baixo), Douglas Coronel (teclado) e Ivan Scartezini (bateria).

No repertório clássicos como “Footstompin’ Music”, “Rock ‘n’ Roll Soul”, “Heartbreaker”, “The Railroad”, “I Come Tumblin'”, “We’re An American Band”, “The Locomotion”, “Paranoid”, “Closer To Home”, “People Let’s Stop The War” e muitas outras!

Couvert Artístico: R$15

Promoção poeira Zine/Marka Diabo!

Nova edição da Classic Series no pedaço!

Nova Roadie Crew Classic Series saindo essa semana!
Para garantir a sua escreva para assinaturas@roadiecrew.com ou ligue para o (11) 5058-0447

As Caricas do Bira!

O cartunista Bira Dantas nos mandou duas “caricas” bem legais, aproveitando a nossa edição atual!
Cactus e Gary Moore com o Pinetop Perkins!

E para sacar mais o trabalho do grande Bira:

CARICAS
http://caricasdobira.blogspot.com
http://www.caricascartunescas.blogger.com.br
http://www.raBIsqueiRA.blogger.com.br

CHARGES
http://chargesbira.blogspot.com

HQ
http://domquixotehq.blogspot.com
http://www.braziliancomics.blogger.com.br
http://www.paginasnonsense.blogger.com.br
http://quadrinhosbira.blig.ig.com.br

VÁRIOS
http://en.facebox.com/BiraCartoonist
http://bira.nafoto.net
http://biradantas.zip.net
http://fotolog.terra.com.br/biradantas
http://photobucket.com/albums/v509/BiraDantas

Lan

http://rabisqueira.blig.ig.com.br
http://www.fotolog.com.br/bira2009

Lisergia Peruana – LAGHONIA

Essa banda lançou dois álbuns e um compacto em 1971 e se tornou atualmente uma das mais respeitadas da cena psicodélica latina, principalmente por ter duas de suas canções incluídas na genial compilação Love, Peace and Poetry: Latin American Psychedelic Music.

O grupo começou tocando em escolas, igrejas e clubes das principais cidades peruanas sob o nome de The New Juggler Sound e até chegaram a lançar alguns compactos e um EP com esse nome inclusive.
Já como Laghonia, e cantando em inglês, lançaram seu primeiro disco, com o nome de Glue, contendo sons como “Bahia,” “Trouble Child,” “My Love” e “The Sand Man;” sempre caprichando nas harmonias vocais e no clima mais soft, até mesmo “californiano.” Influências de Love, Santana e Beatles são captadas durante a estreia.

No mesmo ano (1971) sai Etcetera, uma pequena obra-prima dos anos 70, com clima único, mais melódico, harmonioso e também percussivo. “I’m a Nigger” tem cunho social e tem um excelente trabalho de guitarra fuzz, wah wah e órgão, além de uma harmonia vocal cativante. Clássico instantâneo. “Someday” abre o disco de forma altamente climática, com órgão e frases cadenciadas de guitarra e groove bacana de bateria. “Mary Ann” é bem lenta, tensa e viajante; já “It’s Marvelous” encerra o álbum num clima de sonho, até meio soul psicodélico. Deslumbrante mesmo…

Digna de nota também é a produção do álbum, com cuidado especial na escolha dos timbres, como fica nítido nas guitarras de Davey Levene e Saul Cornejo, que arrasam em “Everybody On Monday” e “Speed Fever.” Quem também brilha é o tecladista Carlos “Barranquino” Salom, detonando em sons como “Lonely People” e nas “camas” do decorrer de todo o álbum. Etcetera não tem nada de “quebradeira” e muita distorção, aqui o que conta são as melodias, as harmonias vocais e o clima mais relaxado e viajante, algo como um CSN&Y dos trópicos. Como se o conteúdo musical não bastasse, a capa também é estonteante, uma pintura altamente lisérgica do baterista Manuel Cornejo, baseada numa viagem de LSD de seu irmão e guitarrista do Laghonia, Saul Cornejo.

Etcetera foi relançado em LP pelo selo World In Sound, contendo um pôster e um EP com quatro faixas extras, sendo duas delas inéditas, como a pesada “World Full Of Nuts” e a Heepiana “We Fall,” lançadas como compacto no Perú também em 1971. Logo após o lançamento desse disquinho o grupo novamente mudou de nome: We All Together.

O selo Recycled lançou, em 2004, um CD (Unglued) contendo ensaios e faixas inéditas da banda, como “Chocolate Houses” e “Confusion In The Street.”

Texto de Bento Araújo

Girlschool na London Calling

– Press Release-

Venha conhecer a lendária banda inglesa Girlschool em mais uma tarde de autógrafos imperdível na loja London Calling em São Paulo.

A banda Girlschool, pela primeira vez no Brasil, estará numa tarde de autógrafos no dia 18 de março as 16:00 horas na loja London Calling.

Será o único evento dessa grande banda na cidade de São Paulo.

O show, apresentação única, acontece no dia 19 de março no Festival Rock Feminino, em Rio Claro, no interior do Estado de São Paulo.

Girlschool é considerada a banda formada apenas por mulheres mais antiga em atividade.

Foi formada no sul de Londres em 1978 e apadrinhada desde o começo por Lemmy Kilmister, líder do Motorhead.

Girlschool é a banda de rock feminino que influenciou garotas pelo mundo todo a formarem suas próprias bandas. Foi a banda de maior influência no movimento riot girl.

Em 79 a banda assinou com a gravadora Bronze Records, a mesma do Motorhead, lançando assim seu primeiro álbum ‘Demolition’ e abrindo os shows do Motorhead durante a turnê de Overkill.

A parceria rendeu o EP St. Valentine’s Day Massacre, que atingiu o quinto lugar nas paradas inglesas, e dura até hoje, com Lemmy participando do último álbum ‘Legacy’ (2008), que também tem participações de Ronnie James Dio e Tony Iommi.

Já tocaram junto com bandas como Iron Maiden, Black Sabbath, Rush, Deep Purple, The Scorpions, Blue Oyster Cult, entre outras.

Em 2009 elas excursionaram pela Europa com Motorhead e The Damned e no ano passado com o Anvil.

Hoje a banda se encontra em estúdio, regravando o álbum clássico ‘Hit and Run’ que será lançado em 2011, em comemoração aos 30 anos do lançamento desse grande disco, que foi um dos mais vendidos no ano de 1981 na Inglaterra.

A formação atual do Girlschool é Kim McAuliffe (vocal/guitarra), Enid Williams (vocal/baixo), Jackie Chambers (guitarra) e Denise Dufort (bateria).

Site oficial: www.girlschool.co.uk

Serviço

Tarde de autógrafos com Girlschool na London Calling

Sexta-feira, 18 de março – 16:00
Local: London Calling Discos
Rua 24 de maio, 116 sobreloja, loja 15 – São Paulo
Fone: (11)3223-5300

Site: www.londoncalling.com.br

E-mail: faleconosco@londoncalling.com.br

Obs: Limitado a 2 itens por pessoa.

Show

IX Festival de Rock Feminino
Sábado, 19 de março – a partir das 12 horas
Local: Antiga Estação Ferroviária de Rio Claro(SP)
Entrada: Litro de leite longa vida.
http://www.rockfeminino.org
Assessoria de Imprensa: http://theultimatepress.blogspot.com

Sobre a London Calling

Desde 1986, a London Calling é uma das principais referências no Brasil para quem gosta de rock e pop, trabalhando com produtos importados dos Estados Unidos, Europa e Japão, além dos melhores lançamentos editados no Brasil.

A loja é visitada regularmente por clientes de todas as cidades do Brasil, em busca dos últimos lançamentos e das raridades da London Calling. Além disso, a London é reconhecida pela sua rapidez nas entregas, tendo 25 anos de experiência em telemarketing e, desde 2000 em vendas on-line.

A London Calling também promove sessões de autógrafos com bandas internacionais em passagem pelo Brasil. Toy Dolls, Marky Ramone, Stiff Little Fingers, Buzzcocks, Mudhoney, 999, Lurkers, Mission, CJ Ramone, MC5, Uk Subs , Vibrators,Young Gods,Andy Rourke (Smiths),New Model Army,Gene Loves Jezebel,Donita Sparks (L7),Rezillos, The Donnas, Daniel Ash (Bauhaus), Glen Matlock (Sex Pistols), Agent Orange são alguns dos grupos que passaram pela London proporcionando um contato maior com seus fãs nessas tardes de autógrafos.

Sobre o Festival

Festival Rock Feminino,é considerado um dos mais importantes festivais do circuito da música independente do país e ocorre pela nona vez na cidade de Rio Claro, interior do estado de São Paulo.

Com uma estrutura de dois palcos, praça de alimentação, estandes de produtos, sorteios de brindes, além de Bluetooth Zone e Campeonato de Guitar Hero, o Rock Feminino será interamente transmitido ao vivo por TV a cabo e internet, através da TV Cidade Livre.

O Festival Rock Feminino é uma realização da Rock Feminino Produções, da Rede Cidade Livre e Grupo Auê de Cultura e Artes, com apoio da Prefeitura Municipal de Rio Claro. O Festival é um projeto realizado com o apoio do Governo de São Paulo, Secretaria de Estado da Cultura – Programa de Ação Cultural – 2010.

Mande a sua pergunta para o Andy Fraser!

Participe da seção Perguntas e Respostas da poeira Zine!

São questões direcionadas a um determinado músico e dessa vez teremos ANDY FRASER, ex-baixista do lendário FREE.

Agora o mais bacana de tudo é que vocês é que irão fazer as perguntas!

Basta enviar a sua pergunta para o e-mail contato@poeirazine.com.br

As melhores questões serão encaminhadas para o músico e publicadas na próxima edição, com o devido crédito ao autor.

O prazo para envio das questões é até o dia 18 de fevereiro.

Mãos a obra pessoal!

Rock Raro, o maravilhoso e desconhecido mundo do rock!

Sabe aquele livro que você sonhava em ter pra ler? Aquele livro que traria centenas de resenhas dos discos obscuros que você tanto adora, ou de outros tantos que certamente adoraria conhecer? Um livro que não traria nada de bandas manjadas como Deep Purple ou Genesis, mas sim Armageddon, Mellow Candle, Cargo, Andromeda, Human Beast, Leafhound, Kak, Jericho Jones, Blackwater Park e muitos outros… Pois é meu chapa, esse livro existe, em português, e acabou de ser lançado!

Falo de Rock Raro, livro idealizado e lançado pelo colecionador Wagner Xavier. São 352 álbuns escolhidos a dedo por Wagner e seu amigo/colaborador João Carlos Roberto. Tudo impresso em papel de primeira e a cores. Wagner cunhou resenhas bem pessoais de trabalhos imperdíveis de grupos obscuros dos anos 60 e 70, o que deu um ar bem particular ao trabalho; nada daquele papo mala catedrático sobre a trajetória dos conjuntos, mas sim uma análise descompromissada, segundo os ouvidos do autor. Quem quiser saber mais detalhes, basta escrever para o autor no e-mail rockraro@gmail.com

Quem quiser comprar o livro direto pela Internet, acesse o site da loja London Calling AQUI

Wagner Xavier falou com a pZ sobre o lançamento de Rock Raro, e o resultado você confere abaixo…

poeira Zine – Como surgiu a ideia de criar um livro desse tipo?
Wagner Xavier – Em algumas viagens eu saí em busca de um livro que trouxesse informações sobre discos raros dos anos 60 e 70. Vi que existiam alguns livros que traziam informações sobre capas e discografias de grupos, porém nenhum com resenhas e fotos coloridas. No final percebi que o livro não existia no formato que eu queria comprar então decidi realizar o trabalho. Já havia plantado árvores e feito filhos, faltava apenas escrever um livro. Também pensamos em como ajudar a fortalecer o rock mais antigo, o mercado e as lojas que tanto gostamos… Sabemos também que o trabalho irá divulgar um período musical muito rico para as novas gerações.

pZ – Foi tudo baseado na sua coleção particular, certo? Fale um pouco sobre isso…

WX – Eu e meu amigo/colaborador João Carlos Roberto optamos por resenhar discos de nossas coleções. Selecionamos aproximadamente 500 discos num primeiro instante e então chegamos a este universo de 352 álbuns. As três premissas que usamos foram: gostar do disco, esse ser relativamente raro e também possuir essa obra em nossa coleção. Decidimos incluir apenas um álbum por banda/artista, o que foi uma tremenda tortura, pois grupos como Dust, Jeronimo, Birth Control, Black Widow, entre outros, possuem vários discos legais e que temos nas nossas coleções. Concluímos que isso ficaria inviável, então optamos por este modelo, privilegiando um único disco por banda, mas também abordando vários grupos diferentes.

pZ – Como está sendo a repercussão do livro? Tem muita gente no Brasil que se interessa pelo rock mais obscuro dos anos 60 e 70?
WX – Tem sido bem maior do que esperávamos. Na realidade o trabalho foi projetado e idealizado como uma realização de um sonho pessoal, sem grandes pretensões, mas felizmente a procura tem sido muito grande, com gente de todo o Brasil, além de colecionadores de países como Espanha, Argentina, Portugal e França.

pZ – Você é daquele tipo que prefere um “Led Zeppelin obscuro do interior da Malásia” do que o próprio Led Zeppelin, só porque esse primeiro não fez sucesso e pouca gente conhece?
WX – Ótima pergunta (risos). Em hipótese alguma eu optaria pelo primeiro caso; nosso gosto por essas coisas mais raras é bem seleto e o que vale mesmo é a qualidade do som do grupo. Aliás existe também muita coisa ruim dessa época que provavelmente é rara exatamente por isso… Como falei, escolhemos discos que realmente gostamos. As cotações, aliás polêmicas, já indicam os melhores discos, ou aqueles que mais agradam os autores. Ou seja, pode ser de qualquer lugar, mas se a gente não gostar, não faz sentido entrar no livro. E por falar nisso, tem algum grupo legal na Malásia (risos)? Nas Filipinas gostamos muito do Juan de La Cruz, e este entrou no livro (risos).

pZ – Qual o recado para quem quiser comprar o livro?
WX – Em São Paulo o livro está sendo vendido na Praça Benedito Calixto aos sábados, na Galeria do Rock e na Galeria Nova Barão. Em Joinville, na Rock Total e na Highway Music, e também via o site das livrarias Midas e Curitiba. Também atendemos via e-mail através do rockraro@gmail.com

ROADIE CREW lança série especial ao lado de Bento Araújo da poeira Zine!

Chega às bancas de todo o Brasil agora em dezembro uma edição especial da revista Roadie Crew, lançada dentro da mais nova série criada pela publicação: Classic Series. O intuito é disponibilizar edições especiais abrangendo temas específicos do mundo do Classic Rock e do Heavy Metal, num formato ainda inédito no Brasil. Para a missão, a revista, que é a maior e mais conceituada publicação de Rock pesado da América Latina, contou com a parceria do jornalista Bento Araújo, editor da revista poeira Zine.

“Tudo começou quando eu encontrei o Claudio Vicentin, um dos editores da Roadie Crew, na coletiva de imprensa do Queen + Paul Rodgers, no final de 2008. Sou colaborador da Roadie Crew há seis anos e estudei com o Claudio na faculdade, então nos conhecemos há bastante tempo. Montei um projeto de uma edição especial baseada no ano de 1980 e mostrei ao Claudio e ao Airton Diniz, daí começamos a colocar o lance em prática, com calma e com os pés no chão”, conta Bento.

A edição segue o mesmo padrão gráfico de uma edição tradicional da Roadie Crew, mas traz um tema central, o ano de 1980, talvez o mais importante ano do Heavy Metal, como conta Bento: “Foi nesse ano que o Metal e o Rock em geral voltou ao topo, com grupos como o Black Sabbath, Judas Priest, Queen, AC/DC, Whitesnake, Saxon, Van Halen e Motörhead lançando alguns de seus trabalhos definitivos, e também com outros tantos lançando suas estreias, como o Iron Maiden, Ozzy Osbourne, Def Leppard, MSG, Dead Kennedys, etc. Além disso, em 1980 o Led Zeppelin se despediu do mundo do Rock após a morte de John Bonham e o Pink Floyd levou seu ambicioso The Wall para a estrada. Tivemos também a morte de Bon Scott, John Lennon e Ian Curtis, entre outros, portanto tem muita história pra relembrar desse ano histórico para a música”.

Os principais discos lançados há 30 anos também mereceram destaque nesse especial segundo Bento: “Estamos apresentando nada menos do que os 80 melhores álbuns lançados em 1980. Então tem desde gigantes como AC/DC, Rush, Queen e Yes, até Max Webster, Vardis, Blackfoot, Angel Witch, Atomic Rooster e Budgie. Outros destaques são os 12 meses de 1980 passados a limpo, mês a mês, com os principais acontecimentos do ano”.

O formato desse especial da Roadie Crew também impressiona: “Além dos textos, cuidei também da arte gráfica dessa edição, então fiz questão de trazer novidades para o mercado editorial brasileiro. Esse formato de edição especial envolvendo um tema central é bastante usado na Europa, mas ainda inédito por aqui. É algo diferente, que tenho certeza que vai causar um impacto no público que adora ler sobre Rock. A capa, por exemplo, foi um grande barato de se fazer, e foi baseada em alguns dos grandes álbuns daquele ano”, diz Bento Araújo, empolgado, que encerra: “É uma grande honra realizar esse projeto ao lado da Roadie Crew. Espero que os leitores da poeira Zine também curtam essa minha nova aventura. Como Ozzy diz: Let’s Go Fuckin’ Crazy!”

Essa edição especial estará disponível nas bancas de todo o país a partir de 20/12.

PARA ADQUIRIR SUA CÓPIA entre em contato pelo fone (11) 5058-0447 ou escreva para metal@roadiecrew.com com Maria José.

Para mais informações sobre essa edição especial:
www.roadiecrew.com
www.poeirazine.com.br

Judy Henske and Jerry Yester – Farewell Aldebaran

por Radamés Junqueira

A estampa Straight, de propriedade de Frank Zappa e seu manager na época, Herb Cohen, foi crucial no lançamento de diversos artistas da época. Alguns deles adquiriam diferentes status com o passar dos anos: Alice Cooper como ícone e avô do metal, Beefheart como transgressor de primeira e referência para o pessoal mais intelectual, Tim Buckley como pai de Jeff e trovador injustiçado da época, GTO’s como um dos primeiros combos exclusivamente femininos e Wild Man Fischer como uma espécie de Damião Experiença gringo. Mais um álbum do selo Straight pinta aqui nessa seção da pZ, ao lado de Jeff Simmons, e se trata de um disco gravado em 1969 por um ex-integrante do Lovin’ Spoonful (Jerry Yester) e sua esposa singer-songwriter (Judy Henske). Farewell Aldebaran, o filho único do casal, curiosamente tinha muito mais a ver com Sun Ra e Stockhausen do que com Lovin’ Spoonful…

Henske, além de ser um rostinho bonito, tinha uma ótima voz e havia sido uma renomada cantora pop no início da década de 60, lançando vários álbuns sob a tutela de Herb Cohen, seu manager e produtor. Henske emplacou um hit nessa época, “High Flying Bird”, que depois seria regravada pelo Jefferson Airplane.

A cantora era contratada do selo Elektra, assim como o Modern Folk Quartet, que tinha Jerry Yester em sua formação. Companheiros de selo, Henske e Yester começaram a compor, sendo que o último paralelamente a isso foi fazer parte do Lovin’ Spoonful, já que Henske tinha engravidado dele e queria abandonar o showbusiness para cuidar do filho que estava por vir, dedicando-se somente à composição dali por diante.

Quando o Lovin’ Spoonful acabou, depois que dois de seus integrante foram indiciados por porte de drogas, Yester e Henske receberam um convite de Herb Cohen, que sugeriu que o casal se mudasse de NY para a Califórnia e lá gravasse pela Straight, o selo que o empresário estava montando com Zappa. Yester admirava muito o trabalho de Zappa, então topou de imediato o desafio.

Logo o casal estava gravando seu primeiro disco como dupla, e estavam muito bem amparados por músicos como Zal Yanovsky (também do Spoonful e co-produtor de Farewell Aldebaran), Ry Cooder, David Lindley e Larry Beckett, entre outros.

Farewell Aldebaran abre com uma canção chamada “Snowblind”, um blues ácido onde Judy Henske bota tudo pra fora com um timbre de voz as vezes parecido com o de outras bandas lisérgicas da época, como o Blue Cheer, por exemplo. Enquanto isso, Zal manda ver em solos de guitarra repletos de fuzz e malandragem. “Horses On A Stick” é uma delícia, meiga e viajante, bubblegum de primeira. “Lullaby”, “St. Nichollas Hall” e “Rapture” são bem mais sérias, mas não menos geniais e “Three Ravens” é folk de uma sensibilidade impressionante e “Raider” poderia ter saído dos primeiros álbuns de Neil Young. Outro destaque é a faixa “Charity”, com muitos vocais afiados e uma melodia marcante.

O material que o casal havia concebido era no mínimo tocante e também futurista, mas a vanguarda de Farewell Aldebaran estava na faixa-título, a última do álbum. A viagem começou com uma idéia maluca de Yester, quando ele vislumbrava que um asteróide gigantesco se chocaria com a Terra em breve. Para isso ele precisaria criar uma voz apocalíptica de um extraterrestre e foi isso que ele fez, usando técnicas bizarras, como cantar dentro de um piano enquanto Zal Yanovsky apertava o pedal de sustain, para que as cordas criassem uma espécie de “eco espacial”. Um Moog também foi utilizado na gravação da faixa e foi trazido ao estúdio por Paul Beaver, da dupla Beaver & Krause. Beaver ensinou Yester manusear o novo “brinquedo” e o resultado ficou extremanete interessante, somado a vozes distorcidas e a um naipe de metais todo propositalmente irregular.

A crítica foi severa com o disco, o que fez Yester e Henske montarem um novo projeto chamado Rosebud antes do casamento entrar em colapso e eles se separarem de vez. Antes do fim prematuro, Yester gosta de lembrar que a dupla “quase chegou lá”: “Um belo dia eu estava andando pelo estacionamento da Warner e o executivo Mo Ostin parou com seu carro ao meu lado e disse: ‘Hey, nós adoramos o seu disco e vamos promovê-lo com toda a nossa força’. Abaixei a minha cabeça e disse a ele que eu e Henske havíamos terminado com tudo… Ele se lamentou e partiu cantando os pneus de seu carro… E foi isso, ele não queria apostar em algo que já não existia mais…”.

Matéria originalmente publicada na revista poeira Zine #28.
Para saber mais sobre essa edição clique AQUI

Resultado Sorteio pZ

Abaixo o resultado do sorteio, realizado entre os participantes da pesquisa de opinião da poeira Zine, realizada nos meses de julho e agosto de 2010.

Primeiro Prêmio – Coleção completa da poeira Zine, incluindo 33 exemplares originais (do 0 ao 32) mais as três edições especiais, somando 36 exemplares no total.

Ganhador: Wagner da Silva Bueno (JANDIRA/SP)

Segundo Prêmio – Cinco assinaturas anuais da pZ
(correspondentes às próximas seis edições bimestrais)

Ganhadores:
Paloma Nunes Canipa (SÃO PAULO/SP)
Denis da Fonseca (SÃO PAULO/SP)
Alex Bachour (COLATINA/ES)
Cesar Garcia Da Mota E Albuquerque (MACAÉ/RJ)
Marcelo dos Santos Fernandes (RIBEIRÃO PRETO/SP)

Terceiro Prêmio – Cinco edições especiais de aniversário pZ

Ganhadores:
André Leite Serafim (LINHARES/ES)
Anderson Gonzaga Fonseca (SÃO PAULO/SP)
Sérgio Santos Gomes (DUQUE DE CAXIAS/RJ)
Elton Silva (SÃO PAULO/SP)
Alvaro Hattnher (SÃO JOSÉ DO RIO PRETO/SP)

O sorteio foi realizado via site Random.Org, através de uma numeração em série gerada pelo site de nossa pesquisa, o Survey Monkey. Os prêmios serão enviados no dia 14/09, a próxima terça-feira.

Um grande abraço e obrigado a todos que participaram da pesquisa de opinião no nosso site.
A primeira pesquisa de opinião da pZ foi um grande sucesso!

Bento Araújo
www.poeirazine.com.br

Jan Akkerman ao vivo no Sampa Jazz!

A programação do Sampa Jazz que acontecerá no Auditório Ibirapuera é a seguinte:

dia 17 de setembro – 21h00
The Ploctones (Holanda)
convidado especial – Rappin’ Hood

dia 18 de setembro – 21h00
Jan Akkerman Band (Holanda)

dia 19 de setembro – 19h00
Noite Moura
Imourane Quartet (Marrocos), Benjamim Taubkin e convidados (Brasil)

Já estão à venda os ingressos – R$ 30,00 e R$ 15,00 (meia-entrada), pelo telefone (11) 4003.5588 ou http://www.ticketsforfun.com.br ou ainda na bilheteria do Auditório Ibirapuera (Av. Pedro Álvares cabral, s/n – portão 2 – Parque do Ibirapuera – SP – (11) 3629-1000.

The Mind Expanding Fest 2010

Banda do Sol e Billy Sherwood ao vivo!

Hans Pokora responde a sua pergunta!

Participe da seção “Perguntas e Respostas” da poeira Zine, onde sempre um convidado especial responde as perguntas dos nossos leitores.

Dessa vez teremos o colecionador austríaco HANS POKORA, autor da série de livros RECORD COLLECTOR DREAMS.

Para participar, basta enviar a sua pergunta para o e-mail contato@poeirazine.com.br

As melhores questões serão encaminhadas para o colecionador e publicadas na próxima edição da pZ, com o devido crédito ao autor.

O prazo para envio das questões é até o dia 17 de agosto (próxima terça-feira).

Mãos a obra pessoal!

Entrevista Sergio Hinds – EXTRAS

Abaixo alguns extras da seção Perguntas & Respostas da edição #31 da poeira Zine.

Essas questôes de alguns leitores acabaram ficando de fora simplesmente por questões de espaço…

Sérgio, o que você achou do caminho que o Terço tomou quando Vinicius Cantuária entrou na banda, e essa passou a ser menos progressiva e mais regional em termos de musicalidade?
-pergunta enviada por Ericson Francisco Marques de Brito-

Sergio Hinds – Ericson, o Vinícius Cantuária foi da primeira formação do Terço, ele não entrou, ele saiu e foi tocar bateria na banda que acompanhava o Caetano Veloso e depois se lançou em carreira solo. Hoje mora em N.Y. No início do Terço em que o Vinícios fazia parte, nos dedicávamos mais ao trabalho vocal e a MPB e participávamos de muitos festivais de música.

Sergio, quando se fala do Terço, os discos que quase todo mundo adota como referência são o Criaturas da Noite e o Casa Encantada. Por que quase ninguém cita o álbum seguinte, Mudança de Tempo, que é tão bom quanto aqueles dois? Eu, particularmente, gosto mais dele do que do Casa…
– Pergunta enviada por Claudio Foá (São Paulo/SP)-

SH – Claudio, o Mudança de Tempo foi também um pouco de mudança de estilo, em grande parte por causa da saida do Flávio Venturini. Os fãs consideram como a formação clássica da banda a dos dois discos anteriores ao Mudança de Tempo apesar de ser um bom trabalho.

Tenho curiosidade de saber se a Gibson EDS-1275, a guitarra de dois braços, por acaso, foi adquirida do então famoso Morris Albert. Por sinal, no show do Casa Encantada essa guitarra causou bastante furor no então Teatro Leopoldina, aqui em Porto Alegre…
-pergunta enviada por Sérgio dos Santos Nogueira (Porto Alegre/RS)-

SH – Sérgio, essa guitarra era uma cópia feita pela Giannini, nosso patrocinador na época, a original que eu tinha só tinha um braço.

Oi Sérgio, por quais bandas do rock progressivo inglês você foi diretamente influenciado?
-pergunta enviada por Rodrigo Lee (Poços de Caldas/MG)-

SH – Rodrigo, minha influência sempre foi muito complexa e ouço de tudo um pouco. Mas sem me preocupar com a origem das bandas diria que gosto de Pink Floyd, Genesis e Jethro Tull.

Sérgio, é possível a volta da banda com os integrantes da primeira formação (Amiden, Hinds e Cantuária) tocando clássicos do primeiro álbum? O primeiro álbum da banda mudou minha vida, a maneira de eu ouvir o rock nacional. Seria maravilhoso se canções como “Longe Sem Direção”, “Imagem” e “Yes I Do” fossem executadas ao vivo hoje em dia…
-pergunta enviada por Luciano Manoel-

SH – Luciano, obrigado pelos elogios, mas diria que seria quase impossível essa união novamente, pois estamos trabalhando direto com a formação Eu, Flávio Venturini, Sérgio Magrão e Sérgio Melo.

Assisti a vários concertos do Terço nos anos 70 com a formação Hinds/Magrão/Venturini/Moreno e mais recentemente assisti ao retorno dessa formação com o Melo na bateria e nunca entendi por que vocês nunca tocavam músicas como “Deus” e “Amanhecer Total”, do álbum de 1973, apesar de tocarem coisas mais antigas como “Tributo ao Sorriso”. Afinal esse álbum é considerado “maldito” ou tem outro motivo para vocês não tocarem essas músicas?
-pergunta enviada por José do Carmo Lopes (Campinas/SP)-

SH – José, acho bacana você gostar dessas músicas, nós também, mas na hora de montar o repertório temos que escolher e a escolha além de ser democrática, também fica limitada ao tamanho do show, para não ficar muito longo e cansativo. Qualquer dia, quem sabe, tocaremos essas músicas.

Nos anos 70, por que o Terço resolveu encerrar as suas atividades?
-pergunta enviada por Márcio Abbes (Rio de Janeiro/RJ)-

SH – Marcio, estavávamos cansados das tournês e cada um tinha novos projetos.


Existe filmagem de algum show dos anos 70, como por exemplo no Teatro Bandeirantes? Se afirmativo, isso pode ser editado em DVD?
-pergunta enviada por Roberto Pinoti Munhais-

SH – Roberto, não existem filmagens que tenhamos conhecimento da época.

Sei que no Brasil muitos filmes nacionais tem trilha sonoras maravilhosas como os filmes As Amorosas (1967), Guru das Sete Cidades (1973) e vários outros. Porém, muitas dessas trilhas não existem em vinil. Adorei a trilha sonora de Alelúia Gretchen (1976), principalmente, a abertura com a versão progressiva de “A cavalgada das Valquírias” do compositor alemão erudito, Richard Wagner. Vocês que fizeram todas as músicas e arranjos? Foi essa mais uma trilha sonora que não saiu em vinil no Brasil?
-pergunta enviada por José Natal (Belo Horizonte/MG)-

SH – José, nós fizemos toda trilha sonora e não saiu em vinil.

Em 1989 eu estive em um grande show que você fez com a banda Pirâmide, abrindo o show do glorioso Uriah Heep no extinto Olímpia, em SP. Qual a sensação de ter feito um grande concerto ao lado de um dos dinossauros do rock?
-pergunta enviada por Marcelo-

SH – Foi a banda que eu mais curti abrir o show Marcelo! Eles nos ofereceram os amps e ficaram assistindo todo nosso show no canto do palco aplaudindo a cada música. Ao contrário de outras bandas que abrimos que ficavam tentando boicotar nosso show e competindo todo o tempo.

Vocês eram praticamente os galãs do rock brasileiro dos anos 70, ostentando um visual marcante. As garotas da época comentavam muito sobre você, o Magrão e o Flavinho… Vocês eram mesmo muito assediados pelas fãs? Rolou alguma cantada engraçada, ou envolvendo alguma garota famosa da época?
-pergunta enviada por Claudia Franco (Belo Horizonte/MG)-

SH – Claudia, obrigado pelos elogios, mas as pessoas tendem a super valorizar os artistas. Somos pessoas normais que voltam sua sensibilidade para a música. Qualquer banda de garotinhos como éramos na época são assediados pelas fãs e ficamos com muitas, é claro. Quanto a situações engraçadas existem várias inclusive uma em Porto Alegre que fomos praticamente currados por algumas meninas assim que saímos do palco. Outra em que quase fui preso por um pai raivoso. As famosas que rolaram eram modelos que eram conhecidas só no meio da moda.


A entrevista completa, como várias outras perguntas ao Sergio Hinds você confere na edição impressa da pZ #31. Veja mais detalhes sobre essa edição AQUI

pZ Entrevista Guga (Os Baobás e BeatCousins)

A matéria completa sobre Os Baobás você confere na versão impressa da pZ (edição #31), abaixo a entrevista na íntegra

pZ – Guga, como você foi parar no Baobás?

Guga – Em 1965 eu tocava em um conjunto chamado The BeatCousins, que ganhou o Festival da Jovem Guarda. Fomos contratados para tocar em no reveillon em uma mansão localizada na Granja Julieta, na zona sul de São Paulo… Dentro dos convidados estavam Roberto Corte Real (empresario dos Baobás) e o Jorge Pagura (baterista e líder dos Baobas)…

Eles estavam há algum tempo procurando alguém com um tom de voz para cantar e gravar as musicas “Light My Fire” e “(Sittin’ On) The Dock of the Bay”. Ao verem a minha performance com os BeatCousins eles gostaram e me chamaram para fazer a gravação dos dois compactos.

pZ – Sua primeira gravação com eles foi mesmo “Tonite (Esta Noite)”, o lado B de um compacto da banda que trazia no lado A uma versão para “Light My Fire” dos Doors? Você também participou do lado A?

Guga – “Light My Fire” do Lado A foi a razão principal de eu ser convidado para entrar para os Baobás; fui eu que cantei na gravação… A musica do lado B, “Tonite” é de minha autoria e cantei nela também.

pZ – Em “Tonite (Esta Noite)”, nota-se influências de Country Joe & The Fish, Kinks e Love… Vocês curtiam essas bandas na época?

Guga – Realmente os BeatCousins tinham este perfil e foi onde eu compus “Tonite”… que veio então a ser gravada também pelos Baobás.


pZ – Como foi acompanhar o Caetano Veloso e substituir os Beat Boys?

Guga – Para mim foi uma honra ter acompanhado o Caetano e uma experiência bastante agradável ensaiar com ele.

pZ – Fale um pouco sobre o único LP que vocês lançaram na época. Como foram as gravações? Rolaram muitos shows pra promover o disco?

Guga – A gravação do LP foi feita em vários estúdios no centro de Sampa. Me lembro particularmente da gravação de uma música dos Doors, ‘Hello I Love You,’ em que estávamos na terceira tentativa de gravação e no meio da música a luz acabou no estúdio…Foram verificar na rua o que poderia ter acontecido e notaram que somente no estúdio é que estava faltando energia.

Olhamos na caixa de entrada de eletricidade do estúdio e encontramos a causa do problema: um rato, que estava andando por ali e pisou em duas das fases, causando um curto circuito… Do rato só sobrou o esqueleto, grudado nas fases elétricas, e um cheiro de churrasco incrível…Todos fomos ver o ocorrido, e ninguém quis comer lanche naquele dia, mas enfim, a gravação continuou. Toda vez que eu ouço, ou canto ‘Hello I Love You’ eu me lembro do pobre rato.

pZ – Esse álbum hoje vale uma pequena fortuna, principalmente no exterior. O que você tem a dizer sobre isso? Você imaginava na época que os Baobás se tornariam uma banda tão cultuada, inclusive internacionalmente?

Guga – Sim… eu acredito nos anos 60… pois foi quando a música morreu… (pra mim pelo menos) não existia comunicação, e os jovens se comunicavam muito através das garage bands que existiam nos vários bairros de Sampa… Como os BeatCousins eram os idolatrados da Zona Sul de Sampa… os Baobás reinavam no Jardim América e na região da Augusta… e assim por diante em toda a cidade…

Eu tanto acreditava nos Baobás como nos BeatCousins e também em muitas outras Garage Bands, que certamente seriam ser parte figurante na historia do rock no Brasil. Esta é nossa historia para contarmos para as futuras gerações…

Procuro guardar fotos e inclusive cópias de gravações e tenho comigo rolo de fitas, tanto dos Baobás como dos BeatCousins, que gravaram programas do ‘Quadrado e Redondo’ para a TV Bandeirantes. Todas essas fitas foram perdidas em incêndios na TV bandeirantes, assim como nos estúdios da Mocambo; mas eu guardei algumas cópias feitas destas gravações… e digo mais, aguardem, pois já enviei cópia deste material para Europa, onde eles valorizam muito essa época das Garage Bands e logo logo vamos ter lançamentos não só dos Baobás, mas também dos BeatCousins.

pZ – Antes dos Baobás você fez parte do BeatCousins, um dos mais famosos conjuntos de Garage Band da Zona Sul de São Paulo entre 1964 e 1966. Quais as melhores lembranças dessa época?

Guga – Qualquer um que assistir os vídeos no YouTube vai notar que o grupo era bem família. Eu tinha 18 anos e a menina que aparece abraçada ao meu lado quando apareço cantando tinha 16 anos não completos e virou minha esposa. Todos os integrantes do conjunto eram primos irmãos. Nos inscrevemos no 1º festival da Jovem Guarda e ganhamos em 2º lugar… foi um sucesso que alavancou o conjunto.

O bairro do Brooklin e Santo Amaro foram em peso ao teatro Record na época… uma doidera total… O sucesso chegou a subir em nossas jovem cabeças…

Tocávamos 99% das vezes nas festas dos colégios Americanos “Chapel e Graded School”, por isto nosso repertório era inédito, em função dos estrangeiros que traziam discos de fora que não eram lançados no Brasil na época, e claro, nosso repertório era imenso e todo baseado em singles.

Como disse antes, tanto os BeatCousins como os Baobás terminaram primeiro porque a comunicação mudou. Havia acabado o tempo das Garage Bands… A música tinha morrido… E segundo porque tínhamos que entrar numa faculdade e se formar…

pZ – Como rolou o lance da Nestlé? Vocês foram convidados para gravar a primeira propaganda do Nescau para a TV e inclusive aparecem no comercial, certo?

Guga – A Nestlé procurava na época um conjunto que representasse algo bem “família” e que fossem todos “lindinhos”… Na época (pelo menos na zona sul) era moda todos os adolescentes fazerem um book junto às agências de propaganda e nós fizemos um book do conjunto com uma produtora da JW Thompson e o “mosquito” da produtora nos descobriu… Nunca mais o vi… gostaria de agradecer a ele e trocar algumas memórias…

pZ – The BeatCousins chegou a gravar algum compacto na época? Existe material desse período?

Guga – Os BeatCousins gravaram nos novíssimos estúdios da TV Bandeirantes algumas músicas que seriam escolhidas para o Programa “Quadrado e Redondo” que chegou a ser top na época. Infelizmente a TV Bandeirantes pegou fogo e todo o estúdio com o material foi destruído, mas eu guardei uma cópia… Inclusive no vídeo do YouTube, a musica “Daydream Believer” é uma destas cópias que eu tenho da época. As cópias foram gravadas em fitas cassete e depois digitalizadas, por isto a qualidade não é tão boa…

pZ – Você chegou a ter amizade com algum integrante dos Mutantes?

Guga – Sim, eu os conheci durante os programas que tocamos juntos com o Caetano… Mas os Mutantes, o nome já diz tudo; eles não eram uma Garage Band. Eles eram a próxima geração; a mutação. Os doidos, os loucos, os psicodélicos. Nós havíamos morrido pra eles…

As fotos são do arquivo pessoal do Guga.
Mais detalhes sobre a edição atual da poeira Zine AQUI

Michael Schenker em Sampa e com Carmine Appice!

poeiraCast#40 no ar!

13th Floor Elevators + Copa do Mundo 2010
Ouça abaixo:



Faça a sua pergunta para o Sergio Hinds!

Participe da seção Perguntas e Respostas da poeira Zine!

São questões direcionadas a um determinado músico e dessa vez teremos SERGIO HINDS, guitarrista do lendário O TERÇO.

Agora o mais bacana de tudo é que vocês é que irão fazer as perguntas!

Basta mandar a sua pergunta para o e-mail contato@poeirazine.com.br

As melhores questões serão encaminhadas para o músico e publicadas na próxima edição, com o devido crédito ao autor.

O prazo para envio das questões é até o dia 15 de junho (próxima terça-feira).

Mãos a obra pessoal!

Aerosmith (Parque Antártica, São Paulo, 29/05/10)

por Bento Araújo (www.poeirazine.com.br)
Fotos de Marcelo Rossi (www.fotogaleria.com.br)

Parecia um sonho assistir o Aerosmith pela terceira vez em Sampa: em 1993 eles vieram em pleno gás da tour de Get A Grip; voltaram em 2007, novamente no gigantesco estádio do Morumbi, e agora se apresentaram no menor, mais aconchegante e bem mais bem localizado estádio do Palmeiras, o Parque Antártica.

Depois de muita lavação de roupa suja em público e ameaças de processos, a banda fez as “pazes” afetivas e financeiras e voltou a excursionar com Steven Tyler, que chegou inclusive quase a ser demitido do grupo. Para o bem geral da nação do rock n’ roll, Tyler voltou, e assim continua dando sequência à saga da gloriosa banda, uma das poucas no globo que ainda pode bater no peito e bradar que está na estrada com sua formação clássica original, a mesma que gravou o primeiro álbum lá em 1973.

A abertura do show desta noite ficou por conta do Cachorro Grande, que fez uma bela apresentação; com a garra, energia, simpatia e rock de sempre. Bela escolha dos organizadores como supporting act!

Depois de um intervalo, desce da parte superior do palco o imenso pano negro com a logomarca da banda, para o delírio dos presentes. Atrás da cortina, adentra ao palco cinco autênticos rock n’ survivors e a coisa esquenta pra valer com a percussão tribal jorrando dos PAs, sim, é “Eat The Rich”, que coloca o estádio do Palestra Itália abaixo em questão de segundos…

Ali na frente do palco o som estava bom, coisa rara aqui no Brasil, e foi muito agradável encontrar esses nossos velhos companheiros: Brad Whitford está diferente, com visual meio “mano”, com óculos escuros e toca de rapper; Tom Hamilton continua elegante e discreto como sempre; Joey Kramer mantém o gás e seus “tiques” típicos dos bateristas; Steven Tyler é um mestre da performance e do entretenimento rocker, com milhares de pessoas nas palmas de suas mãos durante todo o show; e Joe Perry… Espera um pouco, esse cara merece um parágrafo só pra el e…

Cheguei no Parque Antártica, peguei minha cerveja e busquei o lado direito do palco, onde Joe “fuckin’” Perry logo estaria começando mais uma de suas aulas de puro rock. No primeiro módulo ele ensinou como se vestir: couro dos pés a cabeça, digno de um sujeito com pedigree no assunto, membro de um seleto time de caras como Marlon Brando, Gene Vincent, Jim Morrison e John Lennon no comecinho, na época de Quarryman; todos devidamente trajando couro negro. No segundo módulo, o mais extenso da aula do dia, Perry demonstrou como tocar guitarra, ter pegada autêntica, ter carisma no palco e ainda como ser um cara de estilo único, assimilando os ensinamentos de seus três guitar heros dos Yardbirds (Page, Beck e Clapton) e passando adiante isso tudo, influenciando caras como Slash e 99% dos guitarristas do hard rock dos anos 80. Em certos momentos do show, Perry duelou com sua versão virtual do game Guitar Hero no telão, garantindo e mostrando que a “the real thing” é sem pre infinitamente superior; e em outros, usou o teremin, instrumento imortalizado no rock por Jimmy Page. Perry também desfilou algumas de suas 600 guitarras: Stratos, Les Pauls, SGs, peças de um ou dois braços, e sua clássica Dan Armstrong transparente de corpo sólido em acrílico. Que sustain!

A segunda canção da noite foi uma surpresa para os fãs das antigas, “Back In The Saddle”, hino que abre o disco mais denso, dark e dopado da banda, Rocks, de 1976, um ano em que cerca de 80% da plateia dessa noite sequer havia nascido. Impressionante a quantidade de teens no show do Aerosmith, banda que graças a seu renascimento comercial e criativo no final dos anos 80 vem reciclando seu público a cada instante. Falando dessa fase de renascimento, a próxima é “Love in an Elevator”, do disco Pump, de 1989, um marco da fase mais “moderna” da banda.

De se louvar também o fato do grupo a cada apresentação mudar seu set list, dando um toque de aventura e surpresa no show. Al ém disso, são poucas as bandas que podem se dar ao luxo de fazer três shows diferentes, repleto de hits, sem repetir nenhuma canção; e o Aero tem bala na agulha suficiente pra isso. Esse tipo de coisa fica nítida na medida em que o show ia se desenrolando: “Falling in Love (Is Hard on the Knees)”, “Pink”, “Livin’ on the Edge”, “Jaded”, “Crazy” e “Crying”. Nessa última, Steven Tyler faz tradicionalmente aquele solinho de gaita no final; o fato hilário da noite é que ele não achava a sua gaita, e ficou procurando nos bolsos de sua calça. O instrumento estava lá onde você deve estar imaginando: Steven lascou a mão nas suas partes íntimas, deu uma “cheiradinha” nas mãos e na gaita (para as gargalhadas do pessoal) e mandou ver em seu solo. No telão de alta definição no fundo do palco, câmeras captavam a plateia: garotinhas adolescentes mostrando um coração de pelúcia com o nome “Steven Tyler” estampado… Pois é, Tyler, com seus 63 anos nas costas, passado junkie, e corpinho de 3 0, bate ombro a ombro com qualquer banda teen. Ainda bem que essa garotada está no show do Aerosmith, mas pelo visual de algumas garotinhas da plateia, bem que elas poderiam estar no show dos Jonas Brothers. Hilário.

Em “Dream On”, a composição mais dramática e liricamente séria da banda, o estádio entra em transe com Tyler e na excelente “Kings and Queens” o vocalista promove uma volta no tempo a 1977, época de Draw The Line. No comecinho de “What It Takes”, Tyler vai para a ponta do palco e canta sozinho as primeiras frases da música. Quer dizer, quase canta, pois a galera literalmente tira o microfone de suas mãos para cantar em uníssono; o cara, é claro, fica visivelmente emocionado e vai à loucura com os paulistas. “You Rock São Paulo” ele gritaria no final do show…

A melhor faixa da noite foi a clássica “Lord of the Thighs”, de Get Your Wings, de 1974, época em que o grupo era genuinamente perigoso a ponto de Tyler posar na capa com seu lenço repleto de drogas penduradas. Nesse momento do show o clima pesava e o Aerosmith voltava a ser a banda que topava qualquer parada nos anos 70. Rock pra cacete, com direito a muito improviso (com Whitford mandando ver num belo e longo solo e Tyler nas maracas). O clima continuou vibrante em “Stop Messin’ Around”, “Sweet Emotion” e “Baby Please Don’t Go”. Em “Sweet Emotion”, Perry desenterrou seu indefectível talk box, um artefato para guitarra muito usado nos anos 70, e totalmente fora de moda atualmente, assim como o teremin. No meio da canção, parecia que estávamos vendo o Led Zeppelin em alguma parte de “Whole Lotta Love”, com Joey Kramer inclusive brincando com ataques e viradas inspiradas nas de John Bonham. Delírio total! Durante o solo de Kramer, Tyler deu uma canjinha, atacando surdos e tons com suas baquetas. Pra quem não sabe, ele era baterista no início de sua carreira musical.

Outro ápice da noite foi “Draw the Line”, com Perry assumindo de vez a imagem bad boy da ba nda. Com sua guitarra transparente de acrílico, e seu slide infernal, o guitarrista foi minando a canção que literalmente explodiu no final, com Perry descendo ensandecido do praticável da bateria e rolando pelo chão, com guitarra e tudo! O guitarrista se levantou e deixou o palco com o restante da banda a tiracolo… Na escuridão completa, sua guitarra agonizava, ainda no chão, emitindo feedbacks e microfonias por um bom tempo. Era o final mais apropriado de um set perfeito…

Para a encore a banda voltou com tudo. Um roadie pendurou uma bandeira brasileira com o símbolo do grupo nos amplificadores de Tom Hamilton e Joey Kramer puxou a batida inconfundível de “Walk This Way”. Festa total no estádio. A despedida foi com a visceral “Toys in the Attic”, em versão ainda mais vitaminada do que a do disco homônimo de 1975. Adrenalina pura.

Tudo termina, e com as luzes do palco todas acesas, Tyler apresenta a banda toda… Perry fica por último e na sequência apresen ta Tyler como “o maior vocalista do planeta”. A multidão entra em colapso e grita ao mesmo tempo… Parece que pelo menos no palco, Tyler e os rapazes estão novamente de bem com a vida e com o rock n’roll… LET THE MUSIC DO THE TALKING!

UFO – (Carioca Club, São Paulo, 26/05/10)

por André Todessano

Os fãs paulistas estão em êxtase. Depois de assistir ao Michael Schenker no ano passado, finalmente tivemos a chance e o prazer de conferir essa verdadeira lenda do rock pesado britânico dos anos 70.

Um bom público compareceu nessa noite de quarta-feira para assistir a banda de Phil Mogg deitar e rolar. Mogg, o comandante, continua em forma, assim como seu comparsa Andy Parker (baterista original do grupo) e o tecladista/guitarrista Paul Raymond, com o UFO desde 1977. Na linha de frente mais “moderna” da banda estão Vinnie Moore e o inexpressivo baixista Rob de Luca. Eu não gostaria de ser rude com o jovem baixista, mas ele parece mais uma pobre menininha… Falta pegada e atitude, ainda mais para quem está ali ocupando um posto que já pertenceu a um sujeito chamado Pete Way, lenda insana do rock. Moore toca pra cacete, é extremamente competente, mas na minha opinião não combina nem um pouco com o estilo mais classudo e melódico do UFO. Infelizmen te ele descaracterizou muitas passagens sagradas de Schenker, inserindo milhares de notas e malabarismos desnecessários, que só impressionam adolescentes que acabaram de ganhar uma guitarra de presente do pai… É show de rock ou “Circo Imperial da China”?

Por um lado é bom, pois uma garotada fã de Moore comparece em peso no show e conhece o magnífico e rico repertório do grupo, mas por outro, acaba minando um pouco a paciência dos fãs do velho UFO de Michael Schenker, que reinava nos anos 70.

A banda abriu com a energética “Let It Roll”, uma ótima escolha para se abrir um set, e logo emendou com a zeppeliana “Mother Mary”, outro clássico. A mais recente “When Daylights Goes to Town” não empolgou muito, já “Out in the Streets” e “This Kids” foram arrasadoras. Era um barato olhar ao redor e ver a galera simplesmente enlouquecendo com a banda. Muito marmanjão que já passou dos 50 estava enxugando as lágrimas com a próxima da noite, “Only You Can Rock Me”, clássic o que abria o disco “Obsession”, de 1978, o derradeiro de estúdio com Schenker nos anos 70.

Mogg se esforçava para falar algo em português, e logo no início ganhou a plateia com sua simpatia e carisma. A única mancada do vocalista foi usar muito delay na voz em algumas passagens (foram poucas, é verdade, mas ficou meio cafona). “Hell Driver” do disco mais recente, “The Visitor”, foi bacana, mas completamente ofuscada pelo tema épico que veio depois, “Love to Love”, uma das composições mais belas, ousadas e sinfônicas da banda. A grande “I Ain’t No Baby”, também do “Obsession”, foi outra grata surpresa, seguida pela esperadíssima “Too Hot to Handle”, que terminou com todo mundo dando uma de Hendrix e tocando seu instrumento “nas costas”, o momento Spinal Tap da noite.

Na sempre obrigatória “Lights Out” o Carioca Club balançou, com Mogg deixando para a última estrofe o esperado “Lights Out in São Paulo”, ao invés do “Lights Out In London”, uma tradição ainda mant ida pelo frontman.

Para o bis, tivemos dois clássicos do álbum “Phenomenon”, de 1974: “Rock Bottom”, em versão extensa, aquela imortalizada no ao vivo “Strangers in the Night”; e “Doctor Doctor”, o maior hit da banda, que emocionou a todos. Foi de lavar a alma, Andy Parker estava visivelmente emocionado com a vibração da galera, e assim terminava essa pura aula de rock n’ roll.

Parabéns aos organizadores do evento, o time da Advance Work Order Production, que finalmente saciou a sede dos fãs brasileiros do UFO. Let it Roll, Let It Roll!

Johnny Winter – Via Funchal (São Paulo – 22/05/2010)

Por Bento Araújo (www.poeirazine.com.br)
Fotos de Felipe Gorczeski
(email: philtheblues@gmail.com / twitter: @philltheblues)

Sem brincadeira, desde que me conheço por gente, tomei conhecimento de que Johnny Winter “viria” se apresentar no Brasil por no mínimo umas seis vezes. Winter é disparado o campeão de cancelamentos por aqui… Seus shows eram marcados e divulgados, os ingressos eram vendidos, e na hora “H”, o show era cancelado sem mais explicações. As desculpas eram as mais diversas possíveis: “Johnny não aguenta mais fazer longas viagens de avião, por isso ele nunca vai vir tocar aqui”; “o remédio que ele toma não pode entrar no país”; etc, etc, etc. Desde meados dos anos 80 era a mesma história. Isso chegou num ponto que quando alguém chegava pra mim e dizia: “Você viu que vai ter show do Johnny Winter?” eu simplesmente dizia: “Conta outra… Esse eu só acredito vendo, ali na cara do palco”.
Confesso que dessa vez, quando o show foi marcado, algo me dizia que agora iria rolar pra valer… Era a nossa chance de ver aquele texano que surgiu para o mundo da música em 1969, e que desde a sua aparição no Festival de Woodstock, naquele mesmo ano, não parou de brilhar na cena do rock e do blues.

Winter veio, apareceu de verdade dessa vez, e que emoção! Tanto ele como a platéia parece que sabiam disso, todos sabiam que o encontro havia demorado décadas, mas finalmente havia chegado. Winter veio andando com dificuldade, sentou no seu banquinho e mostrou para os brasileiros o que é música feita com emoção e verdade. Sabedoria pura jorrando de sua guitarra e de seu microfone…

A banda de apoio era sensacional, todo mundo com energia, pegada e técnica na medida. Do lado direito de Winter, o guitarrista Paul Nelson, seu Messias, o cara que o trouxe de volta aos palcos e aos discos. Todos nós brasileiros devemos uma cerveja a Paul, pode apostar!

O som estava bom, coisa rara em se tratando de Brasil e Johnny fez um set especial, tocando clássicos especialmente pinçados para sua tour brasileira, tirando do baú temas que ele há tempos não tocava em suas tours pelo exterior. O show foi transmitido no telão, porém o equipamento de vídeo da Via Funchal é uma decepção completa. Imagem borrada, sem definição alguma. Em plena era de ouro da resolução HD, você paga 300 reais para assistir um show exibido num telão com resolução digna de uma fita Betamax… Lamentável.

Quando Winter detonou uma sublime versão de “Good Morning Little School Girl” (aquela mesma que aparece em seu primeiro álbum pela Columbia/CBS, de 1969), todos já estavam rendidos. O que dizer diante daquela entidade da história da música; peça única da história do rock e do blues? O jeito era curtir cada solo, cada slide do mestre…

Hendrix foi homenageado com uma emocionante e longa versão de “Red House”, que ainda teve citações a “Sunshine Of Your Love” do Cream. Outros destaques do set foram “She Likes To Boogie Real Low”, “Hide Away”, “Bonny Moronie”, “It’s All Over Now” e a sempre obrigatória releitura de “Highway 61 Revisited”, de Bob Dylan, que surgiu como encore, onde Winter surgiu carregando sua legendária Gibson Firebird, sua antiga companheira de guerra.

Winter saiu completamente ovacionado. A emoção era palpável no ar, a lenda deu sua graça por aqui. Quem ficou em casa perdeu. Muitos disseram: “se for para ver Winter nesse estado quase terminal, eu prefiro não ver”… Mal sabem eles, que mesmo ali sentadinho, com dificuldade de andar e quase não enxergando nada; nosso novo velho amigo albino deu uma aula, tocando com garra e paixão, e mostrando muita verdade em cada nota.

Foi surpreendente? Sim, muito, pois eu mesmo confesso que não estava esperando tanto dessa apresentação. Foi mais que um show, foi uma aula de simplicidade, de história, de veracidade musical e de vida; enfim, uma aula de blues…

Contrastando infinitamente com o show do dia anterior, (ZZ Top, também na Via Funchal), Johnny Winter e sua banda tiraram o atraso de décadas em questão de horas, mostrando a força e a simplicidade do verdadeiro blues texano. Que Deus abençoe o nosso novo/velho amigo Johnny…


Na nova edição da revista poeira Zine você confere um artigo especial sobre o início da carreira de Johnny Winter. Mais detalhes no site www.poeirazine.com.br

ZZ Top – Via Funchal – São Paulo (21/05)

Por Bento Araújo (www.poeirazine.com.br)
Fotos de Felipe Gorczeski
(email: philtheblues@gmail.com / twitter: @philltheblues)

Finalmente tivemos o trio texano ao vivo no Brasil!

Com 40 anos de carreira, o ZZ Top é uma das pouquíssimas bandas que permanecem na estrada com sua formação original (Billy Gibbons, Dusty Hill e Frank Beard), e isso sempre faz uma bela diferença, principalmente quando você tem que dispensar uma astronômica quantia de reais para assistir um show internacional no país ultimamente…

O trio se apresentou por duas noites na Via Funchal, em São Paulo; na primeira (quinta-feira), lotação completa da casa, com a galera simplesmente indo à loucura. Na segunda noite, ingressos mais caros (R$500 para assistir um show de rock só pode ser gozação! Onde isso vai parar?), e mesas ao invés de “pista”. Um bom público compareceu, mesmo que a empolgação tenha sido mais alta no primeiro dia, isso literalmente conectado ao fato de ser a tradicional “pista” na primeira noite, o que torna qualquer apresentação mais “calorosa”. Quem pintou nos dois dias disse: “o primeiro dia foi mais animado, mas o segundo foi melhor, pois o som estava mais redondo”.

Engraçado o público do ZZ Top hoje em dia… 20% dele é formado por die hard fans, aqueles que vibraram quando Billy Gibbons puxou a introdução maravilhosa de “Brown Sugar”, música do primeiro disco do trio, de 1971; ou quando Gibbons tira do case sua legendária Pearly Gates (sua Les Paul do coração) para detonar no slide e mandar uma versão arrasa quarteirão de “Just Got Paid”, original lá do segundo álbum deles, Rio Grande Mud, de 1972. Os demais 80% do público são a geração MTV, ou geração Kiss FM (a rádio Classic Rock aqui de Sampa City), uma galera que vai a loucura com “Gimme All Your Loving” e nada mais.

O ZZ Top teve duas fases distintas em sua carreira. Quando eram uma verdadeira banda de blues e rock no melhor formato power trio, e outra quando foram talvez a banda que mais se beneficiou da era dourada dos vídeo clipes e da MTV, no início dos anos 80. Pra geração que cresceu assistindo o trio na TV, nos clipes de “Gimme All Your Loving”, “Legs”, “Sharp Dressed Man” e “Got Me Under Pressure”, e com o Eliminator na vitrola; o show foi simplesmente sensacional, pois todas essas faixas foram incluídas no set. Já para quem curte a Little Old Band From Texas dos anos 70, e esperava algo ao vivo na pegada do lado on stage do álbum Fandango, ou do DVD deles registrado pelo programa da TV alemã Rock Palast (em 1980), algo ligeiramente decepcionante insistia em pairar no ar da Via Funchal.

O problema maior do ZZ Top é que depois que eles descobriram essa mina de ouro que foi o disco Eliminator, de 1983, os caras se acomodaram e o fervor de antigamente ficou um pouco encoberto.

Tudo é extremamente super produzido: um puta palco, um mega telão, um som de bateria poderoso e um kit de bateria em si que parece que vai levantar vôo a qualquer instante. Tudo muito high tech para uma banda de blues rock, certo? Em alguns momentos, como na versão bizarra de “Viva Las Vegas”, e em “Sharp Dressed Man” e “Pincushion”, você pode jurar que os caras estão encenando, tocando por cima de algo pré-gravado. Isso é uma acusação muito séria de ser feita… Veja bem, não estou dizendo que os caras do ZZ Top deram uma de Madonna e fizeram “playback”… Apenas estou ressaltando que tudo soa tão redondo, tão polido e pasteurizado, que fica difícil de acreditar que tudo aquilo que vem do palco está realmente acontecendo 100% ao vivo. São camadas e mais camadas de efeitos que surgem nos PAs; sons eletrônicos de bateria, sequencers e samplers. Até os vocais em alguns momentos soam tão altos (digo no alcance das notas) e redondinhos, que parecem ser pré-gravados, principalmente num ou outro refrão da era Eliminator. Em se tratando de um power trio com base no blues, falta totalmente algo mais orgânico e visceral no palco; falta improviso, falta jams…

Claro que Billy Gibbons é um gênio de seu instrumento. O cara continua tocando pra cacete, com um timbre espetacular de guitarra, bom gosto de sobra e uma malandragem digna de um velho bluesmen negro do Mississippi. Ele não toca, ele brinca com sua guitarra e o resultado é fenomenal, empolgante mesmo. Sua simpatia com o público brazuca também tem que ser mencionada, falando várias frases em português, brincando com duas “amigas” sensacionais que subiram ao palco e curtindo cada instante do show. Gibbons é o mestre de cerimônias e até mesmo seu antigo comparsa Dusty Hill fica ofuscado pelo brilho do guitarrista. Dusty cantou algumas faixas, mas pareceu bem mais introspectivo e tímido do que antigamente. Talvez seja o peso da idade ou a hepatite grave que ele enfrentou há alguns poucos anos atrás… Já Beard é totalmente apático. Não olha para o público um minuto sequer, entra e sai de cabeça baixa. Quem brilha o tempo todo é Gibbons…

Bons momentos da noite foram a dupla “Waitin’ for the Bus” e “Jesus Just Left Chicago”; duas clássicas do excelente Deguello (“I’m Bad, I’m Nationwide” e “Cheap Sunglasses”); a homenagem a Hendrix com “Hey Joe” e um trechinho de “Wind Cries Mary”; a balada “I Need You Tonight”e a encore obrigatória de “La Grange” e “Tush”. Ponto baixo: a fraca “Party On The Patio”, do decepcionante álbum El Loco, de 1981. Ao invés dela, poderiam certamente ter incluído mais material de discos obrigatórios como Fandango e Tejas.

Minha avó sempre diz: “Quem fez fama deita na cama”, é exatamente esse o caso do ZZ Top. Uma banda que sabe como ninguém dar um show, porém no melhor estilo Las Vegas. A banda encontrou sua forma com Eliminator e até hoje bate na mesma tecla. Os shows são parecidos desde então: a genialidade de Gibbons permanece ali o tempo todo, meio encoberta por uma maçaroca de efeitos eletrônicos. No trecho “blues” do show, Gibbons faz valer cada centavo, mas quando o ZZ TOP vai se tocar e fazer um show totalmente “stripped”, como nos velhos tempos? Os três caras, seus instrumentos e nada mais.

Talvez a idade não permita mais, então Gibbons, Hill e Beard apertaram o botão “safe mode”, ou “comfort zone”, e levantaram vôo com seu carrão vermelho, assim como na capa de Afterburner. A zona de conforto que o grupo habita desde 1983 não permite riscos e aventuras típicos do improviso; “bolas na trave”, desafinadas e microfonias também não são permitidas, a máquina não permite…

Uma antítese do blues feita por quem manja do riscado, certo?
É o poder do dólar meu chapa…

Long Live Rock n’ Roll and Long Live Ronnie James Dio

1942-2010

Cracker Blues na Feira da Pompéia!

poeiraCast #35 no ar, direto de New Orleans!

Já está no ar a edição #35 do poeiraCast, gravada em New Orleans, após o primeiro fim de semana do New Orleans Jazz & Heritage Festival.

Bento Araújo recebe os convidados especiais Cristiano Caputi, Bruno Braga e Hugo Almeida para falar sobre os shows, a cidade de New Orleans, as lojas de discos, as comidas típicas e muito mais…

Ouça o programa no player abaixo, ou baixe agora mesmo clicando
AQUI
e
AQUI

poeiraCast #34 no ar!

Ginger Baker + Discos de estúdio executados ao vivo na íntegra

http://pzcast.podomatic.com/ ou http://tiny.cc/epa2a

O site será atualizado posteriormente, mas o poeiraCast#34 já pode ser ouvido e baixado nos links acima…

Copa Fest é show!

Vc Sabia? #1 – Jeff Beck

Você sabia que Jeff Beck abandonou a palheta e começou a tocar com os dedos puramente por uma questão de “bebedeira”?

Beck declarou para a revista Uncut:
“Quando a bebedeira bateu forte nos anos 70 eu comecei a deixar a palheta cair durante os shows, pois estava completamente bêbado… Ao invés de ficar procurando pela palheta como um idiota pelo chão do palco escuro, resolvi seguir adiante tocando com os dedos e foi como ter um motor com um turbo extra, foi maravilhoso. Você pode fazer muito mais com os dedos do que com a palheta. É um som mais pessoal, muito mais controlado…”.

pZ no blog de Mick Box!

Mick Box, o guitarrista do Uriah Heep, fala sobre a edição mais recente da pZ em seu Blog!

Box escreveu:

“I received through the post this week a rock music magazine called Poeira Zine from Brazil, that is mostly dedicated to Heep in the Byron years 1970-1976. We are on the cover with the Byron/Kerslake/Wetton/Hensley/Box line up, and inside there are some really cool pictures of the line ups between those years. Obviously I cannot read a word, but apart from the front page there are 16 pages dedicated to our history. It looks great, and hopefully it is an enjoyable read. It is nice to have that sort of press in that territory, as it would be lovely to tour there again. Previous trips have been great, and I would love for the band to be out there again.”

Clique AQUI para conferir o blog do guitarrista.

Vote nos maiores hinos do Rock Sulista!

“Whipping Post”, “Freebird”, “Green Grass and High Tides”, “Sweet Home Alabama”, “Fall Of The Peacemakers”, “Highway Song”, “Midnight Rider”, “Can’t You See”?

Quais os maiores hinos do Southern Rock na sua opinião?

Mande um email para o contato@poeirazine.com.br com os dez (10) maiores hinos do estilo na sua opinião!

Os mais votados irão aparecer na próxima edição da pZ, a ser lançada em maio.

Caso você queira refrescar sua mente com alguns desses clássicos, clique AQUI

PZ

New Orleans Jazz & Heritage Festival 2010

Começou a contagem regressiva para a festa pessoal!
Quem tiver interesse em participar, entre em contato com a gente pelo contato@poeirazine.com.br
Estamos fechando os pacotes esta semana! O deadline é dia 19/03, sexta feira.

Extras pZ #29: Uriah Heep

Abaixo, alguns trechos da entrevista com Ken Hensley que ficaram de fora da edição impressa da poeira Zine…

poeira Zine – Qual foi a sua primeira impressão do pessoal do Spice?
Ken Hensley – Minha primeira impressão surgiu quando eu ouvi as gravações que eles haviam feito com Gerry Bron em estúdio. Gostei dos vocais e da musicalidade do grupo, mas o que mais me impressionou foram as canções; a liberdade que eles tinham para criar e o jeito de trabalhar da banda, que era diferente do que eu estava acostumado…

pZ – Como aconteceu a gravação das suas partes no primeiro álbum do Uriah Heep?
KH – Na verdade foi bem rápido e fácil… Naqueles tempos, nenhum de nós estava envolvido com a produção, então tudo o que gente tinha que fazer era tocar e tocar… Gerry e o Peter cuidavam da parte técnica… O que eu mais me lembro dessas sessões era a excitação e o alto astral entre todo mundo.

pZ – Como era o seu relacionamento com Gerry Bron e com a Bronze Records?
KH – No início a minha relação era ótima com todo mundo. Todos estavam fazendo uma boa grana; Gerry estava construindo seu império e todos estavam felizes. Os problemas que tivemos com drogas, álcool, egos, queda nas vendas dos discos e tudo mais, acabaram afetando não só a gente, mas também os que dependiam da gente. A maior parte do staff do selo não estava sendo afetada com isso, até que o final surgiu pra valer.

Um mega especial com o Uriah Heep você confere na edição atual da revista poeira Zine (#29). Mais detalhes no www.poeirazine.com.br

Extras pZ#29: Uriah Heep

Dois “boxes”, que puramente por questões de espaço, ficaram de fora da pZ 29…

Walking in Your Shadow

As harmonias vocais do Uriah Heep sempre foram um caso à parte. Dependendo do line-up, em algumas ocasiões o grupo contava com até cinco vozes simultâneas nos discos e nos shows. Quem relembrou exatamente isso foi o baixista da primeira formação da banda, Paul Newton:

“Muitas pessoas concordam que aquelas nossas tradicionais harmonias ‘em falseto’ foram uma enorme influência para muitas outras bandas que vieram depois da gente, como o Queen, por exemplo. O Heep foi o primeiro grupo a experimentar com esse tipo de coisa… Fomos a primeira banda de rock pesado a tocar boa música com bons vocais de apoio. Mesmo o Deep Purple não usava vocais de apoio nos shows… e o Zeppelin, mesmo sendo aquele arraso, ao vivo não contava com um vocal de apoio para a voz de Robert Plant. Esse lance vocal ficou forte entre a gente após a entrada de Ken Hensley na banda, com ele passamos a ter um segundo vocalista principal.”

Quem também se anima a falar sobre o assunto é Mick Box, que fez a seguinte declaração em exclusividade a poeira Zine: “No começo dos anos 70 nós fomos a primeira banda do rock pesado a utilizar as harmonias vocais como uma espécie de instrumento. Era algo muito poderoso, nossa marca registrada. Muitas bandas depois vieram utilizar esse mesmo conceito e isso é sensacional. Há muitos anos atrás, estávamos fazendo uma tour pela América e fomos convidados para participar de um programa de rádio, gravado ao vivo. No meio do bate papo e DJ nos deu parabéns pelo nosso novo single. Imediatamente eu respondi: ‘mas nós não temos nenhum novo single’. O DJ, espantando, falou: ‘ora, me refiro a este single’ e colocou “Run To The Hills” do Iron Maiden no ar (muitos risos)! Um outro DJ nos chamava de Beach Boys do Heavy Metal!”

Além do Queen, outra banda que se influenciou diretamente pelos vocais harmônicos em falsete do Uriah Heep foi o Sweet.

July Morning

Jimmy Page sempre usa uma expressão para definir a riqueza musical do Led Zeppelin: “Light and Shade”. Na verdade se trata das nuances pesadas e suaves que o Zeppelin sempre curtiu inserir em seus mais imponentes temas. Muitos outros hinos dos anos 70 também utilizaram essa fórmula (“Aqualung”, “Freebird”, “Child In Time”, etc.) e o Uriah tratou de usar exatamente isso numa de suas mais inesquecíveis canções.

“July Morning” surgiu no terceiro disco do grupo (Look At Yourself) e tornou-se um sucesso imediato não só entre os fãs da banda, mas também entre o público em geral. “July Morning” foi uma junção de duas ou até três diferentes canções.

Para deixar o final da canção ainda mais pomposo e elaborado, Gerry Bron sugeriu uma canja de Manfred Mann, que poderia demonstrar um pouco de uma novidade que ele estava usando, o Moog. Mann odiou o seu solo, mas Bron adorou, para desespero de Ken Hensley, que dizem as más línguas, ficou extremamente enciumado pelo fato de Bron trazer outro músico famoso da época para tocar teclados em sua composição. Essa rivalidade entre os dois (Hensley e Mann) foi reacendida tempos depois, durante um show na América, onde o Heep dividiu o palco com o Manfred Mann e foi vaiado pelos fãs do último. Furioso, Hensley deixou o palco em prantos…

Sucesso no mundo todo, no entanto, na Bulgária, “July Morning” tomou proporção gigantesca com a criação de um evento hippie de mesmo nome. Centenas de pessoas de todo o país viajam, geralmente de carona, para a costa de Black Sea no dia 30 de junho para conferir os primeiros raios de sol da manhã do primeiro dia de julho, a “july morning” propriamente dita. Além de celebrar a imortalidade da música do Uriah Heep, o evento marca o início das férias no país e o ápice do verão europeu.

Um mega especial com o Uriah Heep você confere na edição atual da revista poeira Zine (#29). Mais detalhes no www.poeirazine.com.br

pZ #29 Extras: Airto Moreira

Texto de Ugo Medeiros

Quarteto Novo (Quarteto Novo) *****
Um dos discos mais importantes da música brasileira, perfeito do início ao fim. Os quatro músicos uniram a bossa nova e o jazz à rica sonoridade nordestina. “O Ovo”, uma das primeiras composições de Hermeto em parceria com Geraldo Vandré, apresenta uma flauta hipnotizante e uma emoção constante. “Fica mal com Deus” e “Canta geral” (outra feita pela dupla Pascoal/Vandré) têm uma percussão bem marcada e mostram grande entrosamento dos integrantes. “Algodão” é uma viagem pelos seus 7:22 minutos, a faixa mais longa do álbum. “Síntese” e “Vim de Santana” são exemplos perfeitos da mistura entre jazz, bossa nova e a música-de-raiz brasileira. “Misturada” é o “crème de la crème”. Primeiramente, um solo de bateria sensacional em que as rufadas e a “quebração” de pratos frenéticos são trocadas por uma aula rítmica com total domínio sobre o tempo (e muito contra-tempo!). Em seguida uma base pesada com dois violões e uma percussão “rasteira” que não larga a melodia (rock’n’roll na veia!), até que entra a flauta e conduz novamente à leveza. Simplesmente GENIAL! Se aparecesse um ET na minha frente e me perguntasse o que é música brasileira, responderia apenas duas palavras: Quarteto Novo.

Natural Feelings (1970) ***
Se o ouvinte ainda não conhece o trabalho autoral de Airto, é aconselhável não começar por este disco, que é o primeiro do músico. Contando com a colaboração de Flora Purim, Hermeto Pascoal, Sivuca (arranjador e multi-instrumentista) e Ron Carter, o trabalho traz boas músicas, como “Alue” e “Mixing”, além da psicodélica “Terror”.

Seeds on the Ground (1971) ***1/2
Para o segundo disco, Airto manteve os mesmos músicos e ainda convocou Dom Um Romão (baterista e percussionista com passagem pelo Weather Report) para o time. “O galho da roseira part 2” é o grande destaque deste trabalho mais maduro.

Fingers (1972) ****1/2
Uma porrada muito bem dada! Logo de início, Airto e banda apresentam uma sequência matadora: abrindo o disco, “Fingers e Romance of death”, dois ótimos fusions; “Merry-go-round”, um simpático baião; e “Wind chant”, com uma nervosa evolução. O encerramento fica por conta da ótima “Tombo in 7/4”, que conta com um coro e uma percussão de samba de arrepiar.

Free (1972) ****
Ao lado de uma verdadeira seleção que contava com Chick Corea, George Benson, Hubert Laws (flauta), Joe Farrell (saxofone), Keith Jarrett, Ron Carter, Stanley Clarke e outros, Airto nos presenteou com um grande trabalho. A primeirona, “Return to forever”, é um fusion psicodélico da melhor qualidade. “Flora’s song” traz um bom free jazz. O clima de psicodelia volta em “Free”. E o disco ainda reserva “Creek [Arroio]”, excelente canção em que flauta, saxofone e piano mostram entrosamento perfeito.

Virgin Land (1974) ****
Outro ótimo disco de Airto, neste com participações de George Duke e Stanley Clarke. O disco abre bem com quatro “musicaças”: “Stanley’s tune”, “Musikana”, “Peasant dance” (um fusion com influências árabes) e “Virgin land”. A saidera fica por conta da funkeada “I don’t have to do what I don’t want to do”.

Identity (1975) ***1/2
Ao lado de Egberto Gismonti, Herbie Hancock e Wayne Shorter, o percussionista fez um bom disco. “The magicians” e “Encounter [Encontro no bar]” são as faixas mais marcantes, mas há também outras boas canções, como “Wake up song [Baião do acordar]” e “Tales from home [Lendas]”.

Struck of Lightning (1989) ***1/2
Chick Corea, Herbie Hancock e Stanley Clarke foram as “contratações de peso” para este bom trabalho. O álbum apresenta duas músicas que são didáticas a todo aprendiz de percussão: “It’s time for carnival” e “Berimbau first cry”. A segunda metade do disco é excelente: três faixas extremamente jazz, “Struck by lightning”, “Samba louco” e “Seven Dwarfs”, uma psicodélica para não perder o costume, “Samba nosso”, e uma em que Airto mostra todo o seu virtuosismo, “Skins & Rattle”.

Killer Bees (1989) ****

Com uma banda que incluía Chick Corea, Herbie Hancock e Stanley Clarke, o projeto não podia ter outra sonoridade senão jazz. “Be there” é composta por uma ótima linha de baixo e por arranjos muito bem desenvolvidos. Outra bela faixa é “Chicken in the mind”, a última da bolacha, em que o Herbie Hancock apresenta o cartão de visitas.

Revenge of the Killer Bees (1998) ****
Para a revanche das abelhas assassinas, foram mantidos os mesmos “zangões” do primeiro. Um grande disco, com “City sushi man” e “Chicken in the mind” flertando com uma batida característica da música eletrônica. “Nevermind” encerra o trabalho de forma impecável.

Uma biografia completa de Airto Moreira, com declarações exclusivas do próprio, você confere na edição atual da revista poeira Zine (#29). Mais detalhes no www.poeirazine.com.br

Vamos ao NEW ORLEANS JAZZ & HERITAGE FESTIVAL 2010?

Vocês já ouviram falar do NEW ORLEANS JAZZ & HERITAGE FESTIVAL?

É um super-festival que rola há 40 anos nessa cidade que é o berço do jazz e palco da mais pura raiz da música norte-americana.

Na edição de 2010, que acontece no final de abril, o cast está matador, com nomes como:

The Allman Brothers Band
Gov’t Mule
Black Crowes
Jeff Beck
Van Morrison
B.B. King
Pearl Jam
Derek Trucks and Susan Tedeschi Band
Jonny Lang
Kenny Wayne Shepherd
The Levon Helm Band
The Dead Weather (banda atual de Jack White)
George Clinton & Parliament/Funkadelic
Stanley Clarke Band
The funky Meters
Widespread Panic
Wayne Shorter
Aretha Franklin
Simon & Garfunkel
Lionel Richie
Dr. John
Allen Toussaint
My Morning Jacket
Elvis Costello & the Sugarcanes
Sonny Landreth
The Neville Brothers
Richie Havens
Clarence Carter
Maze
Average White Band e muito mais…

Serão sete dias inteiros de festa e curtição às margens do Rio Mississippi…

Que tal a gente assistir isso tudo juntos?

Quem se interessar, basta mandar um e-mail para o endereço contato@poeirazine.com.br que eu mando mais detalhes; mas corra, pois falta muito pouco pra festa começar…

Mais detalhes sobre esse grande e único evento no site: http://www.nojazzfest.com

Um grande abraço!
Bento Araújo
www.poeirazine.com.br

Os últimos dias de Bon Scott…

Hoje está fazendo 30 anos da morte de Bon Scott, então em sua homenagem, segue abaixo um texto sobre seus últimos dias…

Quando se chegou ao final de 1980, uma inevitável constatação pairou no ar… Aquele certamente foi um dos anos mais difíceis e traumáticos para a história do rock. John Lennon tinha sido assassinado em dezembro, John Bonham se foi em setembro, Ian Curtis em maio, e no dia 19 de fevereiro daquele ano foi a vez de Bon Scott partir rumo a sua estrada para o inferno…

Aos 33 anos de idade, Bon tinha passado pouco mais de cinco deles ao lado do AC/DC, o suficiente para colocar a banda, e claro a si próprio, no hall dos imortais do rock n’ roll.

Depois de passar o natal de 1979 na Austrália, Bon Scott estava de volta para Londres no ano novo, onde começou a trabalhar com Angus e Malcolm nas composições para o próximo disco do grupo, a ser lançado naquele ano de 1980. Nessa época o vocalista estava morando em Londres com sua namorada japonesa, Ana Baba, mas mesmo assim não deixava de flertar ocasionalmente com sua antiga namorada e traficante, Margaret “Silver” Smith, uma loura famosa na cena rocker de London por descolar heroína da boa para caras como Ronnie Wood, Keith Richards, Jimmy Page, etc.

Em 1977, Bon Scott chamou seus companheiros de banda e equipe de canto e confessou a eles: “Uma cigana que joga tarô me disse que por volta de 1980 eu estarei morto”. Todos deram gargalhadas e naquela altura, para Bon foi só uma desculpa sem efetiva importância para ele continuar vivendo sua vida no limite… Malcolm, porém se lembra muito bem do que a cigana disse a Bon: “Ela disse que ele iria conhecer uma loura e ficar com ela firme por um tempo, depois iria se separar e daí ficar com uma garota oriental de cabelos negros. Depois disso, sua vida seria sensivelmente encurtada”…

Voltando a janeiro de 1980, no dia 27, o AC/DC se apresentou em Southampton, finalizando assim a turnê de promoção do álbum Highway To Hell, o primeiro grande sucesso de vendas do grupo no mundo todo, inclusive na América. No começo do mês de fevereiro, Bon apareceu em um dos três shows do UFO no Hammersmith Odeon, para bater um papo, tomar umas e rever os amigos Pete Way e Phil Mogg. O que era para ser um mero e casual “encontro de backstage” acabou se transformando numa festa da pesada, e para o pessoal do UFO, nessa altura do campeonato isso significava uma festa regada a heroína, e teoricamente, Bon também teria participado dessa festa naquela noite.

Nos dias seguintes, mesmo com o término da tour, o AC/DC ainda tinha algumas obrigações contratuais envolvendo a promoção de seu disco mais recente em programas de TV. A primeira delas foi uma aparição do famoso Top Of The Pops, onde tocaram “Touch Too Much”. A segunda aconteceu em Madrid, na Espanha, onde participaram do programa Aplauso tocando três faixas: “Beating Around The Bush”, Girls Got Rhythm” e “Highway To Hell”. Na manhã seguinte dessa gravação, a banda ainda participou de uma entrevista coletiva à imprensa espanhola.

No dia 13 de fevereiro, Bon estava feliz e de volta a Londres. Naquele dia, de folga, ele passou num estúdio para dar um alô aos amigos franceses do Trust, que estavam gravando seu novo álbum, Repression. Bon estava inclusive dando uma força aos amigos e traduzindo algumas letras da banda para o inglês, visando um futuro lançamento na Inglaterra. No estúdio, a banda convidou Bon para gravar com eles uma nova versão de “Ride On”, que ele fez prontamente e com muito prazer. Essa seria sua última gravação…

No dia seguinte, chegava da América a notícia: Highway To Hell havia ultrapassado um milhão de cópias vendidas! Segundo a namorada de Bon, Anna, nessa época ele estava bebendo até um pouco mais como o de costume e já acordava de manhã com uma garrafa de whisky na mão, e seu passatempo favorito era passar horas bebendo e ouvindo álbuns como Slowhand de Eric Clapton, Imagine de John Lennon, o primeiro álbum dos Pretenders que tinha saído recentemente e Tchaikovsky. Nessa época também fazia constantes visitas a um médico, pois depois de anos de abusos, estava tendo problemas com seu fígado.

Três dias depois, 17 de fevereiro, um domingo, Bon estava tomando umas cervejas num pub e lá voltou a se encontrar com Mogg e Way do UFO. No dia seguinte, Bon ligou para Silver Smith, convidando-a para alguns drinks mais a noite. Silver tinha compromissos e negou a proposta, mas disse que seu companheiro de quarto, um cara chamado Alistair Kinnear poderia sair com Bon e levá-lo num show de uma banda amadora no Music Machine, em Camden Town, bairro boêmio de Londres.

Depois de muitas rodadas, a dupla se mandou para Ashby Court, onde Bon vivia naquela época. No caminho, Bon literalmente apagou no banco de trás do veículo. Kinnear não deu muita bola e seguiu adiante. Quando chegou na casa do vocalista do AC/DC, Kinnear tentou chamar Bon e levá-lo para a cama, porém não conseguiu acordar seu companheiro, que estava num avançado estado de embriaguez.
Kinnear desistiu da idéia e seguiu dirigindo para seu próprio apartamento. Chegando lá, nova tentativa frustrada de tirar o amigo bêbado do veículo. O jeito foi deixar Bon dormindo no banco de trás do automóvel, um Renault 5.

Quando Kinnear voltou no começo da noite do dia seguinte para ver seu amigo, já era tarde demais. Bon estava morto, praticamente congelado dentro do pequeno automóvel. O sujeito ainda levou o vocalista às pressas para o Kings College Hospital, de Londres, onde o músico já chegou sem vida nas dependências do pronto socorro.

O atestado de óbito informou que Bon Scott havia falecido em decorrência de envenenamento alcoólico agudo e “death by misadventure” (morte por desventura, ou por desgraça, ou “falta de sorte”).
Nos jornais da época foi também noticiado que o músico teria se sufocado com o próprio vômito e que a baixa temperatura da madrugada e suas constantes crises de asma colaboraram para a tragédia daquela fria manhã de 19 de fevereiro de 1980, um dos dias mais tristes do rock n’ roll.

Os tablóides sensacionalistas ingleses do dia seguinte começaram a trazer as manchetes: “Estrela do rock bebe até morrer”. Num deles, o Evening Standard, o jornalista chegou a localizar Kinnear, que fez a seguinte declaração para o jornal: “Quando fui buscar Bon para irmos juntos ao bar, ele já apareceu completamente bêbado. Chegando lá ele ficou tomando quatro garrafas de whisky ao mesmo tempo… Mais tarde, no carro, eu não conseguia movê-lo. Então eu o cobri com um cobertor e deixei um recado anotado num pedaço de papel, dizendo o número do meu apartamento caso ele acordasse…O dia estava amanhecendo e eu fui dormir. Horas depois eu acordei e fui dar uma olhada em Bon e logo percebi que algo de muito errado tinha acontecido”. Essa foi a primeira e única declaração de Kinnear, que depois sumiu dos holofotes, indo viver numa remota área do litoral espanhol. Em 2005, 25 anos depois da morte do vocalista, Kinnear voltou a falar com a imprensa, dessa vez com Geoff Barton da revista Classic Rock/Metal Hammer: “Bebemos muito naquele bar, mas confesso que em nenhum momento eu vi Bon tomar alguma droga. No fim da noite ofereci uma carona a ele e ele topou, então fui levá-lo ao seu apartamento. Durante a viagem, Bon apagou e então quando cheguei em seu apartamento eu tentei chamar a sua namorada, mas ela não estava lá… Peguei as chaves de Bon e entrei em seu apartamento, mas ele estava vazio. Não consegui acordá-lo e muito menos carregá-lo pra dentro, pois eu também estava bêbado. Liguei para Silver para pedir um conselho, pois estava um frio dos infernos e Bon estava sozinho no carro. Silver me disse que Bon costumava sempre apagar daquela maneira e o melhor a se fazer era deixá-lo dormir tranquilamente. Então fui para o meu apartamento e deixei Bon dormindo no carro, com um cobertor e um bilhete, caso ele acordasse…”.

Malcolm e Angus souberam da notícia imediatamente, e coube a Malcolm a cruel incumbência de dar a triste notícia para os pais de Bon, na Austrália. De qualquer forma seria melhor ouvir através de Malcolm do que ler no jornal ou ver na TV a tragédia envolvendo o próprio filho…

Malcolm diferente de Angus, encarou a morte de Bon com uma certa raiva: “Bon sempre desaparecia no final de um show e sumia completamente, sem deixar nenhum vestígio. Quando estávamos passando o som para o show seguinte, ele simplesmente aparecia do nada. Bon podia beber com frequência e sempre aprontar das suas, mas sempre que precisamos dele no palco ele estava lá. Era um cara super profissional. O mais difícil agora é ter que lidar com o fato de que Bon não irá aparecer nunca mais pra fazer o show com a gente em cima da hora… Ele se foi pra sempre”.

Um fã recentemente perguntou para Angus Young algo do tipo: “Se Bon voltasse para a Terra para matar um tempo, que sons do AC/DC você tocaria para ele?”. Angus respondeu: “Antes de tudo eu iria perguntar, ‘como é o menu no inferno?’ (risos). Pois certamente seria isso que ele me perguntaria se estivesse no meu lugar. Mas eu tocaria ‘Back In Black’ e ‘Black Ice’ e tenho certeza que ele adoraria ambas. Ele certamente voltaria fazendo uma coisa muito louca (risos)… Temos muitas saudades de Bon até hoje. É raro na vida você se deparar com alguém com tamanha personalidade e carisma, e quando isso acontece, essa pessoa estará pra sempre contigo, seja em suas lembranças ou em suas atitudes…”.

Texto de Bento Araújo (www.poeirazine.com.br)
Esse especial sobre o lendário Bon Scott e muito mais sobre o AC/DC você confere na edição especial da revista poeira Zine totalmente dedicada à banda. Para adquirir essa edição, acesse o http://www.poeirazine.com.br/pzesp02.html

UFO no BRASIL! Finalmente!

Browsville Station

No Brasil, o Browsville Station acabou ficando (mais) conhecido em meados dos anos 1980 graças à regravação do Mötley Crüe para a canção “Smokin’ In The Boys Room”, um hino rocker da década anterior. Falando em década anterior, foi nos anos setenta que dois ótimos álbuns da banda foram lançados por aqui, mas não venderam quase nada; são eles: School Punks (1974) e Motor City Connection (1975).
A grande sacada do trio era fazer uma música descompromissada e irreverente, o que acabou atraindo muitos DJs de rádios AM pela América. Isso, aliado as extensas tours do pessoal, ajudou bastante ao grupo cravar seu nome na história do rock. Como se isso não bastasse, eles ainda tinham um frontman único e divertido: Cub Koda, um guitarrista/vocalista com cara de nerd e que era também um jornalista/estudioso do rock em suas principais vertentes. Koda acreditava que o rock n’ roll era a forma mais eficaz e selvagem de entretenimento; não é a toa que entre os fãs da banda está um tal de Alice Cooper.

Fato: Os jornalistas da revista Creem chamavam o som criado pela banda como “Pizza Music”, o que não deixa de ser verdade, pois o rock praticado por Cub Koda e companhia era uma farra só; literalmente delicioso.

Ouça: Yeah (1973)

The Rationals

O único álbum homônimo do grupo, lançado pelo selo Crewe em 1969 é uma autêntica pérola escondida e hoje pode ser considerado uma pequena preciosidade. Nos anos 1990, tal trabalho foi relançado em CD pelo selo Flash 46 e trazia de lambuja 12 faixas bônus!
Originalmente um quarteto formado por Steve Correl (G/V), Bill Figg (Bt), Scott Morgan (V/G) e Terry Trabandt (Bx/V), os Rationals são certamente um dos melhores agrupamentos de Michigan. Antes do lançamento do único álbum eles chegaram a emplacar um modesto hit local, uma versão para “Respect” de Aretha Franklin, lançada em compacto por eles em 1966. Outra versão de destaque é a que eles fizeram para um som dos Kinks; “I Need You”, que está presente na caixa de quatro CDs Nuggets.

Fato: Apesar de terem lançado somente um único álbum, o maravilhoso The Rationals, em 1969, este grupo (não) ficou mais conhecido pelo grande número de compactos lançados enquanto estiveram em atividade. Foram nada menos que 15 lançamentos diferentes entre 1965 e 1969, com total destaque para o de Handbags And Gladrags, canção que ficou famosa na versão de Rod Stewart.

Ouça: The Rationals (1969)

SRC

O SRC é da primeira leva de bandas que fizeram parte da explosão do rock de Detroit, como MC5, Amboy Dukes e Stooges.
O grupo na verdade surgiu em Birmingham, onde começou como Tremelos e depois The Fugitives. Com este último nome lançaram quatro compactos por dois selos diferentes e ainda um elepê completo em 1965, chamado The Fugitives At Dave’s Hideout.
Em 1967 o grupo lançou mais dois compactos e já estava instalado em Detroit, com um novo nome, SRC, ou Scot Richard Case, uma alusão ao nome do vocalista e líder Scott Richardson.
O reflexo da nova fase vem com o lançamento da primeira bolacha no ano seguinte, batizada com o nome da banda, SRC. O destaque na época ficou para a canção “Black Sheep”, onde o órgão de Glen Quackenbush lembrava muito o de Ray Manzarek dos Doors em “Light My Fire”. Em 1972 o SRC virou Blue Scepter e lançou um avulso pelo selo Rare Earth.

Fato: “Black Sheep” agradou em cheio o lendário DJ britânico John Peel, responsável por criar uma boa imagem dos rapazes do velho continente. Na América, no entanto, tudo acabou para o SRC depois de mais dois LPs pelo selo Capitol.

Ouça: SRC (1968)

The Frost

Mais conhecida como “a banda de Dick Wagner”, o Frost foi um dos grupos que mais rapidamente chamou a atenção de público e crítica em Detroit devido a seus concorridíssimos concertos.
Wagner vinha do grupo The Bossmen, banda famosa nas rádios de Michigan cujo baixista era ninguém menos do que Mark Farner, futuro líder do Grand Funk Railroad.
Para a próxima década que se aproximava, Wagner resolveu apostar num som mais selvagem e pesado, nascia o Frost. Em 1970 a banda já tinha três álbuns lançados e era uma das “favoritas da casa” no famoso Grande Ballroom.

Fato: O experiente guitarrista Dick Wagner ajudou carreiras de gente importante como Alice Cooper, Lou Reed, Kiss, Aerosmith e Peter Garbriel, sendo por algum tempo o braço direito dos dois primeiros, tanto em estúdio como ao vivo. Wagner também liderou outra grande banda de Detroit dos anos setenta, o Ursa Major.

Ouça: Frost Music (1969)

Tony Mcphee (Groundhogs) – Faça a sua pergunta!

Participe da seção Perguntas e Respostas da poeira Zine!

São questões direcionadas a um determinado músico e dessa vez teremos TONY MCPHEE, guitarrista líder do lendário conjunto britânico GROUNDHOGS.

Agora o mais bacana de tudo é que vocês é que irão fazer as perguntas!

Basta enviar a sua pergunta para o email contato@poeirazine.com.br

As melhores questões serão encaminhadas para o músico e publicadas na próxima edição, com o devido crédito ao autor.

O prazo para envio das questões é até dia 26 de janeiro (próxima terça-feira).

Mãos a obra pessoal!

Tony Iommi prepara sua biografia!

Depois de Ozzy lançar a sua, agora é a vez do mestre dos riffs infernais, Tony Iommi preparar a sua biografia, (batizada como Iron Man) a ser lançada agora em 2010.

Falando em 2010, parece que este será um grande ano para os apreciadores do Black Sabbath, pelo menos no quesito “leitura”, já que Ronnie James Dio também está trabalhando em sua biografia e até David Donato, que cantou no Sabbath por alguns dias em 1984, está preparando também suas memórias, sob o nome hilário de “Don’t Call Me Donut”.

Sabbath é cultura…

Abaixo uma foto rara da banda com Donato…

Nova banda de apoio de Jeff Beck é anunciada!

Jeff Beck anunciou sua nova banda:

A tarimbada Rhonda Smith no baixo (ex- Prince, Little Richard, Beyonce e Justin Timberlake); o experiente ‘monstro’ Narada Michael Walden, que trabalhou com o próprio Beck nos anos 70 em álbuns como Wired (1976). E para os teclados, Beck manteve Jason Rebello, que já estava em sua banda anterior…

Eu particularmente prefiro a banda que vi ao vivo em junho passado, com Vinnie Colaiuta na batera e a grande Tal Wilkenfeld no baixo…

Com essa “nova” backing band, Beck faz duas apresentações com com Eric Clapton na O2 Arena londrina em 13/14 de fevereiro.

No segundo semestre rola tour completa dele pelo Reino Unido:

Oct. 15: Bournemouth BIC

Oct. 16: Brighton Centre

Oct. 17: Birmingham Symphony Hall

Oct. 20: Glasgow Clyde Auditorium

Oct. 21: Manchester Apollo

Oct. 22: Sheffield City Hall

Oct 24: Bristol Colston Hall

Oct. 25: Cardiff St. David’s Hall

Oct. 26: London Royal Albert Hall

Mais detalhes no www.jeffbeck.com

Valleys Of Neptune, o novo disco de Hendrix!

Valleys Of Neptune é o mais ‘novo’ álbum de Jimi Hendrix, a ser lançado no dia 8 de março!

Trata-se de material de estúdio inédito (12 faixas), registrado entre os anos de 1968 e 1970. Eddie Kramer esteve envolvido com a produção do álbum, que terá o seguinte tracklist:

‘Stone Free’
‘Valleys Of Neptune’
‘Bleeding Heart’
‘Hear My Train A Comin’’
‘Mr. Bad Luck’
‘Sunshine Of Your Love’
‘Lover Man’
‘Ships Passing Through The Night’
‘Fire’
‘Red House’
‘Lullaby For The Summer’
‘Crying Blue Rain’

Lembrando que sons mais manjados como ‘Fire’, ‘Redhouse’, ‘Hear My Train A Comin’ e ‘Stone Free’ pintam em versões diferentes…

Aproveitando, Hendrix é capa da edição mais recente da revista inglesa UNCUT.

Salve Jimi!

Estamos de volta!

Um excelente 2010 a todos os leitores da pZ!
Vamos em frente!
Nosso site já está em atividade novamente, e quase todas as edições da poeira Zine continuam disponíveis:
www.poeirazine.com.br

Férias!

ATENÇÃO: ESTAMOS DE FÉRIAS DO DIA 23/12/09 ATÉ O DIA 11/01/2010.

Feliz Natal e um grande 2010!

Leitores, assinantes, anunciantes, colaboradores e amigos; um ótimo Natal e um excelente 2010 para todos vocês que de certa forma fizeram parte de mais este ano de atividade dentro da história da poeira Zine. Muito obrigado pela companhia!

Tudo do melhor para todos vocês!

Bento Araujo
poeira Zine
http://www.poeirazine.com.br
Caixa Postal 12089 – CEP 02013-970 – São Paulo – SP – Brasil

A Volta do Argent!

Rod Argent garantiu a volta da lendária banda Argent. Ele e mais os três membros originais da banda se reunirão para uma apresentação no High Voltage Festival, na Inglaterra em 2010.

O tecladista e vocalista Rod Argent, o guitarrista Russ Ballard, o baixista Jim Rodford e o baterista Bob Henrit se reunirão pela primeira vez desde 1974.

“Quando pintou a idéia do High Voltage Festival, nós pensamos: ‘por que não?’. Para ser honesto, havia ocorrido discussões sobre fazermos algo do tipo”, declarou Argent.

Para mais informações sobre o grande evento, que ocorrerá no Victoria Park, em Londres, nos dias 24 e 25 de julho, clique aqui.

Você na Jamaica com o Gov´t Mule!

Gov´t Trip

Você que está pensando em fazer uma viagem, já imaginou embarcar em uma trip para a Jamaica junto com o Gov´t Mule? Não é brincadeira; está no site oficial da banda.

Com dinheiro no bolso e tempo livre, ao alcance de um click e um telefone para reservar sua passagem, você ainda pode entrar nessa.

Clique aqui para mais informações. Ainda dá tempo!

Novo material ao vivo de Hendrix em 2010!

Dois lançamentos de Jimi Hendrix estão programados para o começo do ano que vem, no dia 25 de janeiro.

Tanto em formato vinil como em cd, os fãs poderão conferir as apresentações do mestre no Paris L’Olympia Theatre em 29 de janeiro de 1969, e no Ottawa Capital Theatre em 19 março de 1968.

Mais uma gravação de um show de Hendrix no Olympia em 09 de outubro de 1967 está incluída no pacote. Tal apresentação foi ao ar em um programa de rádio francês, porém nunca havia sido lançada oficialmente.

Também faz parte do kit uma série de extras: capa de iPod, cartaz e conjunto de postais, crachás, palhetas e camiseta.

Black Widow trabalha novo material

Clive Jones, membro da lendária banda inglesa Black Widow, planeja trabalhar com o ex-vocalista do Black Sabbatg Tony Martin em um novo projeto.

Por enquanto, não há informações mais detalhadas sobre o assunto. Já o Black Widow está trabalhando em um novo álbum, intitulado Sleeping With Demons, programado para sair em 2010.

Será a primeira vez que Kay Garret estará presente em um álbum da banda desde 1969.

Para mais informações, clique aqui

Pré-venda da biografia de Glenn Hughes por £550!

“Devido à alta demanda, estamos dando aos fãs a oportunidade de pré-encomenda da edição deluxe da autobiografia de Glenn Hughes: ‘The Life, Near Death And Rebirth of A Rock Star: Deep Purple & Beyond.”

O trecho acima foi extraído do anúncio oficial do livro, que custa a bagatela de £550, incluindo postagem (ah bom…). Ou seja, algo em torno de R$ 1.600 (!!!)

Ainda segundo o site oficial do vocalista, cada exemplar “deluxe” do livro – do qual serão confeccionadas apenas 100 cópias, para começar – será envolvido em cetim branco, uma referência ao terno utilizado por Hughes no California Jam em 1974, e acompanhado de um LP de 10 polegadas prensado em vinil branco, autenticado com um holograma.

Todo o conjunto será acondicionado em um box artesanal, com um fac-símile laminado e numerado de um tourbook do artista e outras guloseimas.

“A entrega dos livros está planejada para o verão de 2010. Como um gesto de agradecimento por apoiar seu livro, comprando-o, todos que fizerem as pré-encomendas da edição deluxe receberão pelo correio uma nota pessoal de agradecimento assinada por Glenn em papel especial. E cada comprador também será convidado por Glenn para shows especiais na Europa e América do Norte, tendo a oportunidade de conhecê-lo pessoalmente”, de acordo com o anúncio.

Para a revista Classic Rock, “faltam-nos palavras. Possivelmente, Hughes está tentando reaver os alguns dos milhões de dólares que gastou em drogas”.

Se estiver interessado em comprar, acesse o www.glennhughes.com. Talvez Deus tenha piedade de seu saldo bancário…

Essa semana Glenn Hughes se apresenta em SP, hoje com show acústico no Rhino Pub, e na quarta-feira, com show elétrico no Carioca Clube de Pinheiros.

por Lucas Mosca

Eric Clapton e Steve Winwood confirmam shows na Europa!

Conforme já havia sido adiantado pela revista Classic Rock, Eric Clapton e Steve Winwood finalmente confirmaram as datas da turnê européia.

Os formadores do lendário Blind Faith tocarão em três dias na Inglaterra e depois nos demais países do continente, como França, Alemanha, Holanda, Suécia, Áustria, Romênia, Turquia e Sérvia.

Para conferir todas as datas, incluindo as com Jeff Beck, clique aqui.

Em breve, filme sobre os Kinks!

Um filme sobre The Kinks está atualmente em produção. A princípio, a película irá se chamar “You Really Got Me”. O longa retrata, em particular, a história do relacionamento entre os irmãos Ray e Dave Davies.

O filme está sendo dirigido por Julien Temple (“The Great Rock’N´Roll Swindle”), que disse ao site Screen Daily: “(o filme vai) na veia do que é a extraordinária relação de amor e ódio entre esses dois irmãos: amor/ódio, rivalidade entre irmãos é o cerne”.

“Eu acho que há um elo social e cultural muito rico em torno do The Kinks. É a história não contada de todas as grandes bandas da década de 1960 “, complementou o diretor.

Humble Pie é capa da poeira Zine #28!

Atendendo a inúmeros pedidos, a poeira Zine traz em seu último número de 2009 uma matéria especial de 12 páginas sobre o grupo formado por Steve Marriott, Peter Frampton e companhia: o lendário Humble Pie.

Nessa reportagem de capa dedicada à banda inglesa, você mergulhará na biografia completa do conjunto, suas fases, discografia comentada, curiosidades, etc…

Confira também na pZ #28: entrevista exclusiva com Leo Lyons, do Ten Years After, na qual ele responde as perguntas dos leitores e adianta informações em primeira mão; a trajetória do Ave Sangria, os heróis do glam rock do cangaço, incluindo depoimentos inéditos do vocalista Marco Polo Guimarães; a emocionante saga do líder do Quicksilver Messenger Service, dono da guitarra mais ácida da cena de São Francisco; um texto imperdível sobre os mestres do rock progressivo sueco, o Trettioariga Kriget, acompanhado de entrevista com Stefan Fredin; e a curiosa epopéia do primeiro disco pirata da história do rock, The Great White Wonder, do Bob Dylan.

Para completar o ano quebrando tudo, a pZ#28 ainda traz: The Sensational Alex Harvey Band, Marvin Gaye, The Standells, Bowie, Hank Williams, A Bolha, The Stooges, Roger Waters, Judy Henske & Jerry Yester e – conforme prometido na edição anterior – uma homenagem especial a Dickie Peterson, do Blue Cheer.

Clique aqui para comprar seu exemplar.

Bad Company de volta à estrada e com um possível novo álbum a caminho!

Conforme reportado recentemente à mídia, o Bad Company fará com boa parte de sua formação clássica a primeira turnê inglesa em mais de três décadas. No palco, estarão o vocalista Paul Rodgers, o guitarrista Mick Ralphs e o baterista Simon Kirke, além do baixista Lynn Sorensen (substituindo Boz Burrell, morto em 2006). Como convidado especial desta turnê, estará o Joe Perry Project.

“É muito bom estar novamente com Paul e Simon. Nós fizemos boa música em conjunto e passamos o maior tempo de nossas vidas fazendo isso. Estou reamente ansioso para esta tour do Bad Company no Reino Unido”, disse Ralphs.

Numa coletiva de imprensa realizada no dia 17/11, no Hard Rock Café em Londres, na qual tocaram “Feel Like Makin’ Love”, “Shooting Star”, “Seagull e “Do Right By Your Woman” em formato acústico, Rodgers garantiu também a presença da banda em 10 datas nos EUA e que “compõe material o tempo todo” para um possível novo disco de estúdio do grupo.

Para conferir a entrevista na intégra, clique aqui.

Histórias Perdidas do Rock Brasileiro – Vol 1

Histrias Perdidas Capa A

“É comum se pensar no rock brasileiro apenas a partir dos anos 1980, com o surgimento e a afirmação das bandas como Blitz, Paralamas, Legião, Titãs e tantas outras. (…) Fala-se também de Jovem Guarda, Mutantes, Secos e Molhados e pouco, muito pouco mais. Mas, paralelamente à Jovem Guarda e mesmo antes, os bravos guerreiros do rock já empunhavam suas guitarras”.

O trecho acima foi extraído da orelha do novo livro do escritor Nélio Rodrigues, intitulado “Histórias Perdidas do Rock Brasileiro – Vol 1”, que se propõe a destrinchar o período dos anos 60 e 70 do rock brazuca, resgantando muitas bandas do undreground que não ganharam os holofotes da grande mídia, mas que, segundo o jornalista Ricardo Schott, “ajudaram a pavimentar alguns dos primeiros cenários subterrâneos do rock nacional”.

“Foram bandas como Bubbles e Analfabitles que criaram a noção de um som da pesada mesmo, com a aparelhagem na frente do palco, impondo respeito”, descreve Rodrigues – que também é o autor de “Os Rolling Stones no Brasil” e coautor de “Sexo, drogas e Rolling Stones”, com o jornalista José Emílio Rondeau.

Além dos Analfabitles e dos Bubbles, recheam as 130 páginas do livro grupos como Os Selvagens, Faia, Equipe Mercado, Karma, Módulo 1000, Os Incríveis, etc.

Já dizia o historiador que para compreender o presente é preciso olhar o passado. E Rodrigues, que é biólogo de formação, neste seu novo trabalho faz isso como poucos pesquisadores da cena roqueira do país. Se você acha que o verdadeiro rock só surgiu nos anos 80, é porque ainda não leu o livro comentando nestas linhas.

Nas palavras de Rodrigues: “O rock só virou fenômeno de massa no Brasil nos anos 80. Antes era vida de guerreiro”.

Mais detalhes aqui.

Leia abaixo uma entrevista com Nélio Rodrigues, o autor do livro:

pZ – Nelio, conte pra gente o que seria “as histórias perdidas” do rock brasileiro…e como surgiu a idéia de lançar esse livro…

NR – Na verdade, reuni algumas histórias de bandas obscuras ou pouco conhecidas dos anos 60 e 70, sobretudo do Rio. Acho que o que se conhece do rock brasileiro dos anos 60 e 70 é apenas a parte mais evidente, aquela que inclui a jovem guarda e nomes como Raul Seixas, Rita Lee, Easmo Carlos e Secos e Molhados, de modo geral. O que aconteceu além disso não chegou nas páginas dos livros ainda. Nem seus personagens, muitos deles injustamente esquecidos. O pouco que existe por aí está cheio de erros. Recuperar esse legado histórico pouco conhecido me parece essencial.

pZ – Foi difícil de localizar os integrantes dessas bandas esquecidas da nossa cena? Qual desses textos te deixou mais orgulhoso?

NR – Nem tanto. Alguns desses nomes ainda estão por aí, não com suas bandas originais. O que me deixou mais feliz foi ver a alegria com que alguns desses roqueiros, ao puxar pela memória, traziam à tona suas próprias histórias. E ver que contribuiram de alguma forma com a evolução do rock no Brasil. Agora, uma das histórias que mais me toca é a de Jorge Amiden, um talento que ajudou a fundar o Terço e o Karma, mas que foi derrotado pela doença.

pZ – Você foi/é colaborador do site Senhor F e lá conquistou vários seguidores… Qual a importância do site Senhor F no cenário do rock nacional? Os textos desse seu novo livro foram publicados anteriormente no site?

NR – Fernando Rosa foi um dos primeiros a abrir espaço na web para esse universo pouco conhecido do rock brasileiro dos anos 60 e 70. E atraiu a atenção até de colecionadores internacionais, que através de Fernando reeditaram, na Europa, pérolas totalmente obscuras do rock brasileiro, como o álbum do grupo Spectrum, de Friburgo. Sim, os textos foram publicados anteriormente na revista eletronica Senhor F. Aliás, alguns deles também apareceram nas páginas da Poeira Zine, onde aliás, continuo, de tempos em tempos, resgatando “histórias perdidas do rock brasileiro”. Mas foram todos revistos e atualizados.

pZ – Esse é o volume 1, pra quando está previsto o segundo volume? Você já pode adiantar algumas bandas que estarão nele?

NR – Faz tempo estou escrevendo um livro no qual conta as histórias de oito bandas do underground carioca, como A Bolha, Equipe Mercado e Módulo 1000, entre outras. Mas ainda há muito o que contar e já tenho uma razoavel lista de bandas para pesquisar e incluir no volume 2. Os Aranhas é uma delas.

pZ – Das bandas abordadas no livro, a maioria é do RJ. Nesse caso a localização do autor teve influência direta nisso? Você pretende falar de bandas obscuras de outros estados no próximo volume?

NR – Moro no Rio, vi algumas dessas bandas dos anos 60 e 70 ao vivo. Trata-se, portanto, de um cenário com o qual tenho mais intimidade. Mas isso não exclui meu desejo de falar de bandas muito boas de São Paulo, do Rio Grande do Sul e de outras regiôes do Brasil.

pZ – Para quem quiser adquirir o seu livro, qual o procedimento?

NR – O fato de ter sido publicado por uma editora pequena dificulta a distribuição do livro. Em todo caso, quem quiser adquirir um exemplar, pode entrar em contato comigo através do e-mail lneliorod@yahoo.com.br

No ar, poeiraCast #28!

O poeiraCast, o podcast da revista poeira Zine, traz em sua 28ª edição um especial sobre a banda mais quente de 2009, o AC/DC.

Nesse programa você confere um especial sobre todas as passagens dos irmãos Young e companhia pelo Brasil, os preparativos para o show desta semana e muito mais!

Participação especial do repórter de música da revista Veja, Sérgio Martins.

Clique aqui e High Voltage Rock n’ Roll!

Ganhadores da promoção “poeira zine AC/DC”

Livro Highway to Hell: The Life and Death of AC/DC Legend Bon Scott!
Luis Porto

Camisetas Googly-Moogly AC/DC
Renato Ferreira
Marciano Maraschin
Marcus Vinicius Cordeiro da Silva

Assinaturas da poeira Zine
Renato Azevedo
Jéssica Santos Cetinich

Revistas poeira Zine especial AC/DC
Luis Alberto Carvalho
Leandro Ramos Jordão
João Taconelli
Carlos Augusto Fernandes
Jeferson Lelis de Freitas
Eduardo Felipe Matter
Pedro Pasquotto Coffi
Pedro Godoy
Melissa Imai Ficht
Vinicius Sete
Adriano Magalheãs Machado
Jaisson Limeira
Valdriano César dos Santos
Bruno Monte
Fábio de Almeida Faller

TOP 15 sons do AC/DC escolhidos pelos leitores da pZ!

1 – Highway To Hell
2 – Back In Black
3 – Whole Lotta Rosie
4 – Thunderstruck
5 – You Shook Me All Night Long
6 – Let There Be Rock
7 – Jailbreak
8 – Sin City
9 – Dirty Deeds Done Dirt Cheap
10 – It’s A Long Way To The Top (If You Wanna R n’ R)
11- Hells Bells
12 – For Those About To Rock (We Salute You)
13 – Problem Child
14 – Touch Too Much
15 – Rock n’ Roll Ain’t Noise Pollution

Esse Top que você escolheu está na edição especial # 2 da poeira Zine, totalmente dedicada ao AC/DC, com comentários de astros como Ronnie James Dio, Satriani, Joe Perry, Glenn Hughes, Rob Halford, Rik Emmett, etc…
Para mais detalhes acesse o www.poeirazine.com.br

‘Supergrupo’ com Eric Clapton, Jimmy Page, Joe Perry e Brad Whitforfd a caminho?

Do Bravewords.com:

Enquanto ninguém sabe direito o que está acontecendo com o Aerosmith, os guitarristas da banda, Joe Perry e Brad Whitford, aparentemente estão se mantendo ocupados, e em boa companhia.

Os astros Eric Clapton e Jimmy Page estão junto com eles gravando com o renomado engenheiro de som Kevin Shirley, o produtor dos “itens mais recentes” do Led Zeppelin.

De acordo com Shirley, os músicos estão gravando as partes de guitarra e “muitas outras”. E complementa: “são alguns projetos de alto nível sobre os quais eu tenho de guardar segredo”.

Escrevendo de Malibu em seu diário on-line de 23/11, ele disse que, “desde janeiro, estaria produzindo o que tem a promessa de ser um dos mais emocionantes ‘supergrupos’ depois de um longo tempo”.

Vamos aguardar…

Revista poeira Zine lança número especial sobre o AC/DC!

A poeira Zine, publicação especializada no melhor da música do melhor dos tempos, no próximo dia 23/11 (segunda-feira) lançará seu segundo número especial: uma edição inteiramente dedicada ao AC/DC, que se apresentará neste mês no Brasil!

Nessa edição você fica por dentro dos primeiros dias da banda
(1973-1975), as primeiras apresentações do grupo pela Inglaterra (1976), a turnê em que o AC/DC roubou o show do Rainbow de Ritchie Blackmore (1976), a primeira passagem do quinteto pelos Estados Unidos (1977), os 30 anos da morte de Bon Scott – em uma matéria que retrata os seus últimos dias – e as gravações de Back in Black, o disco de rock mais vendido do mundo!

Para completar esta super edição, você ainda confere: os 10 melhores shows da história do grupo (e também os 10 piores), as passagens anteriores da banda pelo Brasil, no Rock In Rio (1985) e na turnê do álbum Ballbreaker, em 1996; comentários detalhados dos principais álbuns, com curiosidades sobre as gravações, ficha técnica completa, detalhes sobre as capas, versões australianas dos álbuns e trechos de resenhas que foram publicadas na época; as 15 melhores canções da banda escolhidas pelos leitores da poeira Zine, e comentadas por nomes como Ronnie James Dio, Alice Cooper, Joe Perry, Glenn Hughes, Billy Gibbons, Rob Halford, Joe Satriani, Steve Morse e muitos
outros…

Além do conteúdo citado acima, a revista traz uma resenha do show no Wembley Stadium em junho de 2009 – a poeira Zine foi até Londres para assistir um show da Black Ice World Tour e adiantar tudo para você!

Vale lembrar que essa edição de colecionador é limitada. Então corra para e garanta já a sua!

Faça a sua pergunta para Leo Lyons do Ten Years After!

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Participe da seção Perguntas e Respostas da poeira Zine!

São questões direcionadas a um determinado músico e dessa vez teremos LEO LYONS, lendário baixista do TEN YEARS AFTER.

Agora o mais bacana de tudo é que vocês é que irão fazer as perguntas!

Basta enviar a sua pergunta para o email contato@poeirazine.com.br

As melhores questões serão encaminhadas para o músico e publicadas na próxima edição, com o devido crédito ao autor.

O prazo para envio das questões é até 20 de novembro (próxima sexta feira).

Mãos a obra pessoal!

Quem quiser saber mais sobre o que baixista anda aprontando: www.leolyons.org

Cracker Blues ao vivo!

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Membros do King Crimson se reúnem em Londres!

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A história do rock progressivo foi revisitada na noite de 6 de outubro passada, quando sete membros das primeiras encarnações do King Crimson se reuniram no Air Studios, no norte de Londres, para uma audição das recentes edições em 5.1 surround de In The Court Of The Crimson King, Lizard e Red, lançadas pelo selo Panegryic.

O encontro contou com Michael Giles, Pete Sinfield, Bill Bruford, David Cross, Robert Fripp, John Wetton and Mel Collins (ver foto acima).

O restante do catálago da banda estará disponível também nesse formato ao longo de 2010.

Para mais informações, clique aqui.

Paul Rodgers volta aos palcos e com Simon Kirke!

Paul Rodgers

O lendário cantor Paul Rodgers encerrou o Classic Week Of Gigs em estilo sensacional no Hammersmith Apollo, em Londres, no último dia 6 de novembro.

Além de ter sido um momento único para comemorar seu prêmio Classic Rock Songwriter no Classic Rock Roll Of Honour, no último dia 2 de novembro, essa foi também uma oportunidade para o célebre vocalista nos lembrar por que ele ganhou essa gratificação.

Com a abertura de “Walk In My Shadow”, a primeira surpresa é que o ex-Free e Bad Company Simon Kirke (que integrou a formação original de ambos os grupos) agora ocupa a bateria – tornando uma boa banda (como pode ser constatado no CD e DVD Live In Glasgow) em umas das melhores. Os outros membros do conjunto acompanham a pegada consistente de Kirke, como o ex-guitarrista do Heart, Howard Leese, que reproduz com propriedade e sentimento as passagens criadas por Paul Kossoff.

Mas esta é a noite de Rodgers, em cada canção brilhante que ele proporciona, como no caso da clássica “Soon I Will Be Gone” do Free, pela primeria vez tocada ao vivo.

Há gritos de uma leva de garotas quando ele introduz a canção “Voodoo” (Queen + Paul Rodgers), mas os caras estão mais impressionados com a intro de “Run With The Pack”, que a segue. O próximo clássico ficou por conta de “Wishing Well”.

Em “Be My Friend”, Deborah Bonham divide os vocais com Paul. Logo após, uma trinca memorável: “Rock And Roll Fantasy”, “Shooting Star” e “All Right Now”, encerrando o set, que durou cerca de 60 minutos.

Após o encore, de três músicas (incluindo “Can’t Get Enough”), as luzes começam a indicar o final do espetáculo, mas a multidão se recusa a sair. E, por isso, os amplificadores são ligados novamente e a banda volta para tocar “The Hunter”.

Uma noite especial protagonizada por um talento muito especial – que voltou ao palco para dizer: “Nós retornaremos. Vejo-os em abril!”

* A resenha acima é uma tradução livre do texto escrito por Neil Jeffries para o site da revista inglesa Classic Rock.

Rik Emmett comenta possível reunião do TRIUMPH!

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O vocalista, guitarrista e membro fundador da banda canadense Triumph, Rik Emmett, anunciou uma possível volta do grupo em entrevista ao site backstageaxxess.com.

A conversa de Emmett com a jornalista Tracey Lukasik foi ao ar no dia 09 de novembro, em vídeo disponibilizado pelo site.

Para conferir as três partes desse interessante bate papo, clique aqui.

No ar, poeiraCast #27!

Gimme Shelter

O poeiraCast, o podcast da revista poeira Zine, traz em sua 27ª edição um especial sobre os 40 anos da tragédia do festival de Altamont: Stones, Hell Angels, bandas de abertura, detalhes bizarros, mitos, esclarecimentos, curiosidades etc…

No segundo bloco, confira a história dos programas musicais da TV no Brasil e no mundo.

Participação especial do repórter de música da revista Veja, Sérgio Martins.

Para ouvir o poeiraCast, clique aqui.

E para assinar o poeiraCast pelo iTunes, clique aqui.

Chega ao mercado novo boxset dos Doors!

The Doors

A indústria fonográfica não está poupando o apetite (muito menos o bolso) dos fãs da boa música: a cada mês, pinta um lançamento imperdível na praça. Temos como alguns dos muitos exemplos a caixa de Neil Young (Archives Vol. 1), o box em formato amplificador do AC/DC (Backtracks), e a discografia remasterizada dos Beatles, nos formatos mono e estéreo. Haja grana!

Para dar sequência a essa avalanche de novidades, hoje chega às lojas o novo box do The Doors, Live in New York, recheado com seis discos. O material abrange as quatro apresentações da banda na “Big Apple”, no Felt Forum, em 17 e 18 de janeiro de 1970 – todas elas na íntegra.

O local das apresentações foi uma preferência do grupo, pois o Felt Forum “tinha uma acústica muito melhor, porque foi projetado para a música”. A comparação feita por John Densmore era com o Madison Square Garden, onde ele mais Robby Krieger, Ray Manzarek e Jim Morrison já haviam tocado anos antes.

A caixa será lançada pelo selo Rhino, com o preço estimado em aproximadamente 90 dólares.

Continue lendo

Colecionador coloca à venda cópia ultra rara de clássico dos Beatles!

Beatles

por Peter Lindblad, do site da revista Goldmine:

Havia algo estranho sobre a cópia pertencente a John Tefteller de Sgt. Pepper´s Lonely Hearts Club Band, dos Beatles, que eu estava olhando.

Os caras eram diferentes. Onde John, Paul, George e Ringo deveriam estar, outros ‘figuras’ tomaram seus lugares.

“À primeira vista, pensei: ‘Ok, este é um Sgt. Pepper LP padrão, mas – ‘hey, espere um minuto, ele ainda está selado. Não está aberto ‘”, diz Tefteller, dono do John Tefteller´s World´s Rarest’s Records. “E então, eu olhei mais de perto… ‘Espere um minuto, eu disse. Não há nenhum Beatle aqui. Quem são essas pessoas?'”

Essas pessoas da capa trabalhavam para a Capitol Records, e Tefteller estava prestes a descobrir esta versão rara de Sgt. Peppers. Na verdade, pode ser um dos mais raros LPs dos Fab Four de todos os tempos e, até o momento, ele está negociando sua venda para um colecionador dos Beatles, Stan “The Beatleman” Panenka.

Continue lendo a história clicando aqui.

Promoção “AC/DC poeira Zine” – Participe!

Participe da Promoção High Voltage Rock n’ Roll, da revista poeira Zine em parceria do site AC/DC Brasil e das camisetas Googly Moogly!

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Ajude a gente escolher os melhores sons do AC/DC de todos os tempos!

A revista poeira Zine irá lançar agora em novembro uma edição inteiramente dedicada ao AC/DC. E você não pode ficar de fora dessa festa!

Basta você enviar para o e-mail news@poeirazine.com.br as suas 10 canções preferidas da banda. O resultado dessa votação será publicado na edição especial poeira Zine AC/DC, e receberá comentários de grandes nomes da história do rock…

Participando da promoção você terá a chance de ganhar revistas especiais poeira Zine-AC/DC, assinaturas da poeira Zine, camisetas do AC/DC e o livro raro Highway to Hell: The Life and Death of AC/DC Legend Bon Scott!

Fique atento, pois a edição especial poeira Zine-AC/DC será lançada no dia 20 de novembro!

Atenção, essa promoção é válida até o dia 05 de novembro.

Mais detalhes nos sites:
www.poeirazine.com.br
www.acdcbrasil.net
www.googly-moogly.com.br

No ar, poeiraCast #26!

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O poeiraCast, o podcast da revista poeira Zine, em sua 26ª edição aborda as origens dos nomes das bandas: Abba, Ramones, Lynyrd Skynyrd etc…

Confira também, no segundo bloco deste programa, uma discussão sobre os 30 anos de London Calling, do The Clash.

Para ouvir o poeiraCast, clique aqui.

E para assinar o poeiraCast pelo iTunes, clique aqui.

Procol Harum é capa da poeira Zine #27!

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A poeira Zine, publicação que cobre o melhor da música do melhor dos tempos, traz em sua nova edição uma matéria especial sobre os pais do rock progressivo, o Procol Harum.

Confira nessa matéria, de 12 páginas, a ascensão e a queda de uma das maiores bandas dos anos 60 e 70: histórias, discos comentados, curiosidades e fotos inéditas de Gary Brooker, Robin Trower e companhia.

O número 27 da pZ ainda traz uma matéria caprichada sobre o grupo Country Joe & The Fish; a “Colméia Progressiva” do Nektar, que conta com entrevista exclusiva com o líder Roye Albrighton; o garoto prodígio Shuggie Otis, na seção pZ Hero; e um pouco da história de Luiza Maria, no Arquivo Verde Amarelo.

E não para por aí: Pet Agnew, o baixista do Nazareth, falou com exclusividade à revista. Nesta entrevista, Agnew contou sobre suas impressões acerca do Brasil, a passagem mais emocionante da banda pelo país, a perda do batera Darrel Sweet, a participação de Roger Glover na história do grupo e como eles escaparam do acidente que vitimou integrantes do Lynyrd Skynyrd em 1977.

Fique por dentro também da saga do Power of Zeus, a poderosa banda americana de 1970 que foi contratada pela Motown; saboreie os detalhes da capa de We´re Only In It For The Money, do Mothers of Invention; e saiba como foi a gestação de “Time Of The Season”, dos Zombies.

Para comprar seu exemplar, clique aqui.

Blue Öyster Cult – Tyranny and Mutation

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Bad Company (1974)

Se o AOR teve um pontapé inicial esse foi dado pelos ingleses do Bad Company. O super-grupo formado por Paul Rodgers e Simon Kirke (Free), Mick Ralphs (Mott The Hoople) e Boz Burrel (King Crimson) foi o primeiro a dar ao publico norte-americano o que ele queria: um disco que pudesse ser tocado na íntegra no rádio, ou seja, qualquer música do trabalho de estréia da banda tinha cara de hit.

Sacando o potencial da rapazeada, Jimmy Page e Peter Grant “fisgaram” o Bad Company para a Swan Song Records, selo de propriedade do Led Zeppelin que estava adentrando no mercado fonográfico (o Bad Company foi a primeira contratação do selo).

O disco pode ser considerado uma das melhores estréias da história do Rock. Em pouco mais de meia hora, trazia um som simples, porém refinado e de extremo bom gosto.

Surgiu numa época de produções megalomaníacas em que bandas como Yes e EL&P estavam na crista da onda. O Bad Company apostava na simplicidade e na competência de seus músicos. Até a capa era uma volta às raízes, apenas o logo da banda numa tipografia imitando couro, contrastando com um fundo negro. Idéia depois aproveitada por Jeff Beck em There and Back e pelo AC/DC em Back In Black, ambos lançados em 1980.

“Can’t Get Enough” chegou ao primeiro posto da parada, levando o Bad Company a excursionar diversas vezes “coast to coast”, num verdadeiro desbravamento roqueiro pelos estádios e arenas dos EUA.

Os genuínos rocks “Rock Steady”, “Movin’ On”, “Bad Company” desfilam ao lado das baladas “Ready For Love” (uma pequena obra prima de Ralphs lançada antes pelo Mott mas sem o mesmo impacto), “Don’t Let Me Down”, “The Way I Choose” e “Seagull”.

Paul Rodgers prova nesse álbum ser mesmo uma das melhores vozes do Rock, esbanjando uma classe poucas vezes vista no estilo; servindo fácil de ídolo para qualquer vocalista AOR que surgisse a partir daquele momento. Não é a toa que o Bad Company ainda lançaria muitos hits do estilo como “Feel Like Making Love”, “Shooting Star”, “Running With The Pack”, “Rock N’ Roll Fantasy”, etc.

Engraçado como esse álbum quase nunca aparece nas listas dos “melhores do Rock”, principalmente das publicações brasileiras.

Se o Punk Rock tivesse sido inspirado na simplicidade dos três acordes do Bad Company ao invés dos três acordes de certas bandas, talvez nossa cena musical atual fosse levemente mais agradável…

Texto de Bento Araújo
Matéria originalmente publicada na revista poeira Zine número 9.
Para saber mais clique no www.poeirazine.com.br

Carl Palmer: ‘Keith Emerson tem um ego do tamanho de Wembley!

ELP

A revista Classic Rock reporta que Emerson, Lake & Palmer planejam uma turnê neste mês, porém problemas com a mão de Keith Emerson deram “uma gelada” nos planos de reunião.

Já que Emerson é incapaz de realizar um espetáculo longo – “não mais que 45 minutos” -, Palmer sugeriu ao tecladista fazer uma participação junto com o Asia (!).

Segundo Palmer, seria uma situação em que Emerson poderia tocar. “Mas eu não sei se Emerson aceitaria, já que ele tem um ego do tamanho do estádio de Wembley”, disse o baterista.

Clique aqui para ler trechos da entrevista concedida a Rob Hughes

No ar, poeiraCast #25!

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O poeiraCast, o podcast da revista poeira Zine, em sua 25ª edição dá uma geral na carreira do GENESIS, um dos nomes mais respeitados do rock progressivo.

Confira também neste programa os detalhes sobre a nova caixa da gravadora Rhino, com a cena de garagem de Los Angeles dos anos 60…

Para ouvir o poeiraCast, clique aqui.

E Para assinar o poeiraCast pelo iTunes, clique aqui.

Mais de 1.000 shows disponíveis para download!

G.D

A companhia Wolfgang´s Vault, que detêm uma vasta coleção de gravações ao vivo, está para colocar mais de 1.000 delas para download.

No dia 03 de novembro, shows de 919 artistas estarão disponíveis para ser baixados em uma seção do site Concert Vault. Entre as bandas, estão: Lynyrd Skynyrd, Jethro Tull, Journey, Jefferson Airplane, Santana, Janis Joplin – e mais de 160 concertos do Grateful Dead!

De acordo com o fundador da empresa e CEO Bill Sagan, “esse é o resultado de uma negociação com artistas e gravadoras que não apenas reconhecem nossa posse do material, mas nos dá o direito de explorá-los comercialmente”.

Para mais informações, clique aqui.

O que Zappa tinha a dizer sobre o Grand Funk…e vice versa…

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Zappa produziu o disco Good Singin’ Good Playin’ do Grand Funk Railroad… Mas o que ele saiu dizendo por aí a respeito dessa parceria?

“Eu confesso que nunca tinha ouvido nada deles…só lia muitas críticas desfavoráveis nas revistas…Nos encontramos e cheguei a conclusão: que caras legais! Cantam bem e tocam bem (nota: dessa declaração de Zappa saiu o nome do álbum)”
(Creem – setembro de 1976)

“Foi realmente agradável produzir esses caras! Sempre que me relacionei com outras bandas nunca consegui criar um vínculo de amizade como o que tive com o pessoal do Grand Funk. Na maioria das vezes, as bandas famosas se levam muito a sério e não são nada interessantes…
Pra mim foi uma surpresa conhecer alguém do rock n’ roll que realmente é bacana. Eles possuem um ótimo senso de humor. Eles peidam entre eles e brincam de estilingue, ou seja, são caras com quem me identifico. Outro lance importante que temos em comum é o fato da crítica sempre publicar merda sobre nós. Eu também sempre passo por isso, então pode ter certeza que estarei sempre do lado deles…”
(Creem – setembro de 1976)
Continue lendo

“Eu toquei no disco Heaven & Hell”, afirma Craig Gruber

B.S H&H

O baixista da formação original do Rainbow e do ELF, Craig Gruber, conversou com a revista inglesa Classic Rock sobre seu papel no clássico trabalho do Black Sabbath Heaven & Hell.

“Eu toquei todas as linhas de baixo naquele disco, inclusive participei nas letras de algumas composições e trouxe “Die Young”. Eles me encaixaram quando o Geezer Butler saiu, e eu passei seis meses trabalhando com o grupo no álbum. Mas, quando Geezer ligou para a banda e disse que ele gostaria de retornar ao posto, eu o incentivei – eu senti que o Sabbath estaria melhor com os três membros originais juntos novamente”, declarou Gruber.

“No entanto, fiquei muito decepcionado quando Heaven & Hell saiu sem meu nome ter aparecido em nenhum lugar do disco, apesar de eles terem mantido todas as partes de baixo e canções nas quais estive envolvido. Mas chegamos a um acordo financeiro adequado, e ficamos numa boa desde então. Eles eram, e ainda são, grandes pessoas e grandes músicos.”

Gruber revelou ainda que há movimentos para uma reunião do saudoso Elf: “Eu, Dio e o guitarrista David ‘Rock’ Feinstein estamos numa séria discussão sobre o retorno da banda. Mickey Lee Soule estaria de volta nos teclados, mas todos nós precisaríamos encontrar alguém para assumir o lugar de baterista deixado por Gary Driscoll (morto em 1987)”, complementou o músico.

Editor da pZ é destaque no site Loucos por Coleções!

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Galera, saiu uma matéria comigo no site “Loucos por Coleções”, da editora Abril.

Eis abaixo alguns trechos:

““Minhas aventuras no incrível universo colecionável começaram em 1984, quando tinha apenas 7 anos. Estava para acontecer a primeira edição do Rock In Rio, e eu tinha caído de amores pela banda alemã Scorpions. O clip da música Rock You Like A Hurricane passava direto na TV. Guardei a grana da mesada para comprar o LP deles. O mais engraçado é que eu era tímido e por isso pedi para a minha mãe cantarolar a música para o vendedor, que usava uma roupa de caubói supercafona, já que a loja se chamava Dallas!”

“Desde então, não parei mais. Tenho amigos que me trazem preciosidades do Japão e de todos os cantos do mundo. E, hoje, a internet também ajuda o colecionador de LPs a encontrar raridades, como alguns compactos.”

“Também sou viciado em revistas antigas, principalmente as de música. Tenho todas as raríssimas edições brasileiras da Rolling Stone lançadas em 1972. Também a Rock História & Glória/Jornal de Música, Bondinho, Flores do Mal, Pop, Canja, Intervalo e outras… Na minha coleção, também tenho revistas americanas, como Circus e Hit Parade.”

Para ler a matéria na íntegra, clique aqui.

Mott The Hoople: Verden Allen fala sobre a situação de Dale Griffin e continuidade da banda

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O tecladista do saudoso Mott the Hoople falou com exclusividade à revista inglesa Classic Rock sobre a atual situação do baterista do grupo, Dale ‘Buffin” Griffin, que não se apresentou com o Mott em Monmouth, nos últimos dias 25 e 26 de setembro.

Segundo Allen, dessa vez o problema não tem relação com a saúde de ‘Buffin”, que nos últimos anos tem passado por diversos problemas. “O que aconteceu é que ele teve sangramentos no nariz e foi internado no hospital. Mas ele já teve alta, felizmente, e estará conosco em todas as próximas datas em Londres, porém somente durante os encores. Nós temos que ter cuidado com sua saúde… mas isso não seria o mesmo que não tê-lo conosco pelos menos fazendo algum tipo de aparição”, esclareceu o músico.

Para cobrir o buraco na formação, Allen concovou um velho amigo de estrada, Martin Chambers. “Quando saí do Mott The Hoople, tocamos juntos numa banda chamada Cheeks. Ele (Chambers) é um baterista muito mais poderoso que ‘Buffin”, mas para ele tocar no Mott The Hoople é apenas um sonho que virou realidade”, declarou o tecladista. “Ian Hunter sugeriu o que o convidássemos quando ‘Buffin” estiver ausente”, complementou.

Sobre a continuidade da banda e novas trabalhos após os shows de reunião, Allen não descartou a possibilidade: “Ninguém tem certeza sobre isso no momento. Todos nós temos outros compromissos. Mas, felizmente, nossos ensaios estão indo tão bem que queremos fazer algo mais. Mas temos de ser comedidos. Talvez algumas datas por ano, não mais. Isso é possível, mas precisamos discutir novamente a respeito”.

poeiraCast #24 no ar!

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O poeiraCast, o podcast da revista poeira Zine, traz em sua 24ª edição uma discussão sobre a cena rock no Brasil com a participação do guitarrista Xando Zupo, da banda PEDRA.

No segundo bloco, uma geral numa banda subestimada dos anos 70, o PATTO…

Para ouvir o poeiraCast, clique aqui!

Para assinar o poeiraCast pelo iTunes, clique aqui.

AC/DC divulga detalhes sobre seu Box Set ‘Amplificador’

ACDC ampli

No próximo dia 10 de novembro, os fãs do AC/DC já poderão adquirir o novo box set a ser lançado pela banda. Backtracks, como reportado pela revista inglesa Classic Rock, será “dobrável” no estilo amplificador, permitindo que as músicas sejam ouvidas através da caixa, de um watt de potência. O box também funcionará como um amplificador de verdade, então você poderá tocar guitarra “por cima” dos sons do AC/DC…

Limitada em 50.000 cópias e disponível apenas para compra através de um site criado pela banda (abaixo segue o endereço da página), o box será composto de três CDs, dois DVDs e um LP. O primeiro disco contará com faixas raras da carreira do grupo: lados B de singles, canções que pintaram em trilhas sonoras e nos lançamentos australianos da banda. Os outros dois CDs virão com gravações raras ao vivo, registradas ao longo dos anos.

O primeiro DVD é um complemento para a série Family Jewels, com mais clipes promocionais e faixas ao vivo. O outro DVD tem um show completo no Circus Krone, em Munique, em 2003. O LP trará algumas das raridades de estúdio contidas também no CD1.

Além disso, o box ainda contará com um mega e luxuoso book de 164 páginas e um envelope repleto de memorabilias; um botom com a inscrição “I Do It For Ac/DC”, o primeiro item de merchandise da banda; o flyer de “Lock Up Your Daughters” de 1976, a ficha completa de gravação de “Dirty Deeds Done Dirt Cheap”, um pôster da “Let There Be Rock European Tour ’77”, um dólar australiano Money Talks, três litografias de fotos nunca antes vistas do grupo no Alberts Studio em 1977, palheta com o logotipo do conjunto e uma réplica da tatuagem do papagaio de Bon Scott.

A belezinha custará cerca de R$840, isso sem contar o frete…

Confira abaixo o conteúdo do material:

CD 1: STUDIO RARITIES

1. High Voltage (Original Australian Release)

2. Stick Around

3. Love Song

4. It’s A Long Way To The Top (If You Wanna Rock ‘N’ Roll) (Original Australian Release)

5. Rocker (Original Australian Release)

6. Fling Thing

7. Dirty Deeds Done Dirt Cheap (Original Australian Release)

8. Ain’t No Fun (Waiting Around To Be A Millionare) (Original Australian Release)

9. R.I.P. (Rock In Peace)

10. Carry Me Home

11. Crabsody In Blue

12. Cold Hearted Man

13. Who Made Who – 12″ extended mix

14. Snake Eye

15. Borrowed Time

16. Down On The Borderline

17.Big Gun

18. Cyberspace

CD 2: LIVE RARITIES

1. Dirty Deeds Done Dirt Cheap (live) (Sydney Festival. 30 Jan.1977)

2. Dog Eat Dog (live) (Apollo Theatre, Glasgow, 30 Apr. 1978)

3. Live Wire (live) (Hammersmith Odeon, London, 2 Nov. 1979)

4. Shot Down in Flames (live) (Hammersmith Odeon. London, 2 Nov. 1979)

5. Back In Black (live) (Capital Center, Landover MD, 21 Dec. 1981)

6. T.N.T. (live) (Capital Center, Landover MD, 20 Dec. 1981)

7. Let There Be Rock (live) (Capital Center, Landover MD, 21 Dec. 1981)

8. Guns For Hire

9. Sin City (live) (Joe Louis Arena, Detroit MI, 18 Nov. 1983)

10. Rock ‘N’ Roll Ain’t Noise Pollution (live) (Joe Louis Arena, Detroit MI, 18 Nov. 1983)

11. This House Is on Fire (live) (Joe Louis Arena, Detroit MI, 18 Nov. 1983)

12. You Shook Me All Night Long (live) (Joe Louis Arena, Detroit MI, 18 Nov. 1983)

13. Jailbreak (live) (Dallas TX, 12 Oct. 1985)

14. Shoot To Thrill (live) (Donington Park, 17 Aug. 1991)

15. Hell Ain’t A Bad Place To Live (live) (Donington Park 17 Aug. 1991)

CD 3: LIVE RARITIES

1. High Voltage (live) (Donington Park 17 Aug. 1991)

2. Hells Bells (live) (Donington Park 17 aug. 1991)

3. Whole Lotta Rosie (live) (Donington Park 17 aug .1991)

4. Dirty Deeds Done Dirt Cheap (live) (Donington Park 17 aug. 1991)

5. Highway To Hell (live) (Tushino Airfield, Moscow, 28 Sept. 1991)

6. Back In Black (live) (Tushino Airfield, Moscow, 28 Sept. 1991)

7 For Those About To Rock (We Salute You) (live) (Tushino Airfield, Moscow, 28 Sept. 1991)

8. Ballbreaker (live) (Plaza De Toros De Las Ventas, Madrid, 10 July 1996)

9. Hard As A Rock (live) (Plaza de Toros De Las Ventas, Madrid, 10 July 1996)

10.Dog Eat Dog (live) ( Plaza de Toros De Las Ventas, Madrid, 10 July 1996

11. Hail Caesar (live) (Plaza De Toros De Las Ventas, Madrid, 10 July 1996)

12. Whole Lotta Rosie (live) (Plaza De Toros De Las Ventas, Madrid, 10 July 1996)

13. You Shook Me All Night Long (live) (Plaza De Toros De Las Ventas, Madrid, 10 July 1996)

14. Safe In New York City (live) (Pheonix AZ, 13 Sept. 2000)

DVD 1: FAMILY JEWELS 3

VIDEOS

Big Gun

Hard As A Rock

Hail Caesar

Cover You In Oil

Stiff Upper Lip

Satellite Blues

Safe In New York City

Rock N Roll Train

Anything Goes

BONUS VIDEOS

Jailbreak

It’s A Long Way To The Top (If You Wanna Rock ‘N’ Roll)

Highway To Hell

You Shook Me All Night Long

Guns For Hire

Dirty Deeds Done Dirt Cheap (live)

Highway To Hell (live)

BONUS FEATURES

The Making Of Hard As A Rock

The Making Of Rock N Roll Train

DVD 2 LIVE AT CIRCUS KRONE, MUNICH

1. Introduction

2. Hell Ain’t A Bad Place To Be

3. Back In Black

4. Stiff Upper Lip

5. Shoot to Thrill

6. Thunderstruck

7. Rock N Roll Damnation

8. What’s Next To The Moon

9. Hard As A Rock

10. Bad Boy Boogie

11. The Jack

12. If You Want Blood (You’ve Got It)

13. Hells Bells

14. Dirty Deeds Done Dirt Cheap

15. Rock N Roll Ain’t Noise Pollution

16. T.N.T.

17. Let There Be Rock

18. Highway To Hell

19. For Those About to Rock (We Salute You)

20. Whole Lotta Rosie

RARITIES 180 GRAM LP

SIDE A

1. Stick Around

2. Love Song

3. Fling Thing

4. R.I.P. (Rock In Peace)

5. Carry Me Home

6. Crabsody In Blue

SIDE B

1. Cold Hearted Man

2. Snake Eye

3. Borrowed Time

4. Down On The Borderline

5. Big Gun

6. Cyberspace

Para comprar o produto e obter mais informações, clique aqui.

Mick Box: o novo colunista da imprensa roqueira inglesa!

M.B

O lendário guitarrista do Uriah Heep Mick Box juntou-se à equipe da revista inglesa Classic Rock como o primeiro de um grupo de colunistas do site.

Em sua estréia no site, o músico escreveu sobre os 40 anos de sua banda, Jeff Beck, Thunder, Mott The Hoople, Trivium, Neil Young, Chickenfoot e mais…

Para ler o instigante texto de Box no site da C.R, clique aqui.

Correio, o seu nome é incompetência…

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Lamentável, extremamente lamentável o que temos a dizer sobre os Correios nesse início de semana…

Como se não bastasse a greve, que prejudicou milhares de pessoas no país inteiro, o serviço de entrega da corporação continua mais capenga do que nunca…

No caso da pZ, muitas reclamações ultimamente…pacotes que chegam ao seu destino com um atraso absurdo, extravios aos montes e até o cúmulo da picaretagem ao entregar um exemplar como este postado acima, recebido por um de nossos fiéis assinantes…

E tem gente que ainda fala que “o Correio é uma das poucas coisas que funcionam no Brasil”…

Reunião dos Faces em outubro!

Faces

Os Faces estão se reunindo – apenas por uma noite. Mas eles não contarão com a presença de Rod Stewart.

Após 37 anos, o guitarrista Ronnie Wood, o baterista Kenney Jones e o tecladista Ian McLagan irão se apresentar juntos no dia 25 de outubro, no Royal Albert Hall. Este show é para o evento de caridade PRS For Music Members Benevolent Fund.

Bill Wyman, o baixista da formação clássica dos Rolling Stones, irá substituir Ronnie Lane, enquanto uma gama de convidados especiais irá participar fazendo os vocais…

Escolha o melhor álbum de 1969 no site da UNCUT!

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A revista britânica UNCUT elaborou uma seleção com os 50 melhores álbuns de 1969 para que os leitores e visitantes do site escolham qual deles é o melhor. Entre os discos, estão: Nashville Skyline, Bob Dylan; The Stooges, The Stooges; Songs From a Room, Leonard Cohen; Trout Mask Replica, Captain Beefheart; Ummagumma, Pink Floyd; etc…

Até a presente data, o top 5 está assim:

1. The Beatles Abbey Road
2. Rolling Stones – Let It Bleed
3. Neil Young – Everybody Knows This Is Nowhere
4. Led Zeppelin – Led Zeppelin
5. Led Zeppelin – Led Zepellin II

Clique aqui para participar!

Raridades Led Zeppelin I e II

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Tratando-se dos dois primeiros álbuns do Zeppelin, não faltam raridades espalhadas pelo mundo. Bem vindo a um mundo de capas diferentes, nomes de músicas trocados, acetatos exclusivos para rádios, cartuchos de oito pistas e prensagens teste; cada um deles tirando o sono dos colecionadores. As cotações são baseadas nas revistas Record Collector e Goldmine.

Prensagens Diferentes
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O disco de prensagem inglesa mais raro do Zeppelin é o “Legendary Turquoise Sleeve”, onde o nome da banda e o selo da Atlantic aparecem não na tradicional cor alaranjada, mas sim em azul turquesa. Menos de duas mil cópias foram prensadas com esse erro de tonalidade. Recentemente uma dessas cópias foi negociada no eBay por mil libras. No Japão a estréia do grupo saiu numa luxuosa capa dupla (MT1067) pelo selo Nippon Grammophon e vale cerca de 80 libras. Em 1971 a Atlantic relançou esse elepê por lá (P10105A) com um pôster. Em 1992 nova prensagem, com um encarte extra e um obi caprichado (AMJY2000).
A capa do primeiro disco da banda também sofreu alterações em diversos países. Na Austrália e Nova Zelândia a contra-capa trazia um longo texto baseado no press release original inglês do grupo ao invés da foto do quarteto. Essa edição (SAL933232) chega a bater as 80 libras nos leilões pela net. Na África do Sul a capa saiu bem mais escura, quase marrom e com o selo mais antigo da Atlantic estampado. Na repúplica Tcheca, as letras do nome do grupo saíram em vermelho e na Espanha uma alteração curiosa, a foto da contra-capa era diferente daquela usada no resto do mundo. Essas prensagens sempre fazem sucesso no eBay.

Led Zeppelin II
A primeira prensagem inglesa do álbum (Atlantic 588198) foi distribuída pela Polydor e listava “Livin’ Lovin’ Maid” erroneamente como “Livin’ Lovin’ Wreck” e dizia que “The Lemon Song” era uma composição do grupo. Não se sabe ao certo quantas unidades foram prensadas, mas essa edição sai de 100 libras nos leilões pela net. Na terceira prensagem da Polydor, “The Lemon Song” vinha como “Killing Floor” e estava creditada a Chester Burnett, por exigência da gravadora de Howlin’Wolf (Burnett em pessoa) que reclamou pelos direitos originais da canção. Agora “Livin’ Lovin’ Maid” vinha com o subtítulo “She’s Just A Woman” ao invés de apenas “She’s A Woman” da primeira edição, e no lado dois mais uma peculiaridade: os créditos de composição referente ao baixista do Zeppelin apareciam com o nome de John Baldwin, o nome real de John Paul Jones.

A maior raridade referente ao segundo disco do grupo no entanto se dá a prensagem turca do disco (Atlantic SD8236) com capa diferente, já que a original foi censurada no país por trazer uma sátira as forças armadas alemãs (N.R. A Turquia foi aliada da Alemanha na II Guerra, mas foi logo derrotada). No lugar da capa original foi usado um desenho psicodélico de uma pessoa segurando três garotas nuas rodeada de ovos pelo chão! Essa capa bizarra faz com que esse disco chegue na casa das 800 libras no eBay. Na Alemanha e na Áustria, o álbum também foi lançado com uma capa diferente pela RCA (SK92508), trazendo uma foto da banda no palco e uma bela tipografia psicodélica, além de listar “Heartbreaker” como “Heartbreakers”. Vale atualmente no mínimo 100 libras. No Brasil o álbum foi lançado em 1970, antes do primeiro disco do grupo. Saiu como capa simples e com uma contra-capa diferente: além de uma foto promocional, o lançamento brazuca contava também com um texto hilário de Nelson Motta apresentando o Zeppelin para a moçada.
Compactos de 7’’

No início de 1969 foi distribuído para as rádios norte-americanas um compacto promocional (Atlantic EP 1019) exclusivo com duas faixas retiradas da estréia do grupo: Babe I’m Gonna Leave You” e “Dazed and Confused”. O item é avaliado em cerca de 300 libras, sendo que existem versões em mono e em estéreo na praça.

Em muitos países um compacto contendo Good Times Bad Times/Communication Breakdown, foi lançado em sete polegadas, com exceção do Reino Unido. Na Grécia no entanto foi lançado um compacto com Babe I’m Gonna Leave You/How Many More Times. Na Austrália a Atlantic lançou três EPs contendo canções dos dois primeiros álbuns da banda, assim como no México. Esses EPs valem mais de 300 libras cada atualmente. No Japão, apenas três cópias existem de um compacto com Good Times Bad Times/Communication Breakdown (DT1105Y400) que vinham num envelope de papel, cada uma delas valendo mais de mil libras. A versão promo com capa colorida (DT1105) vale 500 libras.

Na primavera de 1969 foi lançado na Inglaterra um promo em compacto para promover o disco de estréia, com Communication Breakdown/ Good Times Bad Times (584269). Apenas alguns poucos DJs e jornalistas receberam o disquinho, que vale 500 libras. É sabido também que Peter Grant negava veemente qualquer lançamento do grupo em single na Inglaterra, sendo que uma versão editada de “Whole Lotta Love” foi prensada de forma precipitada pela Atlantic, mas teve de ser recolhida no último instante por ordem do temido empresário. No entanto, para desespero de Grant, 500 cópias desse compacto escaparam de um armazém em Manchester. Esse compacto pode ser considerado um dos mais raros 7” da história da música pop, fechando facilmente em 500 libras.

Não podemos nos esquecer também dos compactos japoneses Whole Lotta Love/Thank You e Living Loving Maid/Bring It On Home (200 libras cada), lançados em 1970 e com capas deslumbrantes, ambas mostrando Page e Plant em ação. Na Itália também pintaram dois compactos: Heartbreaker/Bring It On Home e Moby Dick/Gallow’s Pole, essa última já do terceiro disco do grupo.

Acetatos

Recentemente surgiram dois acetatos teste na África do Sul do primeiro disco do grupo. Um tinha dois lados e o carimbo “Not Approved” (ATC 9180) e outro somente a faixa “Black Mountain Side”. Cada belezinha sai a partir de 300 libras nos leilões. Na Inglaterra pintou um acetato de apenas um lado com “Good Times Bad Times” (584269A), prensado sob pedido de Peter Grant. Só uma cópia deste acetato existe e se ele aparecer no eBay, deve começar na casa das 500 libras… Na América vários acetatos e prensagens teste também foram distribuídos para rádios, jornalistas e executivos. Em algumas poucas cópias os norte-americanos escreviam o nome do grupo no selo como “Led Zepplein” ou “Led Zeppelein”. Um desses acetatos chegou a ser leiloado por três mil libras no eBay!

Promos

No final dos anos 60 era comum na América os grandes selos distribuírem às lojas discos promocionais com seus principais contratados tomando conta de um lado do LP. No começo de 1969 a Atlantic prensou um desses promos com o Led de um lado e Dusty Springfield de outro (Atlantic TLS 35). Era comum também nesses lançamentos uma voz linkar os trechos principais de cada álbum entre as faixas, algo como um slogan que serviria para alavancar as vendas no instante em que esse promo estivesse rolando nos falantes das lojas pelo país. No lado do Zeppelin essa voz dizia: “O Led Zeppelin te levará para uma viagem inesquecível”. Esse item costuma ser trocado de mãos por não menos que 300 libras.

Compilações

Na metade dos anos 70 pipocaram pela Europa discos duplos sob o nome de 2 Originals Of, e um volume foi dedicado a reunir os dois primeiros álbuns do Zeppelin (ATL800005), com capa chamativa e tudo mais…Quem não gostou nada do lançamento foi Peter Grant, que mandou recolher os discos das prateleiras das lojas pela Alemnha e Ioguslávia, onde a bolacha já havia sido lançada. Quem segurou uma cópia conta hoje com pelo menos 200 libras no bolso.

Cassetes e 8-tracks

Uma das primeiras prensagens inglesas em cassete do primeiro disco chegou a sair também com as letras em azul turquesa e a ordem dos lados saiu trocada, com “Your Time Is Gonna Come” abrindo o lado A. No cartucho de oito pistas, “You Shook Me” e “Dazed and Confused” saíram editadas.

Esse artigo ficou de fora da pZ# 26 unicamente por falta de espaço…

O compacto espanhol de 1970 que ilustra este post foi inclusive um presente do amigo Víctor Bernardes, recém chegado da Espanha…o Víctor é o maior fã vivo do Zeppelin do Brasil…Além desse do Led ele ainda me trouxe compactos do Grand Funk, Free e uma shirt do mestre Terry Reid, show que ele assistiu por minha indicação…

Thank You: Rockstars pagam seu tributo ao primeiro disco do Zeppelin

Led+Zeppelin+(1969)

Tony Iommi
“Led Zeppelin I tem uma ótima atmosfera e eles escreveram ótimas canções, uma sonoridade aliás que nunca tinha sido ouvida antes. Claro que outros grupos também estavam mesclando o blues com o rock, mas com o Zeppelin era diferente. Isso se deve a qualidade das músicas deles”.

Joe Perry
“Quando o primeiro álbum do Zeppelin foi lançado eu passava horas tirando as canções e ficava tentando sacar o que fazia elas serem tão geniais. Foi só nessa época que eu passei a levar a minha música a sério”.

Leslie West
“Quando ouvi o primeiro álbum deles, o Mountain ainda não havia sido formado e eu tinha acabado de gravar meu primeiro álbum solo. Pensei comigo mesmo: ‘Se eu tiver que competir com isso eu to ferrado!’. Fiquei extremamente impressionado com o som daquela banda, era exatamente o que eu queria estar fazendo. Até hoje quando você coloca aquele primeiro disco deles pra tocar ele causa um impacto e faz todo o pessoal daquela época ficar envergonhado. Eles soavam muito mais do que um grupo com um vocalista e três músicos: Bonham soava como quatro bateristas juntos e todo mundo tinha um som único naquela banda. Page era um músico de estúdio sensacional e tinha um som único, não era como Clapton, mas suas canções eram ótimas. Eles tinham tudo”.

Paul Stanley
“Numa tarde, uma rádio de Nova York tocou a primeira faixa do Led I, “Good Times Bad Times”, e aquilo me deixou completamente atordoado. Era como se alguém estivesse acabado de injetar adrenalina no meu coração. O sangue começou a bombar por todo meu corpo e tive a sensação de aquela música energética iria destruir os meus falantes”.

Simom Kirke
“A primeira coisa deles que ouvi foi “Good Times Bad Times” e imediatamente fiquei paralisado ao ouvir aquele som de bateria. Nunca tinha sequer imaginado em ouvir alguém tocar daquele jeito. Bonzo tinha a melhor técnica de bumbo do rock”.

Marky Ramone
“Comprei o primeiro disco deles assim que saiu e ele foi meu álbum preferido nessa época. Escutei diariamente por meses a fio. Eu não os considero heavy metal, mas sim uma banda inglesa de hard rock e blues. John Bonham acabou comigo em todos os sentidos”.

Rik Emmet
“O primeiro álbum do Zeppelin até hoje é o meu favorito. É impossível ouvir esse disco e não se lembrar o quanto ele significava para um garoto fanático por rock naqueles tempos”.

Carmine Appice
“Nosso empresário me deu um acetato do primeiro álbum deles pra ouvir, antes mesmo do disco ser lançado, pois estávamos escolhendo bandas para abrir os nossos shows pela América. Claro que fiquei completamente atordoado com aquilo e sendo um baterista o que mais me chamou a atenção foi a performance de Bonham, principalmente em ‘Good Times Bad Times’, onde ele faz aquilo com o bumbo. Tempos depois, quando fui apresentado a Bonham ele me disse ‘roubei aquilo de você’, e eu respondi ‘mas eu não faço aquilo’ e ele rebateu ‘você fez sim em Ticket To Ride’. Eu não estava botando fé nesse papo até reouvir a minha performance nessa gravação e constatar que Bonham estava certo mesmo, mas havia levado aquilo ao extremo. Fiquei arrasado e contente ao mesmo tempo.

Felix Dennis (Oz Magazine – Março de 1969)
Muito ocasionalmente um novo álbum lançado desafia qualquer tipo de classificação e descrição. O ponto de convergência que este álbum aponta é tão nítido que somente o tempo irá colocá-lo em perspectiva. Foi assim com Bringing It All Back Home, de Dylan, com Younger Than Yesterday, dos Byrds, com Disraeli Gears, do Cream, com Are You Experienced? De Hendrix, com Sgt. Peppers e será também com esse disco de estréia do Zeppelin. Este álbum faz você se sentir bem. Ela faz você se sentir bem ao ouvir uma banda com muito a dizer. O Zeppelin tem a notável capacidade para dizer como se sentem e traduzem o que está em suas cabeças para a música. Bonham e Jones trabalham juntos, criando profundas e fluentes correntes de ritmo e Page novamente molesta as áreas mais vulneráveis de sua Telecaster. É bom ouvir Plant com seu feio e furioso vocal… Claro que, como resultado deste álbum, iremos perder o grupo para a América, e certamente a seção de cartas do Melody Maker vai estampar: ‘Seria Page melhor do que Deus?” – Em seguida, a BBC vai começar as negociações sobre um filme …

Esse artigo ficou de fora da pZ# 26 unicamente por falta de espaço…

Entrevista Randy Bachman – Sobras!

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Essas ficaram de fora da edição impressa da pZ#26:

Você curte mais excursionar como artista solo ou com uma banda?

Eu gosto das duas coisas. Sou um afortunado por ter escrito um monte de canções que, não importa o tipo de desempenho que eu tive, sempre repercutiram entre os fãs. A mágica está nas músicas. Elas são a moeda da indústria musical e certamente minha conexão com os fãs e a audiência no mundo inteiro.

E o que você anda aprontando ultimamente?

No momento eu estou trabalho em um novo CD, que irá abranger algumas das melhores músicas que eu já escrevi. Os riffs, grooves e as canções são apenas o melhor de todas as coisas que aconceteram comigo em anos. As linhas vocais de Charles Frederick juntas com as minhas na faixa título desse novo álbum são brilhantes e, se os fãs por aí ficarem tão excitados como eu fiquei ao final dessa faixa, pode ser que isso abra caminho para um novo disco do Bachman-Turner Overdrive e, talvez, até mesmo alguns shows! Eu também gravei uma canção com outro roqueiro de Winnipeg que eu conheço desde meus tempos de adolescente, Neil Young. Eu também voltei às raízes do blues-rock de Clapton, Beck e Page para esse disco, pois aqueles riffs são atemporais. Na primavera de 2010 será lançado esse álbum e, finalmente, os fãs poderão sentir o que eles têm pedido por todos esses anos.

Sobras do Mott…pZ#26

Ficaram de fora da edição mais recente da pZ, duas “curiosidades” sobre ‘All The Young Dudes’, gravada pelo Mott The Hoople…

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# Em 1972, Bowie disse que compôs a canção especialmente para o Mott The Hoople, mas anos depois a verdade apareceu. Em 1975, o guitarrista Mick Ronson confessou para Ian Hunter que na verdade Bowie estava trabalhando na canção naquela época, mas não tinha certeza se gostava tanto dela assim para lançá-la em algum álbum ou single.

# Para muitos a canção transformou o Mott numa banda gay, como relembrou Ian Hunter: “Nessa época, quando tocávamos na América atraíamos muitos travestis para os nossos shows. Excursionamos também com a Bette Middler e isso talvez tenha ajudado a construir essa imagem ao nosso redor… De início eu estava apreensivo em tocar em bares gays, mas era sempre fabuloso, pois eles nos amavam… Era sempre hilário tocar nesses locais…”.

Depois do sucesso de “ATYD”, na Califórnia, a comunidade gay recebia a banda com buquês e arranjos de flores, e quem mais se aproveitava disso eram os roadies do grupo Lee e Zee, homossexuais assumidos que saiam pegando garotinhos onde quer que a banda tocasse.

Stooges ataca com a formação de Raw Power reunida!

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De acordo com o site da revista Mojo, o line-up do clássico álbum do Stooges Raw Power fará uma reunião em 2010.

O guitarrista original do grupo, Ron Asheton, morreu em janeiro passado. Mas Iggy Pop e o irmão de Ron anunciaram que a banda irá tocar no evento All Tomorrow Parties, a ser realizado em 02 de março.

Os ensaios do conjunto estão marcados para começar no próximo dia 20 de setembro.

Vale salientar que será a primeira apresentação do guitarrista James Williamson com o Stooges desde 1974.

AVISO! GREVE DOS CORREIOS!

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Gostaríamos de avisar que a nova edição da poeira Zine já foi postada a todos os assinantes, revendedores e leitores em geral que fizeram o pedido nessa última semana.

Porém, em função da greve dos funcionários dos Correios, iniciada nesta quarta-feira (16/09), a entrega da revista poderá ser prejudicada.

Solicitamos a todos que não receberem o pedido feito que aguardem a retomada dos trabalhos na estatal.

Obrigado e um abraço!
Bento Araújo
www.poeirazine.com.br

No ar, poeiraCast #23!

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O poeiraCast, o podcast da revista poeira Zine, traz em sua 23ª edição um especial sobre o os grandes “lost albuns” do rock: Smile, Lifehouse, Get Back, O “A” e o “Z”, BBA II, etc.

No segundo bloco, o programa dá uma geral na carreira do Jethro Tull!

Clique aqui e boa viagem!

Para assinar o poeiraCast pelo iTunes, clique aqui.

Especial sobre Led Zeppelin ganha capa da poeiraZine # 26!

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1969 foi o ano de Led Zeppelin. E claro que a revista que cobre o melhor da música do melhor dos tempos não iria deixar esse acontecimento passar batido.

Por isso, em sua nova edição, a poeira Zine vai fazer você mergulhar de cabeça nos 12 meses mais caóticos da história da banda e entender como o Led se tornou o maior fenômeno do rock da década de 70.

O número 26 da pZ ainda traz uma reportagem sobre a lendária tour de 1977 do Emerson Lake & Palmer, que deixou a banda no vermelho, com seus shows pela América do Norte, os excessos do trio e o famoso tapete persa de Greg Lake; Graham Bond, a fera que descobriu gente como Jack Bruce, Ginger Baker, John McLaughlin, entre outros; uma geral no rock finlandês, onde Marco Gaspari faz um relato dos grupos Blues Section, Wigwan e Tasavallan Presidentti; e as peripécias de Ian Hunter e Mott The Hoople na confecção de “All the Young Dudes”.

Confira também uma entrevista exclusiva e bem humorada com o famoso guitarrista canadense Randy Bachman, o homem à frente do Guess Who, Bachman-Turner Overdrive, Iron Horse, Brave Belt, entre outros; um mini perfil do renomando produtor Martin Birch, matérias sobre Big Star, Rush, Renato e seus Blue Caps, The Tornados, Coven, Marcus e demais histórias do mundo da boa música.

Para comprar seu exemplar clique aqui.

#Capas Históricas# Free (1969)

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O segundo e mais psicodélico disco do Free mereceu uma arte gráfica à altura. Um dos favoritos da facção mais freak que acompanha o grupo, Free, o álbum, veio numa época de plena ascensão da banda inglesa, fato esse assimilado pelo desenhista e fotógrafo Ron Raffaelli.

Camarada de Hendrix e calejado de fotografar gente simples como Stones, Cream e Led, Raffaelli foi o sujeito que injetou sensualidade na imagem rude do Free.

A foto da garota, uma jovem de 18 anos chamada Linda Blair (não a do Exorcista), foi tirada no estúdio particular do artista, em Hollywood.
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Buffalo – O Hard Australiano!

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Tão logo veio a triste notícia do falecimento do guitarrista Pete Wells, me ocorreu dedicar a seção Pérola Escondida para sua banda desconhecida dos anos 70, o Buffalo.

Pete começou tocando baixo, em 1966, quando montou ao lado do amigo Dave Tice a banda The Odd Colours, em Brisbane, Queensland, Austrália. Esse grupo teve vida breve e logo a dupla se mandou para o Strange Brew (não confundir com aquele projeto de Cozy Powell, em meados dos anos 70, ao lado do pessoal do Humble Pie).

No final de 1967, Wells e Tice montam a The Capitol Show Band. Com a chegada da década de 70 e com o Rock ficando cada vez mais pesado, se mudam para Sydney e reformulam seu som, assumindo o nome de Head, contando também com Paul Balby na bateria (depois substituído por Jimmy Economou), John Baxter na guitarra e um segundo vocalista, Alan Milano. Lançam um compacto e marcam presença semanalmente numa espelunca fedorenta de Sydney.
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Artista americano baseia sua obra em clássico do Led Zeppelin!

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O artista americano Greg Harris postou em seu site o vídeo do trabalho “A Song Of Hope”, uma pintura baseada na lendária música “Stairway To Heaven”.

Segundo Harris, esse seu trabalho “é a interpretação visual de uma obra-prima musical e oferece indícios ao significado verdadeiro, talvez, da canção mais popular e controversa de todos os tempos”.

Clique aqui para conferir a “viagem” e tirar suas conclusões.

A guitarra de Jimmy Page em ‘Bald Headed Woman’ do WHO!

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Até hoje, muito se comenta sobre a parceria de Jimmy Page com o Who. Através de estudos e levantamentos, acredita-se que Page participou de 60% das gravações roqueiras de Londres entre os anos de 1963 até 1966.

Erroneamente, alguns fãs garantem que Jimmy toca na música ‘I Can’t Explain’, sendo que na verdade ele gravou o solo de ‘Bald Headed Woman’, o lado B do compacto de ‘I Can’t Explain’. Quem confirmou o fato foi John Entwistle: “Quando fomos gravar ‘I Can’t Explain’, Jimmy Page estava no estúdio conosco, já que nosso empresário Shel Talmy queria que Page gravasse a guitarra solo da canção, pois achava que Townshend não estava rendendo o suficiente no estúdio. Pete por sua vez não esquentou muito com a possibilidade de ser substituído naquela canção, o que ele não aceitou de maneira alguma foi ter que emprestar sua Rickenbacker de 12 cordas para Page. Por esse motivo que Page não está em ‘I Can’t Explain’. Ele era o único cara da Inglaterra que tinha um pedal fuzz naquela altura, esse foi o real motivo pelo qual o chamamos”.

Talmy tinha verdadeira fixação por Page, declarando que ele era o melhor guitarrista de toda a ilha. Talmy acabou colocando Page não só na versão de ‘Bald Headed Woman’ do Who, mas também em músicas dos Kinks, Them e outros. Page também impressionou outro astuto empresário: Andrew Loog Oldham, que colocou o guitarrista em gravações dos Stones, John Mayall, Nico e Eric Clapton.

Texto de Bento Araújo
Matéria originalmente publicada na revista poeira Zine número 14.
Para saber mais clique no www.poeirazine.com.br

Steely Dan – Rikki Don’t Lose That Number (1974)

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O Steely Dan ficou conhecido pelo primor e bom gosto de suas legendárias composições, também pudera, o grupo era formado por dois compositores de mão cheia, Walter Becker e Donald Fagen, e um produtor experiente, Gary Katz.
Nesses tempos, era quase raridade um grande grupo não ter baterista e baixista fixo. Melhor para eles, que podiam escalar sempre músicos de primeira para as gravações e tours, apesar do Steely Dan ser avesso a tours nessa época de sua carreira, preferindo se concentrar totalmente na produção de seus trabalhos em estúdio.

Depois de uma estréia primorosa com Can’t Buy A Thrill, em 1972, e um segundo álbum no mesmo nível, Countdown To Ecstasy, de 1973; o grupo/projeto adentrava 1974 com seu terceiro e mais sério trabalho até então, Pretzel Logic. Abusando de elementos característicos de sua rica sonoridade, o Steely Dan tinha as manhas de ‘letrar’ suas canções em formato de quebra-cabeça, apimentando tudo com humor inteligente e trocadilhos verbais/musicais.

“Rikki Don’t Lose That Number” abria o terceiro trabalho de Fagen e Becker e teve seu título baseado numa situação atravessada com o guitarrista Rick Derringer. O próprio guitarrista explicou o ocorrido recentemente, num fórum pela internet: “Esse título surgiu quando fizemos uma sessão juntos. Pelo que me lembro, Fagen anotou um número de telefone num papel e me entregou. Depois ficou a noite inteira falando: Rikky não perca aquele número! Obviamente a canção não tem nada a ver com aquela ocasião, mas o título certamente sim”. Derringer esqueceu de mencionar que ‘number’ é também uma gíria ianque para maconha, muito usada nos anos 60.

Alguns fãs diziam que a faixa era na verdade inspirada em Eric Clapton, já que Jim Gordon é o baterista da canção e como ele havia gravado com o Derek And The Dominos, de Clapton, a conexão estaria aí estabelecida, além do fato de Fagen soltar um “we could go our driving slow hand row” em certo ponto da canção, lembrando que ‘slow hand’ era o apelido do guitar hero inglês. Outra versão é que “Rikki” seria uma antiga namorada de colégio de Fagen, a senhorita Rikki Lee Jones.

Especulações à parte, o ritmo sincopado e o esmerado apelo pop de “Rikki Don’t Lose That Number” fez dela um dos maiores hits da banda e um clássico da década de 70. Nada mal para uma composição com a linha de baixo baseada num antigo tema de jazz chamado “Song For My Father”, original de Horace Silver. A abertura de ambos os temas é bem similar, o que comprova o bom gosto de Fagen e Becker de incluir referências jazzísticas em canções pop inesquecíveis.

Texto de Bento Araújo
Matéria originalmente publicada na revista poeira Zine número 17.
Para saber mais clique no www.poeirazine.com.br

Larks’ Tongues in Aspic (King Crimson)

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Conflito, contraste, força, misticismo, virtuosismo…tudo jogando a favor da música do King Crimson. Fripp chamou a formação anterior de datada, remodelou tudo, modernizou e colocou o rei escarlate novamente nos trilhos, seguindo uma linha ainda mais progressiva. É o melhor disco da banda? Se você ouvir direto vai dizer que é, pois o magnetismo dessa obra é algo indescritível. Começa e termina com a ousada faixa título, uma suíte com a guitarra fuzz de Fripp, o doce violino de Cross, a selvageria percussiva de Muir, os andamentos sagrados de Bruford e a pegada vigorosa de Wetton.

Na época do vinil, alguns fãs diziam que se você tocasse a faixa numa rotação mais rápida (45 rpm) o resultado final ficaria muito mais “musical”. Balela, a faixa nasceu perfeita. “Book Of Saturday” mostra como a aquisição de Wetton fez bem para o grupo – uma das melhores atuações de sua longa carreira.
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“COMO OS BEATLES DESTRUIRAM O ROCK´N´ROLL: UMA HISTÓRIA ALTERNATIVA DA MÚSICA POPULAR AMERICANA”

B.B

O escritor Elijah Wald, só pelo título de seu novo livro (no original,”How The Beatles Destroyed Rock’n’Roll: An Alternative History Of American Popular Music”) já deve estar causando polêmica entre os fãs dos Fab Four.

De acordo com o crítico Terry Staunton, da revista Record Collector, Wald até que diz “umas coisas legais sobre os Beatles”. O livro, em linhas gerais, é uma crítica geral – e provocativa – de um século de música (jazz, blues, country). Envolve o papel exercido pelas rádios, jukeboks e os palcos, ajudando a explicar como a música vem se tornando fascinante.

Quem estiver interessado nesse controverso trabalho pode adquiri-lo clicando aqui.

+ R.I.P + Larry Knechtel (04/08/1940 – 20/08/2009)

L.N

O tecladista e compositor Lawrence William Knechtel, vencedor do Grammy Award, que tocou nas banda setentista de soft-rock Bread e atuou ao lado de grandes nomes da música, como Elvis Presley, Ray Charles e The Doors morreu no último dia 20 de agosto, aos 69 anos.

O músico faleceu na cidade de Yakima, no estado norte-americano de Washington – para onde havia se mudado em 2003 -, aparentemente vítima de um ataque cardíaco. Sua morte foi confirmada pela Valley Hills Funeral Home.

Knechtel, que também tocava baixo e harmônica (gaita), trabalhou ainda com Byrds, The Mamas and the Papas, Duane Eddy, Neil Diamond, Randy Newman, The Beach Boys, Hank Williams Jr., Elvis Costello e The Dixie Chicks.

Fonte: ASSOCIATED PRESS

poeiraCast #22 no ar!

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RUSH – Uma discussão sobre o trio canadense: os discos clássicos, as
diversas fases, etc…

No segundo bloco, uma divertida análise sobre supostas mensagens
subliminares nos discos do grupo!

Convidado Especial: o músico e artista multi-mídia PAULO BETO!

Clique aqui e boa viagem…

Para assinar o poeiraCast pelo iTunes: http://pzcast.podomatic.com/rss2.xml

O dia-a-dia do Velvet Underground!

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Com o mesmo título do álbum gravado em 1968 por Lou Reed (vocal, guitarra, piano), John Cale (vocal, viola elétrica, órgão e baixo), Sterling Morrison (vocal, guitarra e baixo) e Maureen Tucker (percussão), acaba de ser lançado um livro sobre a história do Velvet Underground: “White Light/White Heat: The Velvet Underground Day-By-Day”.

Ao contrário do disco supracitado, gravado em poucos dias, essa obra do historiador do rock Richie Unterberger levou um bom tempo para ser finalizada. São 368 páginas, recheadas de fotos preto e branco, depoimentos e curiosidades sobre o grupo, seus discos, shows etc…

Dentro da cronologia da banda, o leitor ainda fica sabendo os primeiros passos de cada um dos seus membros pré-Velvet Undergound e de vários detalhes sobre a separação definitiva de Reed e Cale.

Para mais detalhes, clique aqui.

200 Motels, de Frank Zappa, em exibição no CineSESC!

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O CineSESC irá exibir o antológico filme “200 Motels”, produzido e dirigido por Frank Zappa e Tony Palmer em 1971, nos estúdios da Universal em Londres.

Trata-se de um musical surrealista sobre a loucura e a “vida na estrada com groupies”, estrelando Ringo Starr, Keith Moon, Theodore Bikel, The Mothers of Invention, a Orquestra Filarmônica Real (mais coro) regida por Elgar Howarth e a soprano solista Phyllis Bryn-Julson.

A sessão – que contará com legendas – será nesta quarta, dia 02/09, às 21h, com distribuição de ingressos a partir das 21h. O CineSESC fica na Rua Augusta, 2075.

Clique aqui para conferir o trailer do filme original.

Pete Townshend anuncia novo musical e disco do The Who!

The Who

De acordo com o site da revista inglesa UNCUT, Pete Townshend confirmou que está escrevendo um novo musicial e que o The Who lancará um novo disco em 2010.

Escrevendo em seu blog, Townshend explicou que o musical “Floss” contará a história de um músico de bar e sua conturbada relação conjugal.

O guitarrista escreveu: “Floss” é um ambicioso novo projeto para mim, no estilo de Tommy e Quadrophenia.

Para mais detalhes, clique aqui.

No livro sobre o Rush saindo do forno!

Rush book

Na última quinta-feira (27/08), o site Rushisaband.com postou um nota em seu site sobre o novo livro da banda, que tentará ser lançado no dia 28 de outubro deste ano: “Rush, Rock Music, and the Middle Class: Dreaming in Middletown”. Abaixo, um pequeno trecho do trabalho, cujos direitos pertencem à Indiana University Press:

“A banda de rock progressivo Rush foi a voz da classe média suburbana. Neste livro, Chris McDonald aborda o impacto da banda na música popular e seu legado para a legião de fãs. McDonald explora como as maneiras que cada crítica da vida suburbana – e seus jeitos para dribá-la – feita pelo grupo refletem as aspirações e inquietudes desse grupo social, enquanto a performance do Rush manifesta a dialética no rock progressivo entre a disciplina e a simplicidade, e o desejo pelo espetáculo e excessos”.

Para mais informações, clique aqui.

poeiraCast em destaque no Jornal da Tarde!

[SPVARIEDADES - 6]  JT/VARIEDADES/PÁGINAS ... 27/08/09

Faça o download do arquivo clicando aqui.

Editor da pZ fala à CBN sobre Woodstock!

O editor da revista poeiraZine, Bento Araújo, concedeu uma entrevista ao programa Sala Musical, da rádio CBN, sobre os 40 anos de Woodstock.

Para ouvir a entrevista, basta acessar a página do S.M clicando aqui.

(L.M)

Os detalhes do novo DVD do Kansas!

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Como anunciado na última edição da pZ, o Kansas está lançando o DVD There´s No Place Like Home, gravado no último mês de fevereiro e que traz o grupo acompanhado de 50 músicos da Washburn University Orchestra.

Além dos membros principais – Steve Walsh (nos vocais e teclado), Rich Williams (na guitarra), David Ragsdale (no violinio), Billy Greer (no baixo) e Phil Ehart (comandando as baquetas) -, o Kansas ainda contará com a participação especial do membro fundador da banda, Kerry Livgren, e do guitarrista Steve Morse, hoje no Deep Purple.

Abaixo, o tracklist do lançamento:

1. ‘Howling At The Moon’ (3:33)
2. ‘Belexes’ (6:14)
3. ‘Point Of Know Return’ (3:20)
4. ‘Song For America’ (9:32)
5. ‘On The Other Side’ (6:49)
6. ‘Musicatto’ (3:20)
7. ‘Ghosts/Rainmaker’ (4:27)
8. ‘Nobody’s Home’ (4:55)
9. ‘Hold On’ (5:02)
10. ‘Cheyenne Anthem’ (7:26)
11. ‘Icarus II’ (6:57)
12. ‘Icarus: Borne On Wings Of Steel’ (6:25)
13. ‘Miracles Out Of Nowhere’ (6:38)
14. ‘Incommudro’ (1:52)
15. ‘The Wall’ (5:42)
16. ‘Fight Fire With Fire’ (4:10)
17. ‘Dust In The Wind’ (4:06)
18. ‘Carry On Wayward Son’ (6:39)
19. ‘Down The Road’ (6:51)

Por que os Beatles se separaram…

R.S 1086

… Este é o título da matéria de capa da nova edição americana da Rolling Stone , que continua assim: “Por dentro da história das forças que apartaram a maior banda do mundo”.

Dividida por seções, esta história do número 1086 da revista apresenta um guia completo da discografia dos Beatles, 33 capas da banda na história da publicação, fotos do grupo do início ao final da carreira e o áudio da histórica conversa entre Jann S. Wenner e John Lennon em 1970, entre outros destaques…

Para mais informações, clique aqui.

Krautrock e música de vanguarda no poeiraCast #21!

Krautrock

O poeiraCast, o podcast da revista poeira Zine, discute o rock experimental alemão dos anos 70!

Can, Faust, Amon Duul, Guru Guru, Ash Ra Tempel, Kraftwerk e muitos outros marcaram presença. Também nesse episódio, uma pincelada na música de vanguarda do Brasil e do mundo, e tudo isso com a participação especial do músico e artista multi-mídia Paulo Beto!

Clique aqui e boa viagem…

ATENÇÃO OUVINTES!

A PARTIR DESSA EDIÇÃO O POEIRACAST PASSA A SER QUINZENAL.

PRÓXIMO EPISÓDIO NO AR DIA 26/08.

Nova edição da Classic Rock destaca os 100 melhores guitarristas de todos os tempos!

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A edição de setembro da revista inglesa Classic Rock traz como matéria principal os 100 melhores guitarristas de todos os tempos na opinião dos melhores guitarristas da atualidade.

Confira ainda nesse novo número da C.R: os bastidores do show de Slash & Friends na Noruega, Motley Crue, Nazareth, Pretenders, Queensryche, Rock Erickson e muito mais…

E não para por aí: esta edição saiu com quatro capas diferentes (Eddie Van Halen, Jimi Hendrix, Keith Richards e Frank Zappa), uma mais pirada que a outra, envolvidas por uma espécie de sobrecapa, para criar um lance “surpresa”.

Uma bela sacada, que provavelmente já deve estar causando furor por aí….

Confira abaixo as artes:

C.R Eddie

C.R Hendrix

C.R Keith

C.R Zappa

AC/DC no Brasil!

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Vamos torcer: o AC/DC deve tocar em São Paulo no dia 6 de dezembro deste ano, segundo informação publicada pelo jornal paulistano Destak (sim, aquele distribuído nas estações do Metrô).

Se confirmado, será o único show da banda em território brasileiro. Ao contrário da data, o local para esta apresentação, parte da turnê “Black Ice”, ainda não foi definido. Esta será a terceira passagem do AC/DC pelo Brasil, que antes fez parte do cast da primeira edição do Rock in Rio, em 1985; e, em 1996, apresentou-se em algumas cidades do país na turnê do álbum Ballbreaker.

Pelos shows que os caras andam fazendo lá fora (com o som sendo ouvido a dezenas de kilômetros de distância), um estádio seria uma boa opção. Só não se sabe se para a maioria dos vizinhos desse local também… (LM)

RANDY BACHMAN NA POEIRA ZINE! FAÇA A SUA PERGUNTA!

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Na próxima edição da poeira Zine daremos continuidade à seção Perguntas e Respostas.

São questões direcionadas a um determinado músico e dessa vez teremos o lendário guitarrista RANDY BACHMAN, que além de uma carreira como solista, já tocou com GUESS WHO, BACHMAN TURNER OVERDRIVE, BRAVE BELT, IRONHORSE, etc…

Agora o mais bacana de tudo é que vocês é que irão fazer as perguntas!

Basta enviar a sua pergunta para o email contato@poeirazine.com.br ou postá-la aqui mesmo nos comentários deste post…

As melhores questões serão encaminhadas para o músico e publicadas na próxima edição, com o devido crédito ao autor.

O prazo para envio das questões é até 20 de agosto (próxima quinta feira).

Mãos a obra pessoal!

E lembrando, já está disponível a nova edição da poeira Zine (pZ #25)!

Mais detalhes no www.poeirazine.com.br

No ar, poeiraCast #20 – 1969, O ANO DO CREEDENCE CLEARWATER REVIVAL!

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O poeiraCast, o podcast da revista poeira Zine, traz em sua 20ª edição um especial sobre o Creedence Clearwater Revival no ano de 1969.

Além dos grandes álbuns lançados pela banda naquele ano, o programa apresenta as capas de discos mirabolantes de grupos como Stones, Small Faces, Who, Velvet, Zeppelin etc…

Neste programa, a participação especial do guitarrista MICHEL LEME!

Clique aqui e boa viagem!

O poeiraCast é um programa de bate papo, na verdade uma mesa redonda livre e direta sobre o assunto que a gente mais aprecia: música.
Nele você encontra polêmicas, curiosidades, as famigeradas listas e bizarrices mil de seus grupos e artistas favoritos.
Ajeite-se na poltrona e boa curtição.

Direção: Bento Araújo
Locução: Ricardo Alpendre
Produção: Bento Araújo, Sérgio Alpendre, José Damiano e Ricardo Alpendre
Edição: Xando Zupo (Overdrive Estúdio – email: xandozupo@gmail.com)

Hippie Fest Embu das Artes – Música, arte e celebração…

Hippie Fest Embu

Em 1964, a tradição artística da cidade de Embu das Artes ganhou projeção dentro e fora do Brasil com o 1º Salão das Artes. No final dos anos 60 a cidade serviu de pólo de atração de hippies do mundo todo, que expõem os seus trabalhos de artesanato todos os fins de semana. Esse encontro de arte e expressão humana deu origem à Feira de Artes e Artesanato de Embu, que acontece todos os fins de semana desde 1969, e é um dos principais ganchos turísticos da cidade.

Também em 1969 o homem chegava a Lua, e enquanto isso, 500 mil jovens celebravam a paz, o amor, a liberdade e a contracultura no Festival de Woodstock. O ideal hippie transformava o mundo em definitivo…

Para comemorar os 40 anos do Festival de Woodstock e da Feira de Artes e Artesanato de Embu das Artes, a prefeitura de Embu das Artes tem a honra de apresentar o Hippie Fest Embu das Artes, oito horas de muita música, arte e celebração.

Países como Inglaterra, Alemanha e Estados Unidos estão preparando suas comemorações ao 40º aniversário de Woodstock, que acontece agora em agosto; e o Brasil não poderia ficar de fora. Por isso a cidade de Embu das Artes tem a honra de anunciar o Hippie Fest Embu das Artes, a ser realizado num sábado, dia 22 de agosto de 2009.

O Hippie Fest Embu das Artes começa às 14 horas, e terá a apresentação do lendário Kid Vinil.

A festa terá início com uma apresentação do conceituado músico local Eli Camargo, apresentando canções de Richie Havens, músico que abriu o festival original de 1969. Na seqüência vem a Woodstock Band e muitos convidados interpretando clássicos de The Who, Janis Joplin, Jimi Hendrix, The Band, Joe Cocker, CSN&Y, etc. Sobem no palco também a Banda Kaduna (Carlos Santana Cover), Hi-Five (Creedence Cover), Krucis (Ravi Shankar cover) e Danny Vincent e Banda (Johnny Winter e Ten Years After Cover).

O festival será encerrado com uma apresentação especial do 14 BIS.

A cidade de Embu das Artes te convida para conhecer um pouco dessa cidade mágica, ao som do melhor rock já feito no Brasil e no mundo.

Serviço:
Sábado, 22/08/09, a partir das 14 horas, entrada franca.
Local: Parque Francisco Rizzo
(Rua Alberto Gioza, 300, Embu das Artes/SP)
Realização: Prefeitura de Embu das Artes
Apoio: Restaurante O Garimpo

No ar, poeiraCast #19: OS 40 ANOS DO FESTIVAL DE WOODSTOCK!

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O poeiraCast, o podcast da revista poeira Zine, dá uma geral no mais famoso festival da história do rock em sua 19º edição.

Além dos detalhes sobre os shows, curiosidades e uma discussão sobre a avalanche de lançamentos comemorativos que estão pintando sobre Woodstock, o programa ainda conta com a participação especial do guitarrista Michel Leme!

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O poeiraCast é um programa de bate papo, na verdade uma mesa redonda livre e direta sobre o assunto que a gente mais aprecia: música.

Nele você encontra polêmicas, curiosidades, as famigeradas listas e bizarrices mil de seus grupos e artistas favoritos.

Ajeite-se na poltrona e boa curtição!

Direção: Bento Araújo
Locução: Ricardo Alpendre
Produção: Bento Araújo, Sérgio Alpendre, José Damiano e Ricardo Alpendre
Edição: Xando Zupo (Overdrive Estúdio – email: xandozupo@gmail.com)

poeira Zine chega ao número 25 trazendo na capa o lendário Budgie!

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A publicação brasileira que cobre o melhor da música do melhor dos tempos, a poeira Zine, traz na capa da nova edição a poderosíssima banda do País de Gales que influenciou diversos ícones do metal nos anos 80: o Budgie.

Além de ficar por dentro da trajetória do grupo, você ainda curte uma entrevista exclusiva com o baterista Ray Phillips e a discografia comentada do conjunto.

Entre outros destaques da pZ #25, confira: a espetacular saga de Christian Vander e seu combo fusion espacial do Magma, um bate papo franco e amigável com Damo Suzuki, o ex-vocalista do Can; o rock de boteco de bandas como Dr. Feelgood, Brinsley Schwarz, Ian Dury, Ducks Deluxe, Eddie & The Hot Rods e muitas outras; Liverpool, a trajetória dos mestres do rock gaúcho dos anos 60, todas as aventuras de Foguete e dos irmãos Lessa, da Vila do IAPI para o mundo…

Na seção Have a Nice Day, que trata dos conjuntos que tiveram um ou dois hits, leia sobre as músicas “Tobacco Road”, do The Nashville Teens, e “Smile a Little Smile For Me”, do The Flying Machine. Fique conhecendo também os pormenores da banda Phantom e os detalhes da capa homônima do New York Dolls.

E nao para por aí… O editor da revista, Bento Araújo, ainda descreve, em seis páginas, como foi sua viagem pelo Reino Unido, cobrindo shows de feras como: Neil Young, Jeff Beck, AC/DC, Steely Dan, UFO, Chickenfoot, Terry Reid, Zappa Plays Zappa… e mais canjas de Paul McCartney, David Gilmour e Mick Taylor…

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Agora ficou muito mais fácil de comprar a poeira Zine!

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“My Generation”, o casal de Woodstock…

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Uma história de amor que se firmou num ambiente de… paz e amor. Ao sabor dessa rima, 40 anos após o mítico festival de Woodstock, o casal Nick and Bobbi Ercolini permanece junto. Não foram só aqueles três dias de 1969, regados à psicodelia, mas quase meio século de um insólito relacionamento.

A foto dos dois ficou imortalizada na capa do LP, lançado em 1970, e tempos depois como pôster do filme sobre o evento. Na imagem, eles aparecem em pé, docemente abraçados, em meio a outras pessoas caídas (desmaiadas, talvez…) ou sentadas no gramado molhado da fazenda de Max Yasgur, que abrigou os três dias de música, farras e inesquecíveis histórias para contar (como feito por Jim Farber, repórter do Daily News, no último dia 07 de julho, e reproduzida sinteticamente neste blog).

Nick e Bobbi se casaram dois verões depois do festival e vivem, a menos de uma hora viajando de carro, na cidade de Bethel, Nova York, onde foram fotografados em Woodstock.

Eles, ambos atualmente com 60 anos, não imaginavam o impacto que a foto teria até o 20º aniversário do evento, quando a grande mídia começou a estampá-la em suas páginas e a discorrer sobre o assunto. Até aqui no Brasil, rolou exploração do tema no global Fantástico.

Questionado sobre a escolha dessa imagem para o disco e a promoção do longa, Nick lançou sua teoria: “Ela (a foto) é pacífica, à semelhança do espírito do evento. É uma honesta representação de uma geração. Quando nós olhamos para aquela imagem, eu não vejo Bobbi nem a mim. Eu vejo nossa geração.”

É uma história digna de filme. Abrindo com a música do The Who, lógico.

* Para ler a matéria na íntegra, clique aqui.

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(Lucas Mosca)

Jack Bruce recebe ameaças de morte por falar mal do Zeppelin!

JB JpegQuando o lendário baixista Jack Bruce, ex-Cream, alfinetou os membros do Led Zeppelin no Classic Rock Awards do ano passado, ele não imaginara como os fãs do quarteto inglês reagiriam.

O repórter Jonathan Barnes, do East Anglian Daily Times, revelou que Bruce estaria recebendo ameaças de morte após ter criticado o Led numa conversa com a imprensa naquele evento, a festa da revista britânica Classic Rock.

As palavras ácidas do músico, após ter classificado a apresentação de Jimmy Page & Cia na London’s 02 Arena como “capenga”, foram estas: “Vocês (do Led) são um lixo e nunca serão outra coisa… O Cream é 10 vezes o Led Zeppelin”.

No ar, poeiraCast #18 – 1979, ANO BOM OU RUIM PARA O NOSSO ROCK´N´ROLL?

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O poeiraCast, o podcast da revista poeira Zine, dá uma geral no polêmico ano de 1979 no rock´n´roll em sua 18º edição.

Além dos grandes discos lançados naquele ano, o programa ainda traz uma discussão sobre a capa de School´s Out, de Alice Cooper.

Clique aqui e boa viagem!

O poeiraCast é um programa de bate papo, na verdade uma mesa redonda livre e direta sobre o assunto que a gente mais aprecia: música.
Nele você encontra polêmicas, curiosidades, as famigeradas listas e bizarrices mil de seus grupos e artistas favoritos.
Ajeite-se na poltrona e boa curtição.

Direção: Bento Araújo
Locução: Ricardo Alpendre
Produção: Bento Araújo, Sérgio Alpendre, José Damiano e Ricardo Alpendre
Edição: Xando Zupo (Overdrive Estúdio – email: xandozupo@gmail.com)

Are You Ready To Rock?

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“Tomara que ele não esteja bêbado, senão fod**!”, comentavam muitos rockers no Stones Music Bar, que ontem recebeu um show digno do nome da casa. O alvo dos comentários não era da família Jagger, porém integrou duas das maiores bandas de hard rock de todos os tempos, o Scorpions e o UFO.

Ao contrário do grupo alemão do qual fez parte de 1972 a 1973, com uma breve passagem por 1979, Michael Schenker nunca havia se apresentado no Brasil. E os fãs do renomado guitarrista e compositor estavam ansiosos por vê-lo – sóbrio, de preferência, pois parte de suas encrencas pessoais e principalmente profissionais, com ele às vezes mal conseguindo tocar seu instrumento, devem-se ao alcoolismo, contra o qual esse alemão combate, apesar das diversas recaídas, a vida inteira.

Desta vez, as pessoas que compareceram à casa de shows situada na Zona Leste de São Paulo, nessa noite fria e chuvosa de 26 de julho, deram sorte. Schenker estava de cara limpa (especula-se que ele esteja novamente em tratamento), e o público pode presenciar um grande espetáculo, com o alemão em ótima forma. O costumeiro atraso das apresentações em solo brasileiro – pra variar – se fez presente: a banda demorou por volta de 1h15 minutos, subindo ao palco às 21h15.

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Assista o trailer oficial do filme sobre Randy Rhoads!

R.R Jp

Em março de 2007, o diretor Peter M. Margolis e a Dakota Films, em cooperação com a família de Randy Rhoads, haviam começado as filmagens do documentário acerca da vida do guitarrista.

Apesar de “Last Train Home” ainda não ter sido finalizado, o trailer oficial do longa caiu na rede há pouco tempo e permaneceu incólume por um ou dois dias, até Margolis estrilar e ameaçar interromper o trabalho, caso o vídeo não fosse removido.

Segundo o site bravewords.com, aparentemente Margolis não tinha a permissão para todas as imagens presentes no trailer.

Porém, uma vez na web, (quase) sempre na web. E, com esse vídeo, não foi diferente. Você pode assistí-lo – por enquanto, numa boa – clicando aqui.

Lançada a biografia de Cliff Burton!

Cliff book

Não só grande parte dos fãs de Metallica mas os de heavy metal em geral tem Cliff Burton como um mito insuperável das quatro cordas. Super valorizado ou não, o fato é que o ex-baixista do Metallica foi um dos grandes nomes da cena no começo dos anos 80, sem sombra de dúvidas. Mas como diz a música do Iron Maiden, “Only the Good Die Young”… E foi também seu caso, infelizmente.

Para quem quiser se aprofundar mais na história desse ícone da música pesada, ou até mesmo matar em parte a saudade, Joel McIver, colaborador da revista Record Collector, está lançando a biografia “To Live Is To Die: The Life & Death Of Metallica’s Cliff Burton” [“Viver É Morrer: A vida e a morte de Cliff Burton do Metallica”, ainda sem tradução no Brasil].

São aproximadamente trezentas páginas recheadas de fotos, relatos de pessoas e parentes ligados ao músico, suas influências – que passavam do compositor clássico Bach ao southern rock do Lynyrd Skynyrd -, e sua sede de conhecimento e, claro, cerveja. Constam ainda depoimentos inéditos de pessoas como Steve Doherty, professor de baixo de Cliff; o fundador da gravadora Metal Blade, Brian Slagel; o fotógrafo Ross Halfin; e o primeiro roadie do baixista, Chuck Martin.

Músicos como Mikael Åkerfeldt (Opeth), Alex Webster (Cannibal Corpse), Alex Skolnick (Testament), Dave Ellefson (F5/ex-Megadeth) são alguns dos caras influenciados por Cliff e entrevistados por McIver nesse trabalho, sucessor de outra grande obra do escritor sobre o Metallica, lançado há cinco anos e traduzido para nove línguas: “Justice For All: The Truth About Metallica”.

Como registrado pelo crítico Joe Shooman, esse novo livro é “um tributo em palavras”.

Altamente recomendado!

Lucas Mosca

Hendrix assassinado. Será mesmo?

Hendrix

Volta a ganhar força o rumor de que Jimi Hendrix realmente tenha sido morto. Desta vez, quem dá vazão a essa possibilidade é o médico que tentou reanimá-lo na noite de sua morte, o doutor John Bannister. Segundo ele diz acreditar, a hipótese é “plausível”.

“Meu depoimento médico é coerente com a denúncia que consta no livro (“Rock Roadie”) que Hendrix foi morto sob ordens de sua empresário, Mike Jeffery”, afirma Bannister.

O livro referido acima pelo médico foi escrito recentemente por James “Tappy” Wright, membro da equipe de roadies que acompanhava o guitarrista e que trabalhou diretamente para Jeffery.

De acordo com Wright, “vinho e pílulas foram empurrados goela abaixo de Hendrix até o músico se ‘afogar'”.

Leia mais aqui.

No ar, poeiraCast #17 – OS ARQUIVOS SECRETOS DE NEIL YOUNG!

NY

O poeiraCast, o podcast da revista poeira Zine, dá uma geral no primeiro volume de Archives, de Neil Young, o box mais aguardado de todos os tempos.

Em sua 17ª edição, o programa ainda traz uma discussão sobre as maiores vaias da história do rock. Estrelando: Erasmo, Veludo, Lobão etc…

Clique aqui e boa viagem!

O poeiraCast é um programa de bate papo, na verdade uma mesa redonda livre e direta sobre o assunto que a gente mais aprecia: música.
Nele você encontra polêmicas, curiosidades, as famigeradas listas e bizarrices mil de seus grupos e artistas favoritos.
Ajeite-se na poltrona e boa curtição.

Direção: Bento Araújo
Locução: Ricardo Alpendre
Produção: Bento Araújo, Sérgio Alpendre, José Damiano e Ricardo Alpendre
Edição: Xando Zupo (Overdrive Estúdio – email: xandozupo@gmail.com)

Gordon Waller R.I.P: “When I’m Sixty-Four”

P & G

1964. Ano da invasão britânica (ler na pZ 4). Época mais que especial também para Peter & Gordon, dupla de grande fama naquela avalanche de bandas que rolava na América.

Os músicos ficaram amplamente conhecidos com a canção “A World Without Love”, umas das músicas compostas por Paul McCartney, que namorava a irmã de Peter Asher.

Na primeira sexta-feira deste mês, dia 01/07, Gordon morreu devido a problemas cardíacos, aos 64 anos. Ele estava internado desde 16 de junho no Hospítal William W. Backus, em Norwich, Connecticut.

Faixas como “Nobody I Know”, “I Don’t Want to See You Again”, “True Love Ways”, “Woman”, “I Got To Pieces” e “Lady Godiva” são apenas alguns sucessos desses britânicos que marcaram a história da música.

É sempre bom lembrar também que, em 1968, Gordon Waller saiu em carreira solo, mas só lançou um álbum quatro anos depois, em 1972, pelo renomado selo “swirl” da Vertigo. O álbum (chamado apenas “Gordon”), trazia o músico num clima totalmente hippie, com ele vivendo em comunidades e viajando a Inglaterra numa Van… O disco é um dos mais raros do selo Vertigo e reza a lenda que na época foram vendidas apenas 23 cópias dessa sua estréia como solista…

+ R.I.P + Tom Wilkes (30/06/1939 – 28/06/2009)

Monterey

O fotógrafo, ilustrador, escritor e diretor de arte Thomas Edward “Tom” Wilkes morreu no último dia 28 de junho, aos 69 anos, vítima de ataque cardíaco.

Wilkes foi o homem responsável pela direção de arte do mítico Monterey International Pop Festival, realizado entre os dias 16 e 18 de junho de 1967, na Califórnia (vide matéria na pZ especial de aniversário).

Além de notável participação nesse grande evento, Wilkes foi também o profissional por trás de diversas memoráveis capas de disco da história do rock, como: Beggars Banquet, dos Stones (1968); Eric Clapton, Eric Clapton (1970); Concert for Bangladesh, de George Harrison (1971); Harvest, de Neil Young (1972); entre muitos outros…

Em 1974, o artista recebeu o Grammy de “Best Recording Package” pela obra Tommy, apresentada pela London Symphony Orchestra & Choir.

A jubilosa estréia do Moby Grape

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A idéia inicial do Moby Grape era unir as raízes da música norte-americana com a emergente onda psicodélica que vinha surgindo. Sorte eles já tinham, pois os cinco integrantes do grupo sabiam compor e cantar muito bem. Isso está latente na estréia homônima dos rapazes, cunhada na raça por cinco lendas do underground californiano: o guitarrista rítmico e frontman Skip Spence, que até tinha sido baterista do Jefferson Airplane, Jerry Miller na guitarra, Don Stevenson na bateria (ambos fundadores do Frantics), o guitarra base Peter Lewis (ex-The Cornells e filho da atriz Loretta Young) e o baixista Bob Mosley.
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No ar, poeiraCast # 16: Música e Cinema!

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O poeiraCast, o podcast da revista poeira Zine, mergulha de cabeça no universo de algumas das artes mais excitantes do mundo: música e cinema.

Em sua 16ª edição, o programa abre uma discussão sobre as melhores e piores trilhas sonoras, os musicais mais bacanas e os micos de astro de rock na sétima arte.

Confira ainda o momento em que o Steppenwolf é pego “acendendo a vela” para Dennis Hopper, do longa Easy Rider…

Clique aqui e boa viagem!

O poeiraCast é um programa de bate papo, na verdade uma mesa redonda livre e direta sobre o assunto que a gente mais aprecia: música.

Nele você encontra polêmicas, curiosidades, as famigeradas listas e bizarrices mil de seus grupos e artistas favoritos.

Ajeite-se na poltrona e boa curtição.

Direção: Bento Araújo
Locução: Ricardo Alpendre
Produção: Bento Araújo, Sérgio Alpendre, José Damiano e Ricardo Alpendre
Edição: Xando Zupo (Overdrive Estúdio – email: xandozupo@gmail.com)

Michael Schenker no Brasil!

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Rod Stewart, David Gilmour e John Paul Jones juntos!

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O hitman Rod Stewart disponibilizou na internet uma regravação da canção “In A Broken Dream”, cuja versão original foi realizada com o grupo Python Lee Jackson, em 1969.

Porém, este não é um simples remake. A música foi (re) gravada ao lado do mestre David Gilmour na guitarra e do não menos lendário John Paul Jones no baixo. No lineup, ainda constam Nick Lowe e Pete Thomas (baterista do Elvis Costello).

A canção faz parte do box de quatro discos a ser lançado em setembro deste ano pelo selo Rhino.

Clique aqui para dar uma conferida no som.

Instrumentos Roubados!

guitas

Amigos, reproduzo aqui o e-mail do meu amigo e colaborador da pZ, Diogo Oliveira.
Se alguém souber de alguma coisa, favor entrar em contato.
O email do Diogo é: diogogoliveira@gmail.com

Abraços
Bento Araújo
poeira Zine

Amigos

Na madrugada de quarta pra quinta fui abordado na porta da minha casa,
levaram 3 guitarras, e 2 malas (de cabo e de pedais).

A lista das guitarras é a seguinte:

Fender Stratocaster ano 94 comemorativa dos 40 anos da stratocaster, escala
em rosewood,
era madeira natural e foi feita um refinished a poucos meses no Vellozo da
Teodoro,
mudada para a cor branca e escudo verde claro (mint green), tinha marcas
pelo braço e estava queimada de cigarro no headstock. estava no case da
fender

Gibson SG Cherry Classic Com captadores P90, estava com case Gator

Lap Steel grestch synchromatic cor tobbacco sunburst no case.

Pedalboard Landscape: sequencia de pedais: afinador fender, MXR blue box,
OCD fulltone,
Dejavibe fulltone, wha eha crya baby indutor fasel.

mala de cabos e estantes para instrumentos.

segue em anexo foto das guitarras

Graças a Deus (ainda temos que falar graças a Deus) que não aconteceu nada.
No mais estou de boa, mas gostaria muito da ajuda de vcs.
Se puderem repassar este e-mail fico agradecido, aos lojistas e revendedores
de instrumentos, tb peço uma atenção especial se algum destes instrumentos
aparecer em suas mãos.

Um abraço
Paz
Diogo

PoeiraCast # 15: OS DISCOS “ERRADOS” DAS GRANDES BANDAS

O poeiraCast, o podcast da revista poeira Zine, apresenta em sua 15ª edição o disco não ideal para você se iniciar num determinado grupo ou artista: Neil Young, Queen, Creedence, Steppenwolf etc…

Confira também neste cast as grandes bandas de apoio da história do rock!

Clique aqui e boa viagem!

Johnny Kid & The Pirates – Shakin’ All Over (1960)

Uma questão muito comum entre o pessoal que curte rock dos anos 60 é aquela: “O que existia na Inglaterra antes dos Beatles?” Pois bem, pode parecer exagero, mas é claro que depois da explosão Beat de 1962 o rock inglês passou a ser referência mundial até culminar com a British Invasion, dois anos depois. Porém, em 1960, o que existia de mais visceral, juvenil e roqueiro na Inglaterra era a música do Johnny Kidd e seus piratas.

Voltando a 1957, um jovem chamado Frederick Heath formou um grupelho de skiffle, os Five Nutters. Como o líder que comandava tudo, rapidamente o nome passou a ser Fred Heath Combo. Sem nenhuma repercussão, Fred, um showman por natureza, resolve adotar um nome artístico, Johnny Kidd.
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O ego inflado de Marc Bolan…

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Chegando ao estúdio Chateau d’Herouville, na França, Bolan e sua comitiva causaram muitas confusões, antes mesmo do início das sessões para The Slider. O estúdio luxuoso tinha fama de ser mal assombrado e era muito requisitado nos anos 70. Várias bandas e astros gravavam lá para fugir dos altos impostos ingleses. Bowie, Elton John, Jethro Tull, Uriah Heep e muitos outros gravaram seus álbuns no Chateau, mas ninguém armou um barraco sequer parecido com o armado por Marc Bolan.

O estúdio também acomodava as bandas, com quartos muito bem construídos. O quarto principal, uma espécie de ‘suíte presidencial’ seria usada por Bolan, mas havia um pequeno problema; ela já estava ocupada, o que deixou o líder do T. Rex extremamente furioso. O hóspede tinha deixado seus pertences no quarto e saiu para curtir a noite francesa. Marc não quis nem saber, ordenou que seu roadie pessoal jogasse fora todas as roupas e os pertences do hóspede. O roadie rebateu para Bolan: “Mas e se o sujeito voltar para pegar suas coisas?”, a resposta de Marc foi: “Isso não importa, jogue as coisas no hall de entrada do estúdio agora mesmo!”.

O avantajado roadie subiu para o aposento e voltou minutos depois dizendo: “Você não pode falar comigo como se eu fosse um animal e eu não irei tratar os outros como se eles fossem animais, portanto eu não irei jogar fora as roupas daquele cara!” Marc e o roadie ficaram se encarando por alguns segundos e a turma do ‘deixa disso’ precisou agir rapidamente para que o pau não comesse ali mesmo.

Pouco depois Marc se acalmou, sentou no bar e disse para todos: “Não se preocupem pessoal, isso é apenas uma coisa de ego…”

Texto de Bento Araújo
Matéria originalmente publicada na revista poeira Zine número 17.
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A discografia do West Bruce & Laing comentada por Corky Laing!

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Why Dontcha (1972)
“Eu tenho que dizer que esses são os discos preferidos de toda a minha carreira. Eu costumo dizer que esses álbuns são meus filhos (risos). O Why Dontcha certamente foi um dos discos mais rapidamente compostos e gravados da história do rock. Tudo ali esbanjava urgência. Literalmente colocamos nossas tripas pra fora neste álbum de estréia.”

Whatever Turns You On (1973)
“Falando como baterista, gravar com um baixista como Jack Bruce foi uma experiência única e inesquecível. Ele é um mestre em seu instrumento e isso ficou mais latente ainda neste segundo registro. Tive sorte de estar junto desses caras e gravar álbuns como este.”

Live ‘n’ Kickin’ (1974)
“A chave para mim era continuar aprendendo coisas novas a cada apresentação e isso não é nada fácil. Nos shows do WBL o aprendizado era constante; a cada apresentação fazíamos coisas completamente novas e ousadas. Leslie e Jack eram caras que nasceram para tocar num palco, isso ficou evidente nas tours que fizemos e neste registro, que funciona como uma foto da época.”

Texto de Bento Araújo
Matéria originalmente publicada na revista poeira Zine número 17.
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NO AR! PoeiraCast # 14: A FASE SOUL DE DAVID BOWIE!

O poeiraCast, o podcast da revista poeira Zine, dá uma geral no período “soul e funk” de Bowie, dos álbuns Young Americans e Station To Station.

Confira também uma discussão sobre um encontro histórico: Beatles e Elvis, em 1965!

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O poeiraCast é um programa de bate papo, na verdade uma mesa redonda livre e direta sobre o assunto que a gente mais aprecia: música.

Nele você encontra polêmicas, curiosidades, as famigeradas listas e bizarrices mil de seus grupos e artistas favoritos.

Ajeite-se na poltrona e boa curtição.

Direção: Bento Araújo
Locução: Ricardo Alpendre
Produção: Bento Araújo, Sérgio Alpendre, José Damiano e Ricardo Alpendre
Edição: Xando Zupo (Overdrive Estúdio – email: xandozupo@gmail.com)

#Capas Históricas” – Led Zeppelin (Houses of the Holy)

Uma bela tarde, Jimmy Page ligou para o conceituado estúdio londrino Hipgnosis para perguntar se eram eles os responsáveis pela capa do disco Argus, do Wishbone Ash. Quando o guitarrista achou os responsáveis pela aquela estonteante capa, não demorou para o convite ser feito: “Vocês gostariam de fazer a capa do próximo disco do Led Zeppelin?”

Page e o mega-empresário Peter Grant se mandaram pro estúdio para discutirem a arte do álbum. Grant tinha anotado várias idéias na parte traseira de seu maço de cigarros, porém, o renomado designer Storm Thorgerson, que já havia trabalhado com o Pink Floyd, The Nice e Quatermass, teve duas idéias. A primeira era colocar o símbolo ZOSO de Jimmy Page numa paisagem do pampa colorado peruano, onde se encontram as famosas linhas de Nazca. A segunda era baseada na obra Childhood’s End, de Arthur C. Clarke, onde uma família nua escalava um monumento sagrado (Clarke depois declarou que se sentiu lisonjeado, pois o Led sempre foi uma de suas bandas favoritas!).

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O slide preferido de Duane Allman…

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Coricidin ‘D’ (descongestionador nasal) e CoricidinHBP (para combater pressão alta) eram os preferidos de Duane Allman.

Não que esses medicamentos ‘dessem barato’ se misturados com álcool, mas na verdade os frascos desses remédios caíam como uma luva nos dedos do nosso gênio da slide guitar. Esse sempre foi um dos segredos do ataque sonoro de Duane, que não trocava seu vidrinho de remédio por nenhum outro slide, digamos, mais convencional.

Não demorou muito para gente como Bonnie Raitt, Rory Gallagher e Gary Rossington (do Lynyrd Skynyrd) começar a usar a embalagem do Coricidin para extrair sons mágicos de suas guitarras. Uma grande legião de guitarristas levou as vendas do medicamento às alturas. Sorte dos donos de farmácia.

Para a tristeza geral dos amantes das seis cordas, a embalagem parou de ser fabricada no início dos anos 80, mas uma réplica do recipiente foi disponibilizada pela Real Bottlenecking Company, uma empresa do Alabama, a partir de 1985.

Hoje em dia você pode adquirir uma réplica do vidro do Coricidin pelo site http://www.rbnc.net.

Texto de Bento Araújo
Matéria originalmente publicada na revista poeira Zine número 16.
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BLIND FAITH E OS SUPER-GRUPOS NO POEIRACAST #13!

O poeiraCast, o podcast da revista poeira Zine, dá uma geral na super-banda de Clapton, Winwood, Baker e Greech.

Confira ainda discussões sobre os grupos Cream, ELP, CSN&Y, BBA, UK, Bad Company, West Bruce & Liang, Humble Pie, Asia, The Firme etc…

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A Show Of Hands – 10 homenagens ao cinco contra um!

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1- “Pictures Of Lily”
The Who (1968)

O Who arruma uma boa receita para a insônia com uma antiga revista de sacanagem.

2 – “Bracelets of Fingers”
The Pretty Things (1968)

Da clássica ópera-rock S.F. Sorrow, o nome diz tudo.

3 – “My Ding-A-Ling” Chuck Berry (1970)

O mais pilantra (no bom sentido) dos rockers e sua receita infalível de amor próprio.

4 – “No Bone Movies”
Ozzy Osbourne (1980)

Depois da marcação cerrada de Sharon, Ozzy adorava mesmo era ver filme pornô em quarto de hotel.

5 – “Willie & The Hand Jive”
Johnny Otis (1958)

Cliff Richard também gravou e também era adepto do esporte.

6 – “Orgasm Addict” Buzzcocks (1977)
A prova de que a masturbação é um vício punk.

7 – “Teenage Kicks” The Undertones (1978)

Antes de ir para o rádio, a canção continha a frase: “I Wanna Hold It, wanna hold it tight”.

8 – “Captain Jack” Billy Joel (1973)

“Quando sua irmã sai para um encontro, tudo que lhe sobra é ficar em casa e se masturbar”, pelo menos é isso que recomenda o piano man.

9 – “The Beat”

Elvis Costello (1978)
Segundo Costello, o lance era brincar com seu brinquedinho. “Pump It Up”!

10 – “I Touch Myself”

The Divinyls (1991)
Lá do comecinho da MTV, o único hit da banda australiana fala de “tocar a si mesmo”.

Texto de Bento Araújo
Matéria originalmente publicada na revista poeira Zine número 16.
Para saber mais clique no www.poeirazine.com.br

Jon Lord e Deep Purple juntos novamente!

Jon Lord 2009

O mestre britânico dos teclados, Jon Lord, que recentemente esteve no Brasil, celebrará novamente os 40 anos do disco Concerto for Group and Orchestra. Mas, desta vez, a apresentação será ao lado dos seus ex-companheiros do Deep Purple, no dia 24 de setembro, na Irlanda.

A performance, que ocorrerá em Dublin, será acompanhada pela RTE Concert Orchestra. Entre as canções que serão apresentadas, constarão músicas da carreria solo de Lord e do Purple, incluindo uma versão orquestrada de “Child in Time”.

Clique aqui para saber como foi a última apresentação do ex-tecladista do Purple em Sâo Paulo, na 5ª Virada Cultural.

Por dentro da história do predecessor de The Rise and Fall of Ziggy Stardust and the Spiders from Mars

D.B

Em 1999, como fã da banda de heavy metal melódio Helloween, comprei o último lançamento do grupo, Metal Jukebox, um álbum só de covers. Entre as músicas do play, estava “Space Odity”, de 1968, do músico e ator britânico David Bowie (faixa que ficou entre as cinco primeiras da Inglaterra naquela década). Daí pra frente, comecei a acompanhar com mais atenção os trabalhos do “camaleão do rock”.

Bowie estourou mundialmente com o álbum The Rise and Fall of Ziggy Stardust and the Spiders from Mars, de 1972, que contava com Mick Ronson (guitarra), Trevor Bolder (baixo) e Woody Woodmansey (bateria). Elementos como maquiagem carregada, apresentações performáticas, figurino caprichado e a androginia de David Robert Jones (nome verdadeiro de Bowie) começaram a se fixar como marca registrada do grupo àquela época.

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As Versões Definitivas do Rock no poeiraCast #12!

O poeiraCast, o podcast da revista poeira Zine, abre uma discussão sobre as versões definitivas do rock!

Nessa edição, bandas e artistas que fizeram o ‘cover’ valer mais do que a versão original (ou não).

Clique aqui e boa viagem!

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Nele você encontra polêmicas, curiosidades, as famigeradas listas e bizarrices mil de seus grupos e artistas favoritos.

Ajeite-se na poltrona e boa curtição.

Direção: Bento Araújo

Locução: Ricardo Alpendre

Produção:
Bento Araújo, Sérgio Alpendre, José Damiano e Ricardo Alpendre

Edição: Xando Zupo (Overdrive Estúdio – email: xandozupo@gmail.com)

Mais um disco de ouro para o Foghat…

BEST OF FOGHAT

A lendária banda britânica Foghat volta a ganhar destaque no mundo da boa música. O relançamento da coletânea The Best of Foghat, originalmente lançada em 1989, vem repercutindo no mundo todo, especialmente nos E.U.A.

O álbum, que abrange 16 faixas, atingiu a marca de 500.000 cópias vendidas naquele país. Tal feito proporcionou ao conjunto mais um disco de ouro em sua carreira – num total de 11, entre ouro e platina.

Hinos do blues-rock como “Slow Ride”, I Just Want to Make Love to You”, “Fool for the City”, “Drivin´ Wheel”, “Ride, Ride, Ride”, entre outros fazem parte da compilação.

Como resultado desse marco na carreira do Foghat – que atualmente consiste em Charlie Huhn (vocal e guitarra), Bryan Bassett (guitarra), Craig MacGregor (baixo), and Roger Earl (bateria) -, a banda foi homenageada pelo DJ Adam Furious, da estação de rádio inglesa WGIR Rock 101, e pela direção da Noisy SOD, com placas de ouro do “The Best of Foghat”. Clique aqui para ver o vídeo do evento.

“Minha esposa me disse que eu poderia comprar um Aston Martin com meu próximo disco de ouro”, disse Earl. “Mas aparentemente isso não conta. Uma importante observação que tenho a fazer é o meu grande agradecimento a todos os fãs, tanto aos mais antigos como aos mais novos. É tão legal ver todas essas caras novas nos shows, mostrando a elas como um bando de velhos bastardos conseguem realmente detonar. E ainda tocando ao lado do meu co-capitão, Craig Macgregor, após 35 anos, e especialmente Charlie e Bryan”, complementou o baterista, que terminou parafraseando o ex-membro do Foghat, Lonesome Dave, morto em fevereiro de 2000: “‘We’re gonna roll ‘til we’re old, and rock ‘til we drop’. Obrigado!”

Nós que agradecemos, Earl!

Tracklist:

1. I Just Want To Make Love To You (Single Version) 4:19
2. Maybelline ( LP Version ) 3:32
3. Ride, Ride, Ride ( LP Version ) 4:24
4. Take It Or Leave It ( LP Version ) 4:55
5. Home In My Hand 4:56
6. Drivin’ Wheel 4:29
7. Fool For The City (Single Version ) 3:26
8. Slow Ride (Single Version) 3:56
9. Stone Blue (Single Version) 3:57
10. Honey Hush 4:20
11. Night Shift (LP Version) 5:32
12. Wild Cherry 5:26
13. Third Time Lucky (First Time I Was A Fool) (LP Version) 4:11
14. Easy Money ( LP Version ) 3:53
15. Chateau Lafitte ’59 Boogie [LP Version] 6:14
16. Eight Days On The Road ( LP Version )

(Lucas Mosca)

A maltratada companheira de Rory Gallagher!

A guitarra descascada de Rory Gallagher, com seu aspecto “levemente gasto” é uma das marcas registradas do músico. Era seu diário, onde ele registrava seu dia-a-dia, suas emoções, seus medos e suas decepções.

Rory comprou sua famosa Fender Stratocaster em 1962, numa loja de instrumentos usados chamada Crawley‘s Music Centre. O rapaz era apaixonado pela Fender Strato, guitarra usada por um de seus ídolos, Buddy Holly.

O primeiro dono daquela Fender, que Rory viu na vitrine, era também um guitarrista de uma Showband irlandesa. A guitarra veio na primeira leva de Fenders que chegou na Irlanda e era objeto de desejo de muitos guitarristas locais. O antigo dono vendeu a guitarra porque tinha originalmente encomendado um modelo na cor vermelha e, por engano, recebeu aquela peça na cor “Sunburst”.
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O Rock Holandês no poeiraCast #11!

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O poeiraCast, o podcast da revista poeira Zine, abre uma discussão sobre as bandas holandesas de rock…

Focus, Golden Earring, Shocking Blue, Trace, Groep 1850, Kayak, Earth and Fire, Q65, Cuby & the Blizzards, Supersister, Brainbox, etc.

Tudo sobre o rock da terra dos moinhos. E também uma homenagem ao grande Zé Rodrix…

Acesse o www.poeirazine.com.br/poeiracast.html e boa viagem!

O poeiraCast é um programa de bate papo, na verdade uma mesa redonda livre e direta sobre o assunto que a gente mais aprecia: música.

Nele você encontra polêmicas, curiosidades, as famigeradas listas e bizarrices mil de seus grupos e artistas favoritos.

Ajeite-se na poltrona e boa curtição.

Direção: Bento Araújo
Locução: Ricardo Alpendre
Produção: Bento Araújo, Sérgio Alpendre, José Damiano e Ricardo Alpendre
Edição: Xando Zupo (Overdrive Estúdio – email: xandozupo@gmail.com)

Tim Buckley – Live at Folklore Center, 1967

O lendário cantor folk Tim Buckley recebe mais uma homenagem especial, no dia 25 de agosto , um álbum ao vivo de 16 faixas gravadas no Folklore Center, em Nova York, no ano de 1967.

Entre as canções, constam seis faixas inéditas de Buckley: “Just Please Leave Me”, “What Do You Do (He Never Saw You)”, “Cripples Cry”, “If The Rain Comes”, “Country Boy” e “I Can’t Leave You Loving Me”.

Além dessas composições o disco ainda trará também uma entrevista inédita realizada com o músico pelo dono do Folklore Center, a qual ocorreu em 17 e 18 de março daquele mesmo ano.

Confira abaixo o tracklist de Live At The Folklore Center, NYC – March 6,1967:

1. Song For Jainie
2. I Never Asked To Be Your Mountain
3. Wings
4. Phantasmagoria In Two
5. Just Please Leave Me *
6. Dolphins
7. I Can’t See You
8. Troubadour
9. Aren’t You The Girl
10. What Do You Do (He Never Saw You) *
11. No Man Can Find The War
12. Carnival Song
13. Cripples Cry *
14. If The Rain Comes *
15. Country Boy *
16. I Can’t Leave You Loving Me *

Robert Wyatt – Boxset a caminho…

Esta é para os fãs do Robert Wyatt: a carreira inteira do ex-membro do Soft Machine será condensada num box pela gravadora Domino, que pretende lançá-lo no dia 03 de agosto.

Os nove álbuns virão acompanhados de um EP de três faixas, lançado em 1998 pelo músico.

Os discos que fazem parte do lançamento são:

Rock Bottom (1974)
Ruth Is Stranger Than Richard (1975)
Nothing Can Stop Us (1981)
Old Rottenhat (1985)
Dondestan Revisited (1991/1998)
Shleep (1997)
EPS (1998)
Cuckooland (2003)
Robert Wyatt & friends, Theatre Royal Drury Lane 8th September 1974 (2005)
Comicopera (2007)

#1969# Crosby, Stills & Nash

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No final do mítico ano de 1968, o power-trio inglês Cream estava dando adeus aos seus fãs. As longas turnês, a influência de outros estilos musicais e a inquietação de seu principal membro foram os pontos-chave da separação. Eric Clapton, em sua autobiografia, chegou a comentar esse período:

Quando você toca noite após noite em uma agenda esgotante, muitas vezes não porque queira, mas porque é obrigado por contrato, é bem fácil esquecer os ideais que o levaram a se juntar àquilo. (…) Comecei a ficar muito envergonhado de estar no Cream, porque achava uma fraude. Não estava evoluindo…Enquanto fazíamos a viagem pela América, éramos expostos a influências extremamente fortes e poderosas, como o jazz e o rock´n´roll, que cresciam ao redor, e parecia que não estávamos aprendendo com aquilo”.

Bom, você pode estar se perguntando: “mas que diabos o Cream tem a ver com o Crosby, Stills & Nash?” Pode-se dizer que tudo, uma vez que a primeira banda foi desmanchada meses antes do disco citado ser lançado pelos vocalistas e guitarristas David Crosby (vocal e guitarra), Stephen Stills (vocal e guitarra) e Graham Nash, através da gravadora Atlantic Records. Feito que serviu de trampolim para o sucesso do trio, tanto junto ao público como também à imprensa, sendo considerados por ela como “o melhor dos supergrupos” à época.
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Ícone do Soft Machine morre aos 62 anos

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O talentoso baixista britânico Hugh Hopper morreu anteontem, aos 64 anos.

Hooper se tornou notoriamente conhecido através da banda Soft Machine, uma das precursoras do rock psicodélico e do jazz/fusion no Reino Unido, da qual fez parte de 1968 a 1972. O baixista foi peça fundamental da lendária “Canterbury prog-rock scene”.

Desde 2008 o músico vinha passando por sessões de quimioterapia, devido a um câncer instalado em sua corrente sanguínea (leucemia).

Após o sucesso com o Soft Machine, Hooper seguiu uma proeminente carreira solo, que gerou frutos como os álbuns 1984 (lançado em 1973) – o qual foi inspirado na clássica obra de George Orwell – e reuniões com vários artistas importantes da época, entre eles: Charles Hayward, Lol Coxhill and Orphy Robinson, além de integrantes de sua ex-banda, com os quais montou o grupo Wilde Flowers. Também participou de projetos como o Gilgamesh e o Isotope.

Hooper, que deixou sua marca na cena do rock progressivo e do jazz ao redor do mundo, com sua técnica inovadora nas quatro cordas, será homenageado na edição de julho da revista inglesa Jazzwise.

Dois dias antes de sua morte (5/06), o músico se casou com sua companheira, Christine.

Strawberry Alarm Clock – Incense and Peppermints (1967)

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Eles foram os queridinhos das rádios AM numa época em que imperavam os grupos de rock bubblegum. Isso não os impediu de serem os responsáveis por um dos maiores hinos da psicodelia. A canção “Incense and Peppermints” permaneceu 16 semanas em primeiro lugar nos Estados Unidos e seu grupo, o Strawberry Alarm Clock, nunca mais repetiu a dose, chegando no máximo ao top 30 com o single seguinte: “Tomorrow”.

Mas não se iluda: o grupo era ótimo e gravou quatro LPs muito competentes (tem também uma coletânea), além de participar de dois cults do cinema underground, os filmes Beyond de Valley of the Dolls e Psych Out, este último junto com o The Seeds. Encerraram as atividades em 1972, após várias trocas de formação durante sua existência.
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La Maquina de Hacer Pajaros

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La Maquina de Hacer Pajaros foi um dos muitos projetos do argentino Carlos Alberto Garcia Moreno, o popular Charly Garcia, herói na terra do Maradona.

Na primeira metade dos anos 70, Garcia atuou com Nito Mestre no Sui Generis, uma das principais bandas da América Latina.

Em 1975, lágrimas e tristeza na Argentina. O Sui Generis faz seu show de despedida com Charly se mandando para o Porsuigieco, um conglomerado com a nata do folk portenho: Raúl Porchetto, León Gieco, Nito Mestre e María Rosa Yorio. Essa ‘tchurma’ lançou um único e belíssimo registro em 1976 (eu tenho!) mas o que Charly queria mesmo era se aventurar em uma banda de Rock Progressivo.
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